Tuchel, do PSG, é a mais recente vítima das expectativas da elite do futebol europeu
FUT-TUCHEL-ULTIMA-VITIMA:Tuchel, do PSG, é a mais recente vítima das expectativas da elite do futebol europeu
PARIS (Reuters) - Thomas Tuchel conquistou títulos da liga francesa em suas duas temporadas completas no Paris Saint-Germain e levou o time à final da Liga dos Campeões deste ano, mas isso não foi suficiente para o ambicioso clube da Ligue 1.
O PSG demitiu o alemão na véspera de Natal, confirmando a mudança na terça-feira com um breve comunicado agradecendo por seu trabalho.
Embora possa ter havido outros fatores, como um relacionamento ruim com a diretoria, Tuchel é essencialmente a mais recente vítima das expectativas exageradas dos clubes de elite da Europa, sendo o título da Liga dos Campeões aparentemente a única coisa que importa.
Tuchel não está sozinho. Maurizio Sarri levou a Juventus ao título italiano na temporada passada em sua primeira campanha no cargo, mas foi demitido um dia após a eliminação da Liga dos Campeões.
O Bayern de Munique conquistou oito títulos consecutivos da Bundesliga desde 2012-13, mas nesse período empregou cinco treinadores diferentes.
O domínio doméstico de clubes como Bayern, PSG e Juventus está agora tão arraigado que o campeonato nacional parece ser pouco mais do que um inconveniente.
O PSG foi adquirido pelo Qatar Sports Investments em 2011 e desde então gastou mais de 1 bilhão de euros em transferências, incluindo alguns dos maiores nomes do futebol mundial, e empregou quatro treinadores diferentes, mas ainda não conseguiu colocar as mãos no troféu da Liga dos Campeões.
Tornou-se uma espécie de rotina --bom demais para o Campeonato Francês, não o suficiente para ganhar o principal título de clubes da Europa.
"Os jogos da Ligue 1 são geralmente resolvidos no primeiro tempo e você não continua trabalhando no mesmo ritmo nos 90 minutos", disse o ex-jogador argentino Javier Pastore em entrevista ao TyC Sports.
"Você percebe isso na Liga dos Campeões onde não pode estar desatento um segundo. Às vezes, na França, você pode jogar um mês contra times que exigem pouco esforço."
(Reportagem de Brian Homewood)