Nos "playoffs" da NBA, Stephen Curry salta do zero ao infinito
Sem os lesionados Kevin Durant e DeMarcus Cousins, mas com o seu astro exuberante no segundo tempo, os Warriors eliminam os Rockets
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Em quatro temporadas, três títulos máximos da NBA, a National Basketball Association. Um elenco com cinco “All Stars” evidentemente convocáveis para a Seleção Olímpica e Mundial dos Estados Unidos: os exuberantes Steve Curry, Draymond Green, Klay Thompson, André Iguodala e Kevin Durant. De 2014 até 2018, na temporada regular, 263 vitórias em 328 pelejas, um aproveitamento de 81%. Nos “playoffs”, em 61 partidas, 48 triunfos, ou 79%. Daí, enfim, nas disputas cruciais pelo Troféu Larry O’Brien, 15 sucessos a 7, e um desfrute de 69%. Nessa bela trajetória, os Golden State Warriors de Oakland, na Califórnia, sempre se defrontaram com os Cleveland Cavaliers de Ohio, e só ficaram sem a taça em 2015/16, derrota de 3 X 4 depois de estarem à frente, 3 X 1, e de o polêmico Green, suspenso, não atuar no jogo 5 e isso facilitar a virada.
Nos esportes dos EUA, se batiza de "Dinasty", ou Dinastia, a aquela geração dos atletas que acumulam as conquistas praticamente em sequência na sua modalidade. Por exemplo, na NBA do Basquetebol, criaram uma Dinastia os Boston Celtics (de Bill Russell e Larry Bird, com 16 títulos e 3 vices em 31 temporadas, de 1957 a 1987), os Chicago Bulls (de Michael Jordan, 6 sucessos em 8 certames, de 1991 a 1998) e os Los Angeles Lakers (de Kobe Bryant, 5 ouros e 2 pratas em 11 anos, de 2000 a 2010). Elencos que se eternizaram. Como pretendiam os Warriors que, cerca de doze meses atrás, no chamado mercado livre dos “free agents”, adquiriram o contrato de mais um craque de talento superlativo, o “center” DeMarcus Cousins, um formidável recordista por haver perpetrado, em um único jogo, mais de 40 pontos, de 20 rebotes e de 10 assistências. Prometia ser efetivamente um time imbatível.
Foi uma aposta de risco gigantesco. Em Janeiro de 2018, em defesa dos New Orleans Pelicans, Cousins rompeu o tendão-de-Aquiles do seu tornozelo esquerdo e precisou se submeter a uma delicada cirurgia. Previa-se a sua volta oficial às quadras só em Janeiro de 2019. Paulatinamente, ele retornou à sua forma antiga. Mas, depois de apenas 30 pelejas e a média de 16,3 pontos em meros 25,7 minutos (uma porfia normal, na NBA, tem 48), sofreu uma grave contusão no quadríceps, o músculo posterior da coxa, na sua mesma perna canhota. Consequência: o fim precoce da sua temporada e, talvez, da sua carreira pelos “Dubs” (brincadeira, em inglês, com o W do nome do time), ele que assinara um contrato primoroso de 12 meses por US$ 5,3mi.
Os Warriors sobreviveram estoicamente sem Cousins. No entanto, depois de passarem pelos Los Angeles Clippers, 4 X 2, na fase inicial dos “playoffs” de agora, na segunda etapa da sequência, diante dos Houston Rockets, tinham 2 X 2 em pugnas no marcador quando também perderam Kevin Durant, uma contratura na sua panturrilha direita. Ainda conseguiram fazer 3 X 2. De todo modo, neste dia 10 de Maio, na quadra do inimigo, deparariam com uma missão complicadíssima, que se pressupunha fatal. Em seus domínios, até então, os Rockets acumulavam 36 vitórias em 49 porfias, ou 73%.
E os Rockets mandaram no prélio até os 6’43” do último quarto, placar de 97 X 95. Depois de exatos três minutos de inação, os Warriors, “Guerreiros” de fato, assumiram a liderança do placar aos 3’43”, e então não mais fraquejaram. O resultado definitivo: 118 X 113. Detalhe: incrivelmente zerado no primeiro tempo, Curry acumulou o absurdo de 33 pontos no segundo. Acomodado na sua mansão de San Francisco, diante da TV, emocionado, Durant admirava os colegas. Talvez, considerasse a possibilidade de, ao invés de trocar de time por mais um punhadão de dólares, continuar nos Warriors que, inclusive, em 2019/20, vão inaugurar uma nova arena no Chase Center de San Francisco.
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