No Superbowl 53 as semelhanças entre Tom Brady e Jared Goff
Apesar das idades, 41 o "quarterback" veterano dos Patriots, 24 o garotão dos Rams, são inúmeras as parecenças que aproximam as histórias dos dois
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
De um lado, pelos Los Angeles Rams, o garotão Jared Thomas Goff, 24 de idade, apenas na sua quarta partida de pós-temporada e na sua estréia em um Superbowl. Do outro, o veterano Thomas Edward Patrick Brady, 41, que deverá participar da sua quadragésima partida de “post season” e do Superbowl de número 9 em seu currículo, ele que já ganhou cinco vezes a finalíssima antológica da NFL, a National Football League que organiza o Futebol Americano nos Estados Unidos. Uma impactante diferença.
Brady com a camisa 12 e Goff com a camisa 16 atuam na posição de “quarterback”, em cada elenco o seu líder, o coordenador de ataque, o criador e o produtor de pontos do time. Mas, tempo de vida à parte, sobram semelhanças entre tais personagens que, agora, neste domingo, 3 de Fevereiro, se confrontarão pelo Vince Lombardy Trophy do Superbowl LIII, ou de número 53. O desafio ocorrerá no Mercedes-Benz de Atlanta/Geórgia, um estádio para 72.035 espectadores, de teto retrátil como o obturador de uma câmara. Semelhanças além do Thomas dos seus nomes de batismo.
Ambos nasceram na Califórnia, nas vizinhanças de San Francisco. Goff em Novato, 56.000 habitantes, ao norte. Brady em San Mateo, 104.000, ao sul. Ambos tem 1m93 de altura e praticamente o mesmo peso: Goff nos 101 kg, Brady nos 102. Na temporada convencional, tanto os Patriots como os Rams terminaram as suas respectivas divisões na liderança. Na Leste da American Conference, os Patriots venceram 11 de seus 16 cotejos regulares. E, na Oeste da National Conference, os Rams se provaram razoavelmente mais eficientes e conseguiram acumular a bagatela de 13 triunfos contra 3 derrotas.
As equivalências prevaleceram nas duas rodadas cruciais dos “playoffs” que os conduziriam até o Superbowl. Nas pelejas das semis, Brady e Goff apenas administraram as folgas escancaradas na etapa inicial. Após 35 X 7 sobre os Los Angeles Chargers, os Patriots venceram por 41 X 28. Após 20 X 7 diante dos Dallas Cowboys, os Rams se desvencilharam por 30 X 22. Mas, nas pugnas que, daí, coroariam cada Conferência, se exacerbaram, dramáticos, os perigos que comprovariam o talento extraordinário dos dois craques. Coincidência inédita, ambas as porfias se encaminharam a uma prorrogação.
Visitantes, a 39” de se esgotar o tempo normal e sob uma torcida atordoante, os Patriots permitiram, num “Field Goal de 3 pontos, a igualdade dos Kansas City Chiefs, 31 X 31. Brady, porém, altaneiro e dominante ressurgiria no suplemento e, determinado, paulatinamente, em 13 felizes etapas levaria os companheiros ao “Touch Down” definidor de Rex Burkhead, 37 X 31.
Em Nova Orleans, os Rams de Goff perdiam dos Saints, donos da casa, de 20 X 23. E, a 15” do fim, Goff propiciou ao “kicker” Greg Zuerlein a possibilidade de um dificílimo “Field Goal” de 48 jardas. Zuerlein não só converteria os 3 pontos do empate como, depois, já no suplemento, acertaria outro chute ainda mais insólito, 53 jardas, e cravaria o resultado de 26 X 23 dos seus Rams.
Detalhe: neste Superbowl 53 se repetirão os adversários que se debateram no de número 36, quando os Rams, então sediados em Saint Louis, em um cotejo programado para o Louisiana Superdome, dia 3 de Fevereiro de 2002, se entregaram aos Patriots por 17 X 20. Foi o primeiro dos cinco títulos de Brady, campeão aos 25 anos, a idade que Goff ainda atingirá em Outubro.
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