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Será Messi mais um craque de clube que não impressiona na seleção?

Com 33 títulos acumulados pelo Barcelona, o brilhante Leo ainda busca uma conquista pela "albiceleste" ameaçada de cair na Copa América

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

A fé em Messi, nesta Copa América de 2019
A fé em Messi, nesta Copa América de 2019 A fé em Messi, nesta Copa América de 2019

Uma lógica estatística explica por que razão super-astros como Johan Cruijff (1947-2016), Zico e Michel Platini jamais se consagraram campeões do mundo no Futebol. Cruijff disputou a Copa da Alemanha/74, foi vice e daí abdicou da competição seguinte, na Argentina/78, a sua maneira de protestar contra a Ditadura Militar daquela nação. Zico esteve em três torneios. Contundido, em 78 não participou da peleja que assegurou uma medalha de bronze ao Brasil. Pior, amargou o pesadelo do Sarriá na Espanha/82. E, novamente lesionado, saiu do banco de reservas para perder o penal que custou a eliminação na Copa do México/86. Nos mesmos três certames, Platini ficou na fase inicial da Argentina, foi quarto na Espanha e enfim se aliviou o bronze no México.

Meninote no Newells', na fila de baixo, no centro
Meninote no Newells', na fila de baixo, no centro Meninote no Newells', na fila de baixo, no centro

Evidentemente, não serve de consolo o fato de os três se cobriram de glórias em inúmeras outras competições, até internacionais. E muito menos valem o aplauso irrestrito da mídia e a lauta paixão dos torcedores. De certo modo, e desafortunadamente, a falta de um galardão na Copa do Mundo estigmatizou esses craques magníficos. Problema que pode agregar, ao rol dos infelizes, o nome de Lionel Andrés Messi Cuccittini, platino de Rósário, nascido em 24 de Junho de 1987. Com a lanterninha do Grupo B da Copa América, realizada cá no Brasil, a seleção que teve Daniel Passarella e Diego Maradona agora desafia o risco de sequer passar à fase subseqüente. Perdeu da Colômbia, 0 X 2, enquanto o Paraguai e o Qatar empataram, 2 X 2. Caso sucumba, nesta quarta, dia 19, “adiós esperanza”. Uma outra experiência desastrosa,

O momento do pênalti que Zico perdeu na Copa do México/86
O momento do pênalti que Zico perdeu na Copa do México/86 O momento do pênalti que Zico perdeu na Copa do México/86

Messi começou bater bola, em 1995, nos “Fraldinhas” do Newells’ Old Boys da sua cidade. Então, em 2000, ainda um pixotinho de 1m40 e com problemas hormonais que o obrigavam a um tratamento via injeções alternadas nas suas pernas, indicado por um olheiro mereceu a chance de fazer testes no Barcelona da Espanha. Imediatamente impactou Carlos Rexach, um cartola “Blaugrana” que lhe propôs uma minuta de contrato redigida num guardanapo de papel. O resto é História. Desde 2005 incluído no time principal, acumulou 10 sucessos em La Liga profissional, 6 triunfos na Copa Del Rey, 7 na Supercopa da Espanha, 4 na Champions League da Europa, 3 na Supercopa da UEFA, 3 no Mundial da FIFA. Messi ainda abiscoitou em cinco ocasiões a “Bola de Ouro” de melhor do universo. Pela equipe “albiceleste”, dois títulos dignificantes, mas em categorias menores, a Sub 23 e a Sub 20, Olimpíada de Pequim em 2008 e Mundial da Holanda em 2005.

Com Neuer, da Alemanha, o prêmio inútil na Copa do Brasil/2014
Com Neuer, da Alemanha, o prêmio inútil na Copa do Brasil/2014 Com Neuer, da Alemanha, o prêmio inútil na Copa do Brasil/2014

Alegria? Euforia? Ao contrário, Messi coleciona lágrimas de tristeza. Dentro de casa, na Copa América de 2011, por se descuidar da marcação de um rival no jogo contra o Uruguai, pelas quartas-de-final, 1 X 1 e depois o tombo na disputa de penais, o zagueiro Burdisso, seu colega de equipe, o chamou publicamente de “pendejo”, ou idiota. Chorou. Igualmente chorou na Copa América de 2015, derrota para o Chile hospedeiro, na final, igualmente nos penais. Chorou na Copa América do Centenário, 2016, nos Estados Unidos, mais Chile e mais penais na decisão. Na Copa do Brasil de 2014, quando a Alemanha levantou a taça da prorrogação. E na Rússia de 2018, ainda na fase das oitavas, pateticamente batido pela França, 4 X 3. Em diversas situações anteriores ele ameaçou se aposentar da seleção. Um tombo, nesta edição do Brasil, seguramente consolidará a sua desistência da “albiceleste”.

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Tristeza para os “hinchas” da Argentina e para os fãs do belo Futebol. Injustiça. Mais um na lista daqueles que foram mas que não chegaram a ser. Todavia, e eis a ta lógica estatística, enquanto uma Copa do Mundo apenas se repete de quatro em quatro anos, os atletas da atualidade, pelos seus clubes, disputam de três até quatro, cinco torneios significativos por temporada. O comércio e o dinheiro que superaram de vez aquele antigo amor pela camisa da pátria.

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