E enfim a NFL decide quem vai disputar o seu Superbowl 53
Neste domingo, dia 20, os dois combates fatais. Chiefs contra Patriots, pela Conferência Americana. E Saints contra Rams, pela Conferência Nacional.
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Enfim, depois de 264 partidas e de uma temporada que se inaugurou em 6 de Setembro de 2018, neste domingo, 20 de Janeiro de 2019, desembarcam num glorioso desfecho as duas grandes ramificações da NFL, a National Football League, a entidade que manda, profissionalmente, no esporte da bola oval.
No Arrowhead Stadium de Kansas City, Missouri, ao ar livre, 76.416 espectadores, pela American Conference se digladiam os Chiefs da cidade e os New England Patriots de Foxborough, nas vizinhanças de Boston. Pela National Conference, no Mercedes-Benz Superdome de Nova Orleans, com 78.133 lugares cobertos, os Saints locais recepcionam os Rams de Los Angeles.
Os sobreviventes conquistarão um prêmio ansiadíssimo: o direito de se defrontarem, no próximo 3 de Fevereiro, em outro Mercedes-Benz, um estádio de teto retrátil, em Atlanta, capacidade para 75.000 pessoas, no Superbowl de número 53 da história. Então, cada um dos 53 atletas de cada elenco que vencer o duelo receberá um bônus em dinheiro, equivalente a R$ 380 mil, e mais um desmesurado anel celebrativo, avaliado em R$ 100 mil.
Isso, claro, além de um epíteto nada recatado, aquele de componente dos “World Champions", ou os “Campeões do Mundo”. O time que ficar com o título ainda levará o troféu batizado de Vince Lombardi (1913-1970), uma adequada homenagem ao antológico treinador dos Green Bay Packers, donos do primeiro Superbowl, em 1966. Eis uma síntese técnica das duas partidas:
AMERICAN CONFERENCE
Kansas City Chiefs X New England Patriots
Oferece um precioso e empolgante desafio paralelo entre Patrick Mahomes, nascido em 17 de Setembro de 1995, o mais jovem ganhador de um combate de Playoff em toda a aventura da NFL, e Tom Brady, 3 de Agosto de 1977, à procura do seu incrível sexto anel em dezesseis tentativas.
Apesar da sua exuberante juventude, ainda na temporada de estréia como titular, uma semana atrás, no triunfo dos Chiefs sobre os Indianapolis Colts, um placar devastador de 31 X 13, Mahomes combinou espetacularmente as jogadas pelo chão e os lançamentos pelo alto, de modo a não permitir que os marcadores adversários antecipassem a sua movimentação. A um ataque que acumulou o total de 433 jardas percorridas, 253 pelo alto e 180 pelo chão, os Chiefs também agregaram uma defesa irrepreensível.
Um legendário, ainda em atividade, Brandy fantasiava o seu sexto anel doze meses atrás, 4 de Fevereiro de 2018, em Minneapolis, quando a zebra dos Philadelphia Eagles atropelou os Patriots por 41 X 33. New England, todavia, permanece como o principal protagonista da NFL deste Século XXI. No último domingo, contra os Los Angeles Chargers, de fato apresentou um estilo esmagador, que o placar final de 41 X 28 absolutamente não aparentou.
Na etapa inicial os Patriots já ostentavam 35 X 7, graças principalmente ao calouro Sony Michel, “running back” de 23 de idade, que emplacou três “touchdowns” logo na sua estréia num Playoff. Melhor, fisicamente impecável, Brady desvendou um belo catálogo de ações pelo solo, no miolo ou nos flancos, exatamente a diversidade que ele promete exibir no Arrowhead.
NATIONAL CONFERENCE
New Orleans Saints X Los Angeles Rams
No seu prélio classificatório diante dos Eagles, os donos do troféu de 2017, uma ameaça cabalística aterrorizou os Saints com menos de 5’ de cotejo: um “touch down” dos rivais e mais o respectivo “extra point”. Nas sete partidas anteriores desta pós-temporada, havia obtido o sucesso o time dos 7 X 0. E os Eagles ainda chegariam ao conforto suposto dos 14 X 0.
Pacientes na ofensiva e atentos o suficiente na retaguarda, aqueles atributos que, na temporada regular, lