Fifa defende empresa de sobrinho de Blatter em acusação sobre esquema de ingressos para Copa
Polícia do Rio de Janeiro diz que Philippe Blatter também será investigado na operação
Copa do Mundo 2014|Do R7*
A Fifa parece pouco se abalar com o escândalo da venda de ingressos. A entidade reafirmou nesta terça-feira (8) sua posição contra a venda ilegal de entradas para a Copa do Mundo, mas defendeu a empresa Infront, que pertence a Philippe Blatter. A empresa do sobrinho de Joseph Blatter, presidente da Fifa, também está sendo investigada por um esquema milionário de comercialização de entradas, segundo a Polícia do Rio de Janeiro.
A Infront escreveu em comunicado à imprensa que não tem qualquer ligação com a Match Services, empresa de Raymond Whelan, que ficou apenas seis horas preso no Rio de Janeiro. O britânico é acusado de ser o comandante do esquema deflagrado pela operação Jules Rimes. Segundo a polícia, o esquema funcionava há quatro Mundiais e o faturamento chegava a cerca de R$ 200 milhões por partida só na Copa 2014, levantando uma margem de lucro de até 1000%.
Diretora de comunicação da entidade, Delia Fischer fez questão afirmar que Philippe Blatter não tem qualquer ligação com gerente da Match Services, tampouco o britânico é o sobrinho de Blatter, como teria saído em alguns veículos de comunicação. Foi noticiado que Ray Whelan era sobrinho do presidente Blatter. Apelamos às suas habilidades profissionais para corrigir este equivoco.
"A Fifa pode confirmar que a Infront não tem ligação com a Match Services. A Infront é apenas uma acionista minoritária da Match Hospitality. O CEO da Infront, Philippe Blatter, não tem qualquer ligação com a Match Hospitality", disse Delia. "A Fifa quer reiterar nosso apoio às autoridades contra qualquer venda ilegal de ingressos. É de interesse da Fifa que esse tema seja liquidado. Somos os primeiros que querem uma investigação e que o assunto seja rapidamente solucionado."
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A Match Services, empresa que tem contrato com a Fifa para comercialização de bilhetes do Mundial até 2023.
*colaborou André Avelar, do R7, no Rio