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Silvio Lancellotti - Blogs

No resto do mundo e até na China, o Campeonato Brasileiro na TV

Num desmentido da velha anedota, do "nem aqui e nem na ...", graças a uma operação engenhosa e, claro, saudável, a 1190 Sports exibe o certame a mais de 120 países e a 600 milhões de pessoas

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

O logotipo das transmissões para a China
O logotipo das transmissões para a China

Foi despercebidamente que, no início da temporada de 2020/2021, mesmo em plena pandemia da Covid-10, uma empresa de visão do futuro apostou no país e no seu futebol. De nome 1190 Sports e fartas conexões internacionais, comprou por quatro anos, até 2023, os direitos de transmissão, para todo o restante do planeta, do Campeonato Brasileiro da Série A e também da Série B. Um contrato inédito em um século de ludopédio por estas plagas, a envolver quarenta clubes cujos combates passaram a ser exibidos em cerca de 120 nações e para um saudável absurdo, além de 600 milhões de pessoas.

Leo Caetano
Leo Caetano

Numa entrevista exclusiva para este portal, Leo Caetano, diretor regional da 1190, conta detalhes de como ocorreu, principalmente, a conquista estratégica dos mercados das Américas, do Caribe, dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia, um desmentido de uma velha anedota que diz “nem aqui e nem na China”. Aliás, obviamente, não bastou, só, ter os receptores. Foi indispensável a formatação do produto, da seleção dos narradores e dos comentaristas, em diversos idiomas, até a criação das equipes incumbidas da preparação das informações pré-rodada e da montagem dos melhores momentos etcetera.

Eis o resultado da conversa com Leo Caetano:

R7 – Qual o balanço das ações da 1190 Sports sobre a exibição do Brasileiro no exterior?


Leo Caetano – Um caminho intenso, mas gratificante. E posso garantir, com enorme satisfação, que alcançamos muitos marcos importantes. Num resumo, alcançamos a maior distribuição, na história do Brasileirão num nível internacional. Hoje, essa principal competição do futebol daqui já tem um público potencial além de 600 milhões de pessoas, baseadas nos mais de 120 países envolvidos em nossas transmissões. Nestas duas temporadas, nós já firmamos acordos inéditos em territórios estratégicos dos Estados Unidos, como os da Paramount+ e da Univisión. Nos EUA, pela primeira vez, o Brasileirão é acompanhado em três idiomas: o inglês, o espanhol e o português. E mais: graças à ESPN, hoje nós atingimos toda a América Latina; graças ao Canal 11, nós estamos em Portugal; à Sportdigital, na Alemanha. Sem falar na Sportitalia da Itália e da PPTV da China.

Um anúncio da PPTV
Um anúncio da PPTV

R7 – De que maneira a 1190 Sports conseguiu transformar o Brasileiro em um produto comercial e que características vocês mais ressaltaram?


Leo Caetano – Alguns dos fatores se relacionam ao alto nível técnico dos jogos, à infra-estrutura constituída por estádios de primeira linha e a uma produção audiovisual de altíssimo nível. Porém se trata, ainda, do campeonato nacional mais disputado, com uma alternância sem igual nos seus campeões. Uma variedade que, em 2020 e em 2021, nos permitiu transmitir, ao vivo, mais de 1.500 jogos, e também nos permitiu criar mais de 2.400 horas de conteúdo adicional sobre os clubes e os jogadores. Por causa da visibilidade do futebol brasileiro em mercados estratégicos a 1190 Sports pode se expandir conforme é o seu minucioso planejamento desde o início de suas atividades.

R7 – Perspectivas para 2022? Como captar o interesse do Extremo Oriente e da Oceania?


Leo Caetano – Nosso foco principal está na continuidade do fortalecimento, do aumento da visibilidade através da distribuição. Está em elevar cada vez mais a exposição de clubes e jogadores do futebol brasileiro, em geral. Todavia, em paralelo, obviamente, estamos sempre abertos a explorar todas as novas oportunidades que vierem a surgir pela frente.

Estátua de jogador do Brasil na entrada de um estádio de Pequim
Estátua de jogador do Brasil na entrada de um estádio de Pequim

R7 – A 1190 Sports utiliza mão de obra do Brasil ou dos países destinatários?

Leo Caetano – De ambos. Do Brasil e dos destinatários. Não dispomos dos números relativos aos profissionais no exterior pois correspondem a clientes e a seus fornecedores específicos. Mas, somente aqui no Brasil, nós já contamos com cerca de cem profissionais envolvidos, dos jornalistas aos produtores, dos técnicos aos editores etcetera.

R7 – Quais são os formatos básicos da transmissão?

Leo Caetano – Nosso público compreende usuários de TV aberta, assinantes de TV paga e de mídia digital, e a esses se somam aqueles da plataforma digital Brasileirão Play, que desenvolvemos com uma tecnologia de ponta especial para o produto.

O aplicativo Brasileirão Play
O aplicativo Brasileirão Play

R7 – Os seus direitos de transmissão do Brasileirão para o exterior não contemplam as mídias nacionais. A 1190, de todo modo, pensa em atuar também por aqui?

Leo Caetano – Atualmente, a 1190 Sports apenas detém os direitos internacionais do Brasileirão. Fora do Brasil, isso inclui nossos parceiros comerciais (canais de TV aberta, de TV fechada, de streaming) e as transmissões por meio da plataforma Brasileirão Play. Mas, claro, nós somos uma empresa cujo principal objetivo é criar valor em torno de ativos esportivos. Assim, estamos abertos à exploração de todas as oportunidades, seja do futebol, seja de outros esportes, tanto local quanto mundialmente.

Abertura de uma transmissão da 1190 Sports
Abertura de uma transmissão da 1190 Sports

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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