O esporte da bola oval agora desembarca nas suas semifinais
Nestes dias 12 e 13 de Janeiro se decide quem continuará na perseguição do ambicionado Vince Lombardi Trophy da NFL dos Estados Unidos
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Depois de 260 partidas que se desenrolaram desde 6 de Setembro de 2018, acontecerão neste sábado e neste domingo, 12 e 13 de Janeiro de 2019, os quatro duelos de semifinal da National Football League, a entidade que organiza o esporte da bola oval nos Estados Unidos. Dos 32 times da competição, 16 pela American Conference e outros 16 pela National Conference, estarão em ação os quatro remanescentes da primeira fase dos Playoffs e os quatro que, pela sua performance na temporada regular, mereceram entrar diretamente nesta etapa da disputa.
Os respectivos sobreviventes se defrontarão no próximo dia 20, também domingo, nas casas daqueles de melhor rendimento durante a temporada regular. Então, no dia 3 de Fevereiro, no Mercedes-Benz Stadium de Atlanta, um endereço antecipadamente escolhido em região de Inverno menos rude na América do Norte, ocorrerão o Superbowl e a definição daquele elenco que por lá, de maneira nada humilde, e ostensivamente, será considerado como o dos “World Champions", isso – os “Campeões do Mundo”. O troféu da competição carrega o nome de Vince Lombardi (1913-1970), histórico treinador dos Green Bay Packers, que conquistaram o primeiro Superbowl, em 1966/67 – a temporada regular de 1966, o título em prélio de 1967.
Dia 12/1, AMERICAN CONFERENCE
Kansas City Chiefs X Indianapolis Colts
Uma curiosidade: a sede dos Chiefs se localiza no lado da cidade que fica no Estado do Missouri e não no Estado de Kansas. Na temporada regular, os Chiefs terminaram com 12 vitórias e 4 derrotas. Fundados em 1960, ganharam só o Superbowl de 1969/70. Na temporada regular os Colts acumularam 10 sucessos e 6 tombos. Fundados em 1953, em Baltimore, arrebataram o troféu em duas ocasiões. Na sua cidade de nascença, em 70/71. Em 2007, reprisaram a façanha em Indianapolis, para onde foram em 1983. Vêm de um largo placar contra os Houston Texans, 21 X 7.
Dia 12/1, NATIONAL CONFERENCE
Los Angeles Rams X Dallas Cowboys
Fundados em Cleveland, 1936, os Rams se transferiram a Los Angeles, em 1945, e na Califórnia se fixaram até se mudarem a Saint Louis, em 1995. Retornariam a LA em 2016. Mas, ironicamente, foi em Saint Louis, 1999/2000, que arrebataram o seu único título. Na temporada regular, 13-3. Com uma vitória bem complicada sobre os Seattle Seahawks, 24 X 22, no seu cotejo inicial dos Playoffs, os Cowboys prosseguem na busca do seu troféu de número 6. Fundados em 1960, já levantaram a taça em 1971/72, 77/78, 92/93, 93/94 e 95/96. Nesta temporada obtiveram 10 trunfos a 5.
Dia 13/1, AMERICAN CONFERENCE
New England Patriots X Los Angeles Chargers
Indubitavelmente os responsáveis pela mais formidável dinastia da NFL neste Século XXI, os Patriots, fundados em 1960 como Boston e transformados em New England em 1971, arremataram o título em cinco oportunidades: 2001/02, 2003/04, 2004/05, 2014/15 e 2016/17. E ainda foram os vices em 2007/08, 2011/12 e 2017/18. Nesta temporada regular acumularam 11 vitórias e 5 derrotas. Hoje em Los Angeles, os Chargers lá surgiram em 1960 mas lá ficaram apenas uma temporada. De 1961 a 2016 se instalaram em San Diego, até retornarem à sua terra natal. O único time dos oito das semis que jamais colocou as mãos na taça. Atingiu o Superbowl de 1994/95, mas acabou trucidado pelos San Francisco 49ers por 49 X 26. Provém de uma porfia intrincada contra os Baltimore Ravens, 23 X 17.
Dia 13/1, NATIONAL CONFERENCE
New Orleans Saints X Philadelphia Eagles
Um desafio acirradíssimo. De um lado, os Saints, donos da melhor performance da temporada regular, 13 triunfos contra 3 escorregões, como os Rams. Todavia, um índice superior em função de determinados ítens de desempate. Fundados em 1967, apenas colecionaram um único título de Superbowl, em 2009/10. Do outro lado, exatamente os atuais campeões, que realizaram uma temporada sofrível, 9 vitórias e 7 derrotas, daí penaram para bater os Chicago Bears, na primeira rodada dos Playoffs, por 16 X 15, mas têm demostrado uma sorte enorme em lances cruciais.
Foi impactantemente, aliás, que os Eagles ganharam seu troféu no LII Superbowl – ou, aquele de número 52 na história da competição, dia 4 de Fevereiro de 2018, em Minneapolis, Minnesota, placar de 41 X 33 sobre os mais do que favoritíssimos New England Patriots. O universo então imaginava uma outra exibição memorável de Tom Brady, o astro dos Patriots, então no oitavo Superbowl na condução do seu elenco. Seria o seu sexto título, recorde enciclopédico. E seria a sua quinta conquista do laurel de Most Valuable Player, ou o MVP, melhor da partida. Um quase anônimo até aquela data, no entanto, surrupiaria de Brady os galardões e a fama: Nicholas Edward Foles.
Aos 29 de idade, apenas cinco de NFL, um reserva eterno a ponto de esboçar a aposentadoria, em 10 de Dezembro ele havia substituído o lesionado Carson Wentz, craque e “quartreback” dos Eagles. Do nada Foles assumiu o leme, incrivelmente se transformou em um furacão e conduziu os Eagles ao Superbowl. No intervalo Foles já ostentava uma vantagem alentada, 22 X 12. Num lance insólito, de lançador virou receptor, desnorteou a defesa dos Patriots, cravou um “touchdown” absolutamente sensacional e fulgurou como o MVP. Na temporada regular de 2018, Wentz recuperou o seu posto. Novos problemas, todavia, reconduziriam Foles à liderança dos Eagles.
Trata-se, mesmo de um super-afortunado. Diante dos Bears, e em Chicago, passou à frente no resultado a um minuto do encerramento do prélio, 16 X 15. Os Bears, no entanto, imediatamente montaram uma situação perfeita de "field goal" com meros dez segundos de batalha. Só que o tiro de Cody Parker, que significaria três pontos e valeria a promoção às semis, insolitamente se desviou no braço esticado do defensor Treyvon Hester e acertou um poste vertical. Caprichosa e traiçoeira, a bola oval ainda resvalou no travessão horizontal e, para a perplexidade dos Bears e a euforia dos Eagles, retornou ao gramado. Adeus aos sonhos dos torcedores de Chicago.
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