Juve 2 X 1 SPAL, e o CR7 iguala um recorde de 11 gols em 11 jogos
Enquanto a "Senhora" sobe aos 60 pontos, o seu artilheiro repete as marcas de Batistuta na Fiorentina/95 e de Quagliarella na Sampdoria/2019
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Desnecessário asseverar que não existem as estatísticas infalíveis. Todavia, imprescindível relembrar, também, que cada regra tem a sua exceção. No dia 13 de Abril de 2019, a Juventus de Turim necessitava de um mero empate, na cidade de Ferrara, diante da Società Polisportiva Ars et Labor, entocada na 16ª posição do Campeonato da Bota, para assegurar, ali, o seu oitavo “scudetto” consecutivo. Não perdia da SPAL desde 13 de Maio de 1962. E no entanto caiu por 1 X 2 e se obrigou a atrasar a sua celebração até o dia 20.

Contra 23 vitórias, aquela foi só a segunda derrota da “Senhora” em 37 jogos de Série A diante da SPAL, desde o seu duelo inaugural, Juve 2 X 1, no estádio do Corso Marsiglia, Turim, 12 de Outubro de 1924. Agora, líder do certame de 2019/20, 57 pontos em 72 possíveis, 46 tentos registrados e 23 concedidos, de novo em Ferrara, cidade da região do Vêneto, cerca de 375km de distância por automóvel, a “Senhora” reencontraria a rival na condição de tão favorita como naquele Abril de 2019. Afinal, a agremiação alvi-celeste, apenas a lanterninha do torneio, ostentava 15 pontos, havia realizado 18 gols, havia sofrido 42, e acumulava as amarguras de quatro fracassos em sequência.

A exceção, que já ameaçava se tornar uma regra, pairou, soberana, até os 39’ quando, num “contropiede” veloz através do flanco direito, Ramsey lançou Cuadrado que cruzou, impecavelmente, para o sem-pulo de Cristiano Ronaldo, Juve 1 X 0. O gol de número 21 do CR7 no campeonato e, melhor, o tento de número 11 em 11 combates seguidos, igual ao recorde de Gabi Batistuta pela Fiorentina de 1994/95 e de Fabio Quagliarella pela Sampdoria em 2018/19. Daí, aos 60’, noutro contra-ataque, desta vez através do meio, Dybala tocou a Ramsey que encobriu Berisha, calma e elegantemente, 2 X 0.

A SPAL ainda perpetraria um belo susto na “Senhora”, aos 69’, com Petagna, na cobrança de um penal duvidoso de Rugani em Missiroli. Impossível a visualização do lance no monitor da lateral, impossível a comunicação pelo seu fone de ouvido, o árbitro Federico La Penna se limitou a uma rápida conversa por um “walkie-talkie” e apontou a marca fatal. Apesar do penal mal justificado, a Juve saiu de Ferrara com os três pontos que desejava. Consolo da SPAL, na verdade honraria para Petagna, ele subiu aos dois dígitos, 10 “reti” na artilharia do certame, façanha inédita da sua agremiação neste milênio.

Já observei que apenas três clubes ainda batalham pelo título do atual Campeonato Italiano, temporada 2019/20: a líder Juventus (60 pontos em 75 possíveis), a Lazio de Roma (56) e a Internazionale (54). Caberá à “Senhora”, neste domingo, torcer para uma das equipes de Gênova – o Genoa, com 22 pontos, que receberá a Lázio. Também ocorreria um cotejo, em Milão, da Inter, contra a Sampdoria, 23, que tentaria se afastar da zona de fracasso. Por causa do Coronavírus, porém, acabou adiado. O mínimo escorregão da Lazio, entretanto, ampliará o estímulo da Juve para suplantar o Olympique Lyonnais, dia 26, pela rodada inicial das oitavas-de-final da Champions League.
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