Nesta semana, a decisão da Nations League/2019 do Futebol na Europa
Depois de um ano em que mobilizou as suas 55 afiliadas, a UEFA define, com jogos entre Portugal, Suíça, Holanda e Inglaterra, a sua melhor seleção
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Enfim se completa nesta semana a aventura pioneira da Nations League da Europa, uma nova competição que a UEFA criou para mobilizar as suas 55 afiliadas em jogos oficiais nas chamadas “Datas Fifa”, aquelas que deveriam se reservar às eliminatórias da Copa do Mundo ou aos certames continentais, mas que, habitualmente, se desperdiçam em confrontos irrelevantes do mais grotesco estilo caça-níqueis. Como atestam a CBF e o seu time.
O conceito da Nations League se baseia em um ranking estabelecido logo depois das eliminatórias da Copa da Rússia/2018, as seleções da UEFA separadas em quatro divisões, cada qual com quatro grupos. Na Série A, claro, as doze melhores. Na Série B, mais doze. Na Série C, quinze. E, na Série D, as restantes dezesseis. Da Série A até a Série C, as derradeiras classificadas de cada grupo amargaram o lastimável rebaixamento à categoria de baixo, na próxima NL, prevista para 2022. Da Série B até a Série D, as respectivas primeiras mereceram subir, na próxima edição, à categoria de cima.
São as vencedoras de cada grupo, na Série A, que agora brigam para a definição da campeã geral da NL e de um prêmio correspondente a R$ 25 milhões, além, claro, dos fartos direitos de transmissão e dos valores de promoção e de publicidade. A vice-campeã embolsará cerca de R$ 20 milhões. A ganhadora do bronze abiscoitará R$ 17,5 milhões. E a mesmo a quarta colocada ainda levará um bom tesouro de R$ 12,5 milhões.
Da quarta-feira, dia 5 de Junho, até o domingo, dia 9, em Portugal, um país escolhido previamente, se disputarão as semifinais, a pugna de consolação pelo bronze e, claro, a grande decisão. Quarta, no Estádio do Dragão, na cidade do Porto, se digladiarão Portugal e a Suíça. Na quinta, no Estádio Dom Afonso Henriques, de Guimarães, a Holanda e a Inglaterra. A consolação e a decisão acontecerão no domingo, respectivamente em Guimarães e no Porto, mas em horários diferentes, para a satisfação da televisão.
Eis uma síntese dos dois combates das semis:
DIA 5
PORTUGAL X SUÍÇA
Estádio do Dragão, 50.083 lugares
Na história: 22 jogos
Por 7vit – 5emp – Sui 10vit (gols: 27 X 32)
Nesta NL:
Portugal – 2vit/2emp/0der (5gp X 3gc)
Eliminou Itália e Polônia
Suíça – 3vit/0emp/1der (14gp X 5gc)
Eliminou Bélgica e Islândia
DIA 6
HOLANDA X INGLATERRA
Estádio Dom Afonso Henriques, 30.000 lugares
Na história: 21 jogos
Hol 6vit – 9emp – Ing 6vit (gols: 26 X 30)
Nesta NL
Holanda – 2vit/1emp/1der (8gp X 4gc)
Eliminou França e Alemanha
Inglaterra – 2vit/1emp/1der (6gp X 5gc)
Eliminou Espanha e Croácia
Eis um balanço geral da competição:
SÉRIE A
Aconteceram 24 porfias, em que se anotaram 72 gols, a média de 3,00. Na Copa da Rússia, ficara em 2,64. Um sucesso, também, de público presente: 989.180 pessoas, 41.216 por pugna, apesar de vários estádios pequeninos.
GRUPO 1
Ganhou a Holanda, 7 pontos como a França, porém uma performance melhor no confronto direto (2 X 0 e 1 X 2). Rebaixada a irregular Alemanha, 2 pontos.
GRUPO 2
Ganhou a Suíça, 9 pontos como a Bélgica, porém uma performance melhor no confronto direto (1 X 2 e 5 X 2). Rebaixada, a Islândia, nem um mero empate.
GRUPO 3
Ganhou Portugal, 8 pontos, mesmo sem o astro Cristiano Ronaldo, que solicitou dispensa da convocação. A Itália, 5 pontos, anotou meros dois gols em quatro pelejas. Com apenas 2 pontos, rebaixada a Polônia.
GRUPO 4
Ganhou a Inglaterra, 7 pontos, ao superar a Croácia, 2 X 1, de virada, no final do cotejo derradeiro. Com 6, a Espanha foi a segunda. A Croácia, 4, rebaixada.
