Ficará entre Corinthians e Cruzeiro o título da Copa do Brasil de 2018
Apesar de um gol contra e do final sufocante. o "Timão" bateu o Flamengo, 2 X 1. E a "Raposa" se classificou com o empate de 1 X 1 diante do Palmeiras.
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Enfim, depois de 118 pelejas em que se registraram 244 tentos, nesta noite de 26 de Setembro se definiram os dois clubes que disputarão o título da Copa do Brasil de 2018. A decisão acontecerá em dois cotejos de ida e volta, nos dias 10 e 17 de Outubro, e agora anteporá o Corinthians e o Cruzeiro, que eliminaram, em suas casas, respectivamente, o Flamengo e o Palmeiras.
O “Mosqueteiro”, depois de um empate, 0 X 0, na pugna de ida, no Rio, no retorno da sua Arena ainda-sem-nome de Itaquera, obteve um triunfo, contra o “Urubu”, por 2 X 1. A “Raposa”, que havia sobrepujado o “Verdão”, no Allianz Parque, por 1 X 0, assegurou a sua vaga, na volta do Mineirão, empate de 1 X 1. Num sorteio, a CBF ainda estabelecerá quem hospedará a porfia do título.
Apelidado de “Clássico do Povo”, por causa do volume de cada torcida, as maiores do País, o duelo do “Timão” contra o Flamengo foi o de número 133 na sua história. O Corinthians acumulou 52 sucessos a 53, nos tentos 204 a 205. Batizado de “Clássico Palestrino”, consequência das origens italianadas dos dois clubes, o desafio do Cruzeiro contra o Palmeiras foi o de número 94. E o representante de Minas soma 35 vitórias a 31, 138 tentos a 135.
Protagonizaram o primeiro gol da noite o mais elogiável e o mais criticável dos atletas do “Mosqueteiro” de Jair Ventura Filho. Aos 14’, Jadson, a quem habitualmente a torcida do Corinthians aplaude, acertou um passe alto e maravilhoso, preciso, de mais de 25 metros, no pé canhoto do normalmente vilipendiado Danilo Avelar, 1 X 0. Porém, logo aos 17, num lance boboca e particularmente desafortunado, a descida de Pará no flanco destro e um cruzamento a meia altura, Henrique enviou de peito à sua própria meta.
Na Copa do Brasil não vale o critério do gol qualificado, em dobro o anotado no campo do adversário. Assim, para desembarcar na final, a ambos bastaria o 2 X 1. No caso de um empate, ocorreria a loteria dramática dos penais. Uma eventualidade que o Cruzeiro começou a descartar aos 26’, numa enfiada de Lucas Silva a Barcos, que fintou o arqueiro Weverton e abriu o placar, 1 X 0.
Um problema tenebroso à espera de um milagre, talvez, do Palmeiras. Produzisse dois tentos e o combate cairia no bingo dos penais. De maneira a se garantir sem riscos, apenas um resultado de 3 X 1. Obviamente, em qualquer situação, necessitaria cravar o primeiro gol. E conseguiu aos 50’, num corner cobrado por Dudu e num salto implacável, testada de Felipe Melo.
De acordo com os dicionários, Ventura é um sinônimo de acaso, destino, boa sorte. E aos 67’ o Jair, treinador do “Timão”, encontrou a felicidade. Trocou Clayson por Pedrinho. Meros 38” após, junto à meia-lua, Pedrinho recebeu um passe horizontal, aparou a pelota no seu pé direito e fulminou de esquerda, rasteiro, bem no cantinho da meta de Diego Alves, “Coringão” à frente, 2 X 1.
Na Cidade Maravilhosa e na Paulicéia se desdobrariam bem tensos os dez minutos derradeiros. Em Itaquera, nos acréscimos, com um petardo num poste de Cássio, Pará quase calou a imensa maioria dos 44.606 presentes – meros 1.800 envergavam as cores do rubronegro. Nada além de um susto cinematográfico. Enquanto isso, no Mineirão, a batalha se estendeu por mais oito minutos, fora o tempo regulamentar. Batalha, mesmo, pois os elencos se envolveram numa troca de sopapos e só o relatório do árbitro, Wagner do Nascimento Magalhães, explicará os cartões vermelhos que exibiu.
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