O Canarinho Pistola é um mascote que reflete a atual identidade do brasileiro. A fama de alegre e extrovertido deu, nos últimos tempos, espaço para um semblante sisudo, desconfiado, invocado até. Com a política, com o comportamento da sociedade, com a corrupção e, por que não dizer, com a seleção
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Isso não quer dizer que, assim como o próprio país, o mascote escolhido pela CBF para a seleção brasileira não mantenha a esperança de dias melhores e um orgulho de ser brasileiro, uma nacionalidade ainda valorizada pelo mundo. Principalmente pela espontaneidade. E ser espontâneo, neste momento difícil, passa por ser invocado
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Mas não significa perder a simpatia. O velho canarinho do samba "Voa canarinho, voa", bateu asas até Viena e, na terra da música clássica e da erudição, deu um colorido especial àquele cenário que já inspirou muitos artistas
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E mostrou que, mesmo com o semblante fechado, as crianças enxergaram nele o que de bom ainda resta na sua alma de malvado favorito
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A passagem dele foi uma atração na capital austríaca, na véspera do amistoso entre Brasil e Áustria, a ser realizado neste domingo (10) a partir das 11h. Ele brincou com muitas crianças, interagindo com elas e se tornando um cartão postal especial para a boa imagem do Brasil no futuro
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Como se sabe, uma criança nunca se esquece de uma bela diversão. E esta será selada com um temperinho de feijoada, já que, sempre que se recordar de quem era a tal figura, irá se lembrar da explicação da mãe: "É um passarinho do Brasil"
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O Canarinho Pistola fez de tudo neste palco nem sempre aberto a estrangeiros. Lembre-se que, nesta semana, o primeiro-ministro determinou o fechamento de sete mesquitas, em uma ação visivelmente contrária aos muçulmanos. Mas para o Pistola não tem tempo ruim
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Como se pode ver nesta galeria, a tarde foi mesmo dele. Proibido pela Fifa na Copa, já que a entidade só permite a atuação do mascote oficial nos jogos, ele aproveitou os amistosos do Brasil para dar o seu recado. E, em Viena, fez de tudo: bateu uma bolinha no centro. Dançou valsa mostrando que o negócio do brasileiro é o samba mesmo
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E cumprimentou pessoas de todas as idades, com direito até a deixar os costumeiramente sisudos austríacos mais descontraídos. Apontou para um e, em vez de espalhar o medo da violência que ganha repercussão mundial, simplesmente disse: "Esse é o cara"
"Atirou", enfim, como bom brasileiro, mensagens de descontração para todos os lados. Quem sabe a seleção brasileira, nesta Copa, faça o Pistola voltar a sorrir, como ele tem feito com muitos, ao mesmo tempo saudosos e esperançosos