SÉRIE B
Aconteceram 24 porfias, em que se anotaram 48 gols, a média de 2,00. Na Copa da Rússia, ficara em 2,64. Um quase sucesso de público: 533.767 pessoas, 22.240 por pugna. Claro, muitos estádios pequenos. No caso de algumas das melhores seleções de cada Grupo não conseguirem vagas à UEFA/2020, nas eliminatórias normais, haverá uma repescagem-extra.
GRUPO 1
Promovida a Ucrânia, 9 pontos, e por antecipação. Ficou para o cotejo derradeiro a decisão da rebaixada. Feliz da República Tcheca, que superou a Eslováquia, a sua antiga irmã geográfica, 4 X 1, e resistiu com 6 pontos a 3.
GRUPO 2
Promovida a Suécia, 7 pontos como a Rússia. Ficou com a vaga no confronto direto, 0 X 0 em Moscou e, daí, 2 X 0 em Solna. Rebaixada a Turquia, 3.
GRUPO 3
Promovida a Bósnia, 10 pontos, também por antecipação. A Áustria somou 7. A Irlanda do Norte, impressionante, lastimavelmente zerou.
GRUPO 4
Promovida a Dinamarca, 8 pontos, ao suplantar Gales, que ficaria nos 6, na penúltima rodada, 2 X 1 na casa do rival. Rebaixada a Irlanda/Eire, só 2.
SERÍE C
Uma divisão com 15 equipes, um grupo de três, os outros com quatro seleções. Ocorreram 42 partidas em que se anotaram 92 gols, a média de 2,19. Na Copa da Rússia, 2,64. Público: 311.697 pessoas, 7.421 por partida. Além das rabeiras dos grupos com quatro seleções, também foi rebaixada a pior das terceiras colocadas, descontadas as pugnas efetuadas pelas tais rabeiras. Salvou-se a Albânia, a última do Grupo 1, aquele de três.
GRUPO 1
Promovida a Escócia, que subiu aos 9 pontos, graças ao triunfo de 3 X 2 sobre Israel na rodada derradeira. Israel parou nos 6. A Albânia ficou nos 3.
GRUPO 2
Promovida a Finlândia, 12 pontos, apesar do favoritismo de Hungria e Grécia, que estacionaram nos 10 e nos 9, respectivamente. Rebaixada a Estônia, 4.
GRUPO 3
Promovida a Noruega, 14 pontos. A Bulgária entregou a chance ao empacar num precário resultado de 1 X 1, em Chipre, na rodada derradeira. Por causa do regulamento, que determinou a queda da pior das terceiras seleções, despediram-se a Eslovênia, última com 3 pontos, e Chipre, que registrou 5 mas descontou os 4 dos seus prélios contra a parceira de infortúnio.
GRUPO 4
Promovida a Sérvia, herdeira direta da tradição da antiga Iugoslávia, 11 pontos, às custas da rivalíssima Romênia, 9, e de Montenegro, sua ex-metade inclusive em Copa, 7. Rebaixada a zerada Lituânia, que somou 6 derrotas.
SERÍE D
Na divisão com 16 equipes, aconteceram 48 porfias, em que se anotaram 121 gols, a média de 2,52, muito melhor que os 2,19 da C. Na Rússia, 2,64. Público: 377.818 pessoas, ou 7.871 por partida, também superior aos 7.421 da série de cima. Evidentemente, não houve nenhum rebaixamento.
GRUPO 1
Promovida a Geórgia, 16 pontos, relativamente o melhor desempenho de toda a competição. Muito atrás Cazaquistão, 6, Letônia e Andorra, ambas 4.
GRUPO 2
Promovida Belarus, 14 pontos, apesar de ameaçada, até a penúltima rodada, por Luxemburgo, 10, e pela Moldávia, 9. San Marino a zero em pontos e gols.
GRUPO 3
Promovido Kosovo, 14 pontos, graças aos 4 X 0 no duelo direto contra o Azerbaidjão, que tinha 9 até a derradeira e fatal jornada. Os semi-amadores das Ilhas Far Oer ainda somaram 5 pontos, à frente dos 3 de Malta.
GRUPO 4
Promovida a Macedônia, 15 pontos. Que até se permitiu o luxo de uma derrota, em viagem, Armênia 4 X 0. Além da Armênia, 10 pontos, o Grupo 4 exibiu duas seleções de performance inesperada, Gibraltar (que nem é um país formal), 6, e o mínimo Principado do Liechtenstein, 4.
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