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'VIVI TODO O DRAMA. RONALDO TEVE CONVULSÕES FORTÍSSIMAS. ZAGALLO NÃO SUPORTOU A PRESSÃO E O ESCALOU"

Tudo de Esportes|Do canal Canal do Cosme Rímoli no YouTube

“O medo era que o Ronaldo morresse durante o jogo.

“Como um time entra em uma final de Copa do Mundo com essa tensão?

“O Zagallo não suportou a pressão...”

Ricardo Setyon foi testemunha vital do caso mais mal contado do futebol brasileiro.


Viveu cada segundo do que se passou na concentração da Seleção, no dia da final da Copa do Mundo de 1998.

Ele é um dos jornalistas de maior currículo deste país.


Psicólogo, formado em Ciências Políticas, poliglota.

Professor de gestão do Esporte.


Toda essa bagagem o levou a trabalhar na Fifa, por 15 anos.

Cobriu guerras, viveu a Fórmula 1, colaborou para jornais, revistas e sites do Japão, França, Espanha. Trabalhou em rádio, tevê, portais. Viajou o mundo todo. Morou em vários lugares.

Sua alma inquieta não o deixa fixar em um local.

Freelancer é a expressão que melhor o define.

Ele quer cobrir torneios, jogos, corridas, guerras, o veículo não importa.

Mas a história que ele não escapa é a final da Copa de 1998.

Desta vez, Setyon destrinchou, como nunca, o que aconteceu, naquele 12 de julho de 1998, em Paris, no estádio Saint-Denis.

Ele era chefe de Mídia da Fifa, só para a Seleção Brasileira.

E frequentava os bastidores da Seleção, para desespero do então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que não tinha o controle sobre ele.

São tantas histórias... Mas é melhor se fixar sobre o 'episódio Ronaldo'.

Setyon tinha total acesso à concentração brasileira em Ozoir-la-Ferrière, 'cidadezinha' ao lado de Paris. A Seleção se hospedava em um castelo. E ele acompanhou o que Ronaldo viveu.

"Ele estava extremamente tenso por tudo que acontecia na sua vida pessoal. (Sua mãe e seu pai estavam separados, com namorados, convivendo na mesma casa. Telefonavam diariamente para ele, contando brigas. Ele tinha ciúmes, pela namorada Susana Werner fazer inúmeras matérias com Pedro Bial.)

"O Roberto Carlos e o Ronaldo estavam no mesmo quarto.

"Eles sempre foram muito amigos, se tratavam por 'lixo', brincando. O Ronaldo deitou. O Roberto Carlos começa a chamá-lo para se preparar para o jogo. Quando ele cai da cama e começa a convulsionar, roxo. Aí, chegam Edmundo, Leonardo. Há um caos generalizado e o Ronaldo acorda.

"É levado para a clínica Lilas (ortopédica) em Paris. Sim, ele foi levado por um ortopedista. E não o médico principal (Lídio Toledo). E que não fala inglês e nem francês. O Ronaldo faz uma bateria de exames. Os jogadores se preparam para a final. O Zagallo escala o Edmundo. Estava tudo pronto. Mas aí, o Ronaldo chega. Pálido. E diz para o Zagallo 'Professor, vou jogar."

"O Zagallo já tinha passado para a Fifa a escalação, que foi distribuída para jornalistas de todo o planeta. Ele não suporta a pressão de não colocar em campo o melhor jogador do mundo. E o escala. Edmundo fica revoltado. Chuta a bola na parede. O Dunga olha para o chão e começa a balançar a cabeça, negativamente. Sabia que todo planejamento, concentração para a decisão estavam desperdiçados.

"Mas o pior foi a reação dos outros jogadores titulares. Todos assustados. O Brasil entrou derrotado para a final da Copa do Mundo de 1998. Os companheiros viram as convulsões de Ronaldo. E tinham medo que ele fosse morrer durante o jogo.

"Você tem ideia de jogar uma decisão acreditando que seu companheiro possa morrer em uma dividida?

"Acabou a concentração para a partida. Pense nos dois primeiros gols que o Brasil tomou. De escanteio. Do Zidane. Leonardo chegou atrasado no primeiro e o Dunga, no segundo. Não é normal! Dois gols de escanteio em uma final de Copa. Os jogadores estavam aéreos. O resultado foi 3 a 0 para os franceses. Com Ronaldo chorando no ombro do Zidane. E a Seleção jogando no lixo a chance de ter mais um título mundial.

"O Zagallo não aguentou a pressão de não escalar o melhor jogador do mundo. Principal atleta da Nike. Da CBF. Ricardo Teixeira também o queria em campo. Eu vivi tudo isso. Foi inesquecível. Muito amador. Triste..."

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