Escuta telefônica indica que árbitro prejudicou Corinthians contra o Boca em 2013, segundo TV
"Amarilla foi o melhor reforço do Boca", diz ex-presidente da Associação de Futebol da Argentina
Futebol|Do R7
Após se sagrar campeão da Taça Libertadores da América pela primeira vez em 2012, o Corinthians teve o sonho do bicampeonato interrompido no empate por 1 a 1 com o Boca Juniors, no Pacaembu, na noite do dia 15 de maio de 2013.
Mas, de acordo com escutas telefônicas reveladas pelo programa argentino La Cornisa na noite deste domingo (21), a AFA (Associação de Futebol da Argentina) foi determinante para o fim da campanha corintiana no torneio continental há dois anos.
Segundo o conteúdo veiculado pela atração jornalística, o então presidente da AFA, Julio Grondona (morto em 2014), teve um diálogo com Abel Gnecco, representante argentino no comitê de árbitros da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), dois dias após a eliminação do Timão da competição.
Na conversa, Grondona elogia a arbitragem polêmica do paraguaio Carlos Amarilla e diz que "ele era o melhor reforço do Boca no ano". Gnecco afirma que a escolha do juiz havia sido acertada previamente na Conmebol.
— Alarcón [Carlos Alarcón, representante paraguaio na Comissão de Árbitros da Conmebol] me perguntou se queríamos o Amarilla na Argentina. Respondi que não sabia se queríamos, mas para colocá-lo e não me encher mais. Bom, foi assim, ele colocou e bom... E saiu bem porque, bem, tem de ser assim.
A dupla Grondona e Gnecco então começa a discutir a escalação dos juízes para as partidas entre os argentinos Boca e Newell's Old Boys, válidas pelas quartas de final da Libertadores. Novamente, o desejo deles é atendido.
RELEMBRE O CASO
Em um jogo marcado por várias polêmicas de arbitragem, o Timão empatou por 1 a 1 com o Boca Juniors e foi eliminado no Pacaembu — a primeira partida, realizada em Buenos Aires, havia sido 1 a 0 para a equipe argentina.
Na ocasião, os atletas corintianos e o técnico Tite reclamaram muito da atuação de Amarilla. Na visão dos jogadores e do treinador, o juiz teria, pelo menos, deixado de dar um pênalti (o lateral Marin colocou a mão na bola dentro da área) e anulado um gol legal marcado por Romarinho.