O Real Madrid tem todo direito de enfim comemorar sua décima Liga dos Campeões. Mas junto com o belo troféu ganhou também um asterisco gigantesco em sua história. O árbitro Bjorn Kuipers deu inescrupulosos cinco minutos de acréscimos no segundo tempo, só esperando o time merengue empatar a partida contra o primo pobre Atlético de Madrid neste sábado (24), no Estádio da Luz, em Lisboa. O gol de Sérgio Ramos derrubou os colchoneros para a prorrogação.
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A pergunta que para sempre ficará na cabeça dos torcedores do Atlético é: “e se o Real Madrid estivesse prestes a ser campeão?” Será que o árbitro holandês daria os mesmos cinco minutos de acréscimo? Também não inventaria um pênalti na área do Atlético? David Villa sofreu falta de Varane dentro da área e o juizão fingiu que não viu.
Bjorn Kuipers tem 41 anos e acumula na carreira momentos memoráveis da arbitragem, como a final da Copa das Confederações 2013 entre Brasil e Espanha, vencida pelos brasileiros e a Liga da Europa, disputada por Benfica e Chelsea também nesse ano. O torcedor colorado também se lembra bem de Kuipers. Ele apitou Mazembe e Internacional no Mundial de Clubes de 2006.
Apesar dessas façanhas na carreira, de causar inveja aos árbitros mais renomados do mundo, o holandês foi — ao menos — omisso na partida de hoje no Estádio da Luz, em Lisboa — o que favoreceu o Real Madrid. Membro da elite da arbitragem da Fifa desde 2009, não seria exagero Bjorn Kuipers levar um belo puxão de orelhas do presidente da Uefa, Michel Platini. Em junho, esse mesmo árbitro desembarca por aqui para apitar a Copa do Mundo.