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O jogador iraniano de futebol Amir Nasr-Azadani foi condenado à morte por participar dos protestos que acontecem no Irã, que lutam por mais direitos das mulheres do país. Segundo a Justiça do país, ele será enforcado em praça pública. Azadani é acusado de ser um dos nove participantes de um dos protestos que deixaram três policiais mortos. Além disso, o jogador também é acusado de participar de um 'grupo armado e organizado que tem a intenção de atacar a República Islâmica do Irã'. Conheça mais sobre a história do atleta:
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Azadani começou a carreira no futebol nas bases de um dos melhores times do Irã, o Sepahan Sport Club. O zagueiro atuou no clube de 2012 e saiu em 2015, quando foi promovido à liga profissional
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No mesmo ano, o jogador passou a defender o Rah Ahan F.C., clube que tem sede em Teerã e foi fundado em 1937. Azadani ficou no time por apenas uma temporada e saiu em 2016
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O zagueiro deu um grande salto na carreira e passou a defender o escudo do Tractor SC, um dos clubes mais tradicionais e históricos de todo o Irã. Atualmente, a equipe está no sétimo lugar da Iran Pro League, que é o campeonato nacional
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O último clube de que o zagueiro fez parte foi o F.C. Iranjavan Bushehr, também do Irã. Ele está preso desde o dia 27 de novembro
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Em 2000, Azadani utilizou uma foto em que veste uma jaqueta da seleção brasileira para desejar um feliz Ano-Novo aos torcedores e fãs nas redes sociais
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O sindicato de jogadores profissionais, a FIFPro, soltou um comunicado em que expôs o choque sobre a sentença e exigiu que Azadani tivesse a punição removida. Outros ídolos iranianos, como o ex-jogador Ali Karimi, também fizeram publicações a favor da liberação do atleta
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Com a sentença de morte, Azadani se torna mais um número para as estatísticas da Iran Human Rights, que divulgou uma pesquisa que mostra que ao menos 320 pessoas já morreram nas manifestações. Milhares de iranianos estão nas ruas em protesto após a morte da jovem de 22 anos, Mahsa Amini. Ela foi detida por ter deixado uma mecha do cabelo para fora do lenço típico que cobre a cabeça das mulheres. A jovem foi morta e, depois do velório, iranianos tomaram as ruas, pedindo por mais direitos das mulheres no Irã