Palmeiras prefere a certeza da Crefisa. Não quer se arriscar
Há desconfiança sobre a origem do dinheiro da empresa Black Star, disposta a pagar R$ 1,4 bilhão por dez anos. Galiotte deseja seguir com a Crefisa
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"O Palmeiras não vai embarcar em aventura."
Este é o recado que o presidente Mauricio Galiotte mandou para aflitos membros do Conselho de Orientação Fiscal e do Conselho Deliberativo palmeirenses.
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A proposta fabulosa do grupo de energia Black Star, de R$ 1,4 bilhão, por dez anos de patrocínio, está praticamente recusada.
Ela era o grande trunfo do candidato à oposição na eleição presidencial, Genaro Marino. Seus aliados mostravam a carta de intenção da empresa com sede em Hong Kong.
R$ 1 bilhão à vista, pago na assinatura do contrato, no início de março, quando acaba o contrato com a Crefisa. E mais R$ 400 milhões diluídos ao longo dos dez anos. Parcelas anuais de 5 milhões de dólares, R$ 19,5 milhões.
Para gastos eventuais. Além de manter 50 milhões de dólares, R$ 195 milhões, reservados para emergências. Se ao final do acordo, o dinheiro não for gasto, obrigatoriamente iria para a infraestrutura das categorias de base.
Os detalhes da carta de intenções do diretor-financeiro da Blackstar, Rubnei Quicoli, foram revelados a vários jornalistas, após a derrota de Marino.
Foi uma jogada política de aliados da oposição.
Não de Marino.
Mas do grande inimigo de Leila Pereira, dona da Crefisa, o ex-presidente Paulo Nobre. Ele teria intermediado a proposta da Black Star. Para ajudar seu aliado Genaro Marino, o Palmeiras e tirar de cena Leila e sua empresa.
Por uma questão lógica, o presidente palmeirentes, Mauricio Galiotte não poderia virar as costas a uma proposta mais vantajosa ao Palmeiras. Ou seja, seria obrigado a aceitar a empresa que pagar mais pelo patrocínio do uniforme do clube.
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Ele mandou fazer um levantamento profundo. E as informações que chegaram sobrea empresa que ofereceu a proposta a Genaro Marino foram truncadas. Principalmente sobre a origem do dinheiro da bilionária Blackstar International Limited, dona de escritórios na Ásia e que atua no mercado de energia e bioenergia
Leila disse que, se o Palmeiras tiver quem pague mais a ele do que a Crefisa, não há problema. Ela aceita normalmente, acreditando ser uma disputa normal do mercado.
E ela não fará uma proposta de dez anos.
Já paga R$ 86 milhões anuais.
A perspectiva é que ofereça R$ 300 milhões.
R$ 100 milhões por cada ano.
Não chegaria aos R$ 140 milhões da Black Star.
Além de ser aliada politicamente com Galiotte, e inimiga mortal de Paulo Nobre, Leila tem a seu favor o fato de comandar uma empresa bilionária e nacional.
Fácil de exigir o cumprimento do contrato.
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Ou até mais fácil para rescindir o acordo.
"E tem outra coisa, eu não mando carta.
"Eu apareço no clube para mostrar o que ofereço", enfatiza Leila, que brigará pela presidência do Palmeiras em 2021.
Galiotte e o seu departamento jurídico estão afinados.
E caminham pelo mesmo caminho.
O de manter a Crefisa.
Seguir com o maior patrocínio da América do Sul.
E que será ainda aumentado no próximo ano.
Mas a oposição promete não se calar.
Caso o Palmeiras rejeite o dinheiro a mais da Black Star.
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Galiotte precisaria até se explicar aos conselheiros.
A situação se encaminha para esta situação.
A frase 'o Palmeiras não entrará em uma aventura' segue reverberando nos corredores do Allianz Parque.
Para tristeza dos aliados de Paulo Nobre...
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