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Num jogo tenso e nervoso, Tom Brady ganha seu sexto Superbowl

Um resultado apertado,, só 13 X 3 dos New England Patriots sobre os Los Angeles Rams. Porém, o suficiente para o "quarterback" fazer história.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Tom Brady, o sexto triunfo no Superbowl
Tom Brady, o sexto triunfo no Superbowl Tom Brady, o sexto triunfo no Superbowl

Precisamente dezessete anos atrás, no dia 3 de Fevereiro de 2002, pelo placar de 20 X 17 os New England Patriots sobrepujaram os então Rams de Saint Louis e levantaram o Vince Lombardi Trophy correspondente ao Superbowl de número 36. Foi a primeira disputa de título de Thomas Edward Patrick Brady, o “quarterback” de New England, naquela data um pouquinho além dos seus 24 de idade. Pois em 3 de Fevereiro de 2019 os Patriots e os Rams, estes agora sediados em Los Angeles, voltaram a se confrontar pelo galardão maior da NFL, a National Football League, a entidade que regula, nos EUA, o esporte da pelota oval. E Brady, de novo espetacular, aos 41 e tanto, no Superbowl 53, inusitadamente colheu o seu sexto laurel da complexa modalidade.

A celebração dos Patriots no Superbowl 36
A celebração dos Patriots no Superbowl 36 A celebração dos Patriots no Superbowl 36

Em 2002, para garantir o seu triunfo, Brady não chegou a exibir um desempenho, digamos, extraordinário. Acertou 16 de 27 passes, ou 59,3%, para um total de 145 jardas e um único “Touch Down”. Os Patriots somaram 12 pontos num retorno de interceptação e num lançamento curto, de meras 8 jardas, mais 2 graças ao chamado “Extra Point” e 6 em dois chutes de “Field Goal”. Sem dizer que os Rams perpetraram três “turnovers”, situações nas quais um time grotescamente desperdiça as posses tranqüilas de bola.

Sony Michel, um único mas decisivo "Touch Down"
Sony Michel, um único mas decisivo "Touch Down" Sony Michel, um único mas decisivo "Touch Down"

Desta vez, no lindo Mercedes-Benz Stadium de Atlanta, 72.035 espectadores, também proliferaram as tolices, as barbeiragens, as incompetências. Brady, contudo, ainda é o Brady que o futuro apontará como o melhor de todos os tempos na sua função. Num combate que se arrastou, tenso, nervoso, até praticamente o seu último minuto, o “quarterback” construiu uma vitória sem fulgores, com um solitário "Touch Down" numa corrida fulminante de Sony Michel, porém uma vitória, 13 X 3, e colocou os Patriots, com os seus seis galardões, ao lado dos Pittsburgh Steelers e à frente dos Dallas Cowboys e dos San Francisco Forty-Niners, que permanecem no patamar dos cinco.

Kurt Warner, o rival direto de Brady em 2002
Kurt Warner, o rival direto de Brady em 2002 Kurt Warner, o rival direto de Brady em 2002

Na peleja de 2002, ele havia desafiado um “quarterback” muito mais experiente, Kurt Warner, 30 de idade, já no quarto certame profissional e com o prêmio do MVP da temporada. Uma diferença descomunal em relação ao seu presente rival, Jared Thomas Goff, de 24, um estreante na “Post Season”. Também nas estatísticas absolutas era injusta qualquer comparação. Brady apareceu em Atlanta com um currículo de 316 jogos contra os 41 de Goff.

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Jared Goff
Jared Goff Jared Goff

Um pro desde 2000, Brady já tinha completado o butim de 7.223 lançamentos em 11.286 tentativas, para a marca de 836/1356 do garoto. Conquistara 84.007 jardas contra as 10.323 de Goff. No quesito “Touch Down”, fartos 608 a 67. As médias, porém, encurtavam essas distâncias. Nos passes, 23 corretos em 36 contra 20 em 33. No item das jardas abiscoitadas, 266 para 252. E, por peleja, 1,92 TD contra 1,63. Talvez o netinho desse trabalho ao vovô.

O Twitter dos Patriots, ao final do primeiro tempo
O Twitter dos Patriots, ao final do primeiro tempo O Twitter dos Patriots, ao final do primeiro tempo

Infortúnio absoluto de Goff, na primeira etapa do cotejo a rude retaguarda dos Patriots não lhe propiciou sequer um instante de suspiro. Com a pelota em somente 1/3 do tempo de jogo os Rams não mereceram a oportunidade de um único FG. Em 6 posses se compeliram ao recurso do “Punt”, o chutão altíssimo que devolve a oval ao seu adversário. O time de New England, por seu lado, fechou os 30’ com 3 X 0 em 41 posses, graças a um FG solitário de Stephen Gostkowski, 42 jardas, ele que havia errado um outro chute, de 46. Sem dizer que Brady sofreu uma interceptação quando se aproximava do TD.

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O momento do primeiro FG de Gostkowski
O momento do primeiro FG de Gostkowski O momento do primeiro FG de Gostkowski

Claro que, preservadas as proporções, o resultado estreito foi excelente para os Rams. Que começaram com a pelota a etapa derradeira mas obrigados a quebrar um tabu. Em toda a longa antologia do Superbowl, em 12 ocasiões um time havia estacionado no zero na etapa inicial. E sempre havia perdido o jogo. Surgiriam 3 pontos, de todo modo, quando faltavam 2’15” para o fecho do terceiro quarto, o FG aliviante de Greg Zuerlein, empate no placar, 3 X 3. O combate, no entanto, já estava eternizado: nunca, antes, um Superbowl havia atingido o último quarto sem a caudalosa vibração de um TD.

Gilmore, o craque dos "dreadlocks" e da interceptação crucial
Gilmore, o craque dos "dreadlocks" e da interceptação crucial Gilmore, o craque dos "dreadlocks" e da interceptação crucial

E um “Touch Down” enfim desabrocharia quando Brady engendrou uma campanha perfeita de 4 passes, inclusive um de 29 jardas para Ron Gronkowski. Restaram 2 jardas que Sony Michel abocanhou numa corrida fatal. O “Extra Point” de Gostkowski ampliou o resultado para 10 X 3. E o esforço de reação dos Rams desabaria logo em seguida, um lançamento de Goff que Stephon Gilmore, o astro folclórico dos “dreadlocks” esvoaçantes, interceptaria. Brady carregaria os Patriots até o FG fatal de Gostkowski, 13 X 3, a 1’16” da sua consagração. Curiosidade: foi o pior marcador de toda a história do Superbowl. Superou, negativamente o resultado de 14 X 7, sucesso dos Miami Dolphins sobre os Washington Redskins, em Los Angeles, 14 de Janeiro de 1973. Curiosidade: eu estava lá, ao vivo e em cores, naquela partida.

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