Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Copa 2018

Copa cobra R$ 38 bi, mas entrega boa imagem que Rússia pediu

Mundial terminou com habitantes locais testando limites de sua democracia ainda não consolidada em cenário internacional complexo

Copa 2018|André Avelar e Cosme Rímoli, do R7, em Moscou, na Rússia

Estádio Luzhniki, em Moscou, não está mais no foco das atenções após Copa 2018
Estádio Luzhniki, em Moscou, não está mais no foco das atenções após Copa 2018

A partir desta segunda-feira (16) a Rússia 2018 se pergunta se a Copa do Mundo valeu a pena. A conta de 683 bilhões de rublos (aproximadamente R$ 38 bilhões) já chegou e a promessa que se tinha de melhorar a imagem do país em relação ao resto do mundo foi cumprida. Diferentemente do Brasil 2014, a guerra soviética não era por hospitais e escolas.

O país do presidente Vladimir Putin, já com infraestrutura básica suficiente pelo menos nas grandes cidades, algumas sedes do Mundial, brigou por melhor posicionamento político no cenário internacional. A solidificação da democracia e o posicionamento do país contra o terrorismo eram bandeiras ainda a serem levantadas com este Mundial.

Apesar das diferenças em relação ao Brasil, o legado da Copa também foi discutido por aqui. Sem os marcantes protestos de 2013, mas com dúvidas em relação aos 12 estádios novos ou completamente reformados para as 64 partidas ao longo de 31 dias de competição. Dono do evento, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, salientou a “a atmosfera futebolística criada no país”.

“A percepção do mundo com a Rússia mudou. É um país muito bonito, muito receptivo com as pessoas. É um país muito rico na história, na cultura, nas pessoas. Nós podemos perceber o calor do povo russo em diferentes cidades”, disse Infantino, justamente na concorrida entrevista de balanço da Copa.


Confira a seguir pontos positivos e negativos da Rússia 2018, os mesmos avaliados após o término da primeira fase da competição.

Estádios

Os 12 estádios para este Mundial custaram, segundo levantamento do Comitê Organizador Local, 265 bilhões de rublos (R$ 14,9 bilhões), mas os usos são bastante questionáveis. Local da abertura e da final, por exemplo, o Estádio Luzhniki servirá apenas para jogos da seleção russa. Pouco para quem recebeu sete jogos ao longo deste Mundial.


Fan Fest

A Fifa divulgou que as 11 cidades-sedes receberam um total de 7 milhões de pessoas em suas Fan Fests. O evento gratuito, criado para dar a oportunidade de quem não conseguiu ingresso para a partida de também consumir produtos dos parceiros comerciais, foi considerado um sucesso pelo país. No entanto, com as precoces eliminações sul-americanas, o evento foi minguando.

Empolgação da torcida

O próprio presidente Infantino salientou que a Rússia não respirava uma atmosfera futebolística antes da Copa. Segundo ele, o Mundial trouxe para o país a cultura futebolística e isso pôde ser comprovado no modo de torcer dos habitantes locais. A ótima campanha dos anfitriões, que caíram só nas quartas de final, também contribuiu para uma incomum festa nas ruas. Mais uma vez, a torcida sul-americana também fez sua parte.


Polícia russa e Putin

Essa talvez tenha sido a Copa do Mundo mais militarizada da história. O medo do terrorismo, e os russos têm inúmeras razões e antepassados para se precaverem, fez com que diferentes agentes dos 15 órgãos de forças de segurança, 17.440 stewards e 21.556 agentes de segurança privada estivessem por todos os lados. Havia a suspeita de que até mesmo celulares sejam transformadas em armas e todas as revistas fossem intensas.

Preços para turistas

À medida que as seleções foram eliminadas, e algumas das principais potências (futebolísticas e econômicas) caíram cedo para o comércio, os preços foram se tornam mais atrativos para os consumidores. No estádio, um cachorro quente de 600 rublos (cerca de R$ 35) e uma cerveja no copo da Copa de 400 rublos (R$ 24) ainda eram consumidos regularmente. Já nas fases mais agudas, produtos oficiais começaram a faltar pelas cidades.

Idioma russo

Apesar da enorme receptividade do povo russo, a língua foi uma barreira quase que intransponível durante todo o Mundial, principalmente longe de Moscou e São Petersburgo. Os habitantes, claro, não poderiam aprender o idioma da noite para o dia. Prestadores de serviços como taxistas, garços e camareiros trocavam informações básicas por gestos e o aplicativo de traduções no celular.

.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.