No ar a Liga das Nações da Europa. E a Ucrânia já lidera o seu Grupo 4.
Em casa, na cidade de Lviv, uma vitória sobre a Suíça cabeça-de-chave, 2 X 1. Em Stuttgart a Alemanha cedeu o empate à Espanha, nos acréscimos.
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Principiou nesta quinta-feira, 3 de Setembro de 2020, a segunda edição da Liga das Nações, a “Nations League”, disputa entre seleções que a UEFA, a entidade reguladora do Futebol na Europa, inventou para mobilizar as suas 55 afiliadas, as suas torcidas, a sua mídia e, principalmente, os distribuidores das verbas disponíveis de patrocínio. É a competição que, também, aproveitará as denominadas “Datas FIFA” com pelejas verdadeiramente oficiais e não apenas caça-níqueis e sem um valor de fato comparativo.

Mesmo comprometida pela Covid-19 e, por isso, sem um público presente aos seus combates, mesmo sem atingir a premiação equivalente aos R$ 320mi da edição inaugural de 2018/2019, agora, graças à generosidade de inúmeros apoiadores e ao volume de seus direitos de transmissão, a NL terá como assegurar cerca de R$ 95mi a seu campeão. Propiciará, também, quatro vagas extras na qualificatória da Eurocopa e nas eliminatórias da Copa do Catar. Ainda mais, servirá para a acumulação de pontos no ranking das seleções do Velho Continente. Portugal detém o troféu.

E a UEFA também aprimorou o seu formato em relação àquele utilizado na primeira edição. Continua a separar todas as seleções em quatro divisões e, dentro dessas, em chaves várias. Mantém os conceitos de rebaixamento e de promoção. No entanto, aumentou de 12 para 16 o total da sua Série A, na qual se concentram as melhores dentre as 55. E com isso evitou que caíssem à Série B a Alemanha, a Croácia, a Islândia e a Polônia, últimas em seus grupos na edição anterior. Um sorteio distribuiu as equipes pelas suas chaves respectivas. Eis as quatro turmas da Série A:
Grupo 1
Neerlândia (2), Itália (8), Bósnia-Herzegovina (9) e Polônia (14)
Grupo 2
Inglaterra (3), Bélgica (5), Dinamarca (11) e Islândia (16)
Grupo 3
Portugal (1), França (6), Suécia (12) e Croácia (13)
Grupo 4
Suíça (4), Espanha (7), Ucrânia (10) e Alemanha (15)
Os cotejos deste dia 3, Rodada 1, Grupo 4:

Alemanha 1 X 1 Espanha
Arena Mercedes-Benz, Stuttgart
Árbitro: Daniele Orsato (Ita)
Gols: Timo Werner X Gayà
No cargo desde 2006, uma impressionante durabilidade, Joachim Loew, o treinador da Alemanha, mais uma vez tenta a renovação do seu elenco, poupados vários craques do Bayern recém-conquistador da Liga dos Campeões. Menos tempo de comando na Espanha, desde 2018 mas um interregno de licença motivado pela morte, de câncer, de sua filhota Xana, o adversário Luís Enrique também se empenha na estruturação de uma equipe jovem. A natural consequência, uma bela partida, equilibradíssima, em que o gol, desafortunadamente, demorou muito até despontar.

Quando saiu, todavia, aos 51’, foi muito bonito. Descida de um estreante, Gosens, pelo flanco esquerdo, o passe preciso , horizontal, até Timo Werner, nas imediações da meia-lua, dois dribles sucessivos, de corpo, e o arremate, rasteiro, no cantinho da meta do impotente De Gea. Caiu, então, o ritmo do elenco da “Mannschaft”. E a “Fúria”, mesmo estabanadamente, pressionou, e pressionou, e nos acréscimos obteve a justiça do empate, depois de diversas bolas alçadas sobre a área de Trapp. Um cruzamento de Ferrán Torres, um desvio de Rodrigo e o arremate fatal, de virada, do ala Gayá, solitário diante do arqueiro. Um justo prêmio na pugna de número 800 dos ibéricos.

Ucrânia 2 X 1 Suíça
Arena Lviv, Lviv
Árbitro: Andreas Ekberg (Sue)
Gols: Yarmolenko, Zinchenko X Seferovic
Dois tentos lindíssimos, na etapa inicial. Logo aos 14’, uma investida espetacular do estreante Tymchyk e a finalização de calcanhar do experiente Yarmolenko. Aos 41’, o empate de Seferovic, petardo rasteiro, de canhota, de 25 metros, depois de cortar três adversários. Um outro debutante, Mykhaylichenko, propiciaria a chance do tiro longo de Zinchenko, aos 68’. A Ucrània na liderança, em seu prélio, e também, por enquanto, no Grupo 4.

Dia 4 – Rodada 1, Grupo 1
Itália X Bósnia-Herzegovina
Stadio Artemio Franchi, Florença
Árbitro: Anastasios Sidiropulos (Grècia)
Neerlândia X Polônia
ArenA Johan Cruijff, Amsterdam
Árbitro: Georgi Kabakov (Bulgária)
Dia 5 – Rodada 1, Grupo 2
Islândia X Inglaterra
Laugardalsvoellur, Reykjavyk
Árbitro: Srdan Jovanovic (Ser)
Dinamarca X Bélgica
Parken Stadium, Copenhague
Árbitro: Sandro Schaerer (Sui)
Dia 5 – Rodada 1, Grupo 3
Suécia X França
Friends Arena, Solna
Árbitro: Szymon Marciniak (Pol)
Portugal X Croácia
Estádio do Dragão, Porto
Árbitro: Dàvide Massa (Ita)

Dia 6 – Rodada 2, Grupo 4
Espanha X Ucrânia
Estádio Alfredo Di Stefano, Madrid
Suíça X Alemanha
St.Jakob-Park, Basiléia
Dia 7 – Rodada 2, Grupo 1
Bósnia-Herzegovina X Polônia
Stadion Bilino Polje, Zenica
Neerlândia X Itália
Johan Cruijff ArenA, Amsterdam
Dia 8 – Rodada 2, Grupo 2
Dinamarca X Inglaterra
Parken Stadium, Copenhague
Bélgica X Islândia
Stade Roi Baudouin, Bruxelas
Dia 8 – Rodada 2, Grupo 3
Suécia X Portugal
Friends Arena, Solna
França X Croácia
Stade de France, Saint-Denis

Haverá mais quatro rodadas até dia 18 de Novembro. Em Junho de 2021, com as datas ainda não estabelecidas, os ganhadores de cada chave disputarão, em mata-matas de peleja única, emparceiramentos decididos por sorteio, as semifinais. Daí se realizará a decisão. Todos esses prélios se desenrolarão num único país, definido entre os quatro participantes. Os últimos de cada chave serão rebaixados à Série B, que promoverá à Série A seus quatro melhores. Igualmente acontecerá decenso da B para a C e da C para a D, assim como o acesso da D para a C e da C para a B.
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