Acusado de prejudicar o Corinthians e favorecer o Boca Juniors na Libertadores 2013, o árbitro Carlos Amarilla negou nesta segunda-feira (22) qualquer tipo de envolvimento em um suposto esquema de manipulação de resultados.
Em entrevista á rádio paraguaia 970AM, Amarilla disse estar “com a consciência tranquila e à disposição para qualquer investigação”.
A contestada arbitragem do juiz paraguaio na noite de 15 de maio de 2013, quando o Boca Juniors eliminou o Corinthians em pleno Pacaembu, voltou à tona no último fim de semana depois que escutas telefônicas foram reveladas pelo programa argentino La Cornisa.
Segundo o conteúdo veiculado pela atração jornalística, o então presidente da AFA (Associação de Futebol da Argentina), Julio Grondona (morto em 2014), teve um diálogo com Abel Gnecco, representante argentino no comitê de árbitros da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), dois dias após a eliminação do Timão da competição.
Na conversa, Grondona elogia a arbitragem polêmica de Carlos Amarilla e diz que “ele era o melhor reforço do Boca no ano”. Gnecco afirma que a escolha do juiz havia sido acertada previamente na Conmebol.
“Eu sou o mais interessado para que toda história seja esclarecida. Querem sujar meus 18 anos de carreira”, acrescentou Amarilla em declaração à rádio 970AM, quando afirmou nunca ter recebido nenhum tipo de propina para facilitar qualquer clube. “É melhor eu nem ver esse senhor pela frente [Gnecco], senão não sei o que seria capaz de fazer”, completou Amarilla.
RELEMBRE O CASO
Em um jogo marcado por várias polêmicas de arbitragem, o Timão empatou por 1 a 1 com o Boca Juniors e foi eliminado no Pacaembu — a primeira partida, realizada em Buenos Aires, havia sido 1 a 0 para a equipe argentina.
Na ocasião, os atletas corintianos e o técnico Tite reclamaram muito da atuação de Amarilla. Na visão dos jogadores e do treinador, o juiz teria, pelo menos, deixado de dar um pênalti (o lateral Marin colocou a mão na bola dentro da área) e anulado um gol legal marcado por Romarinho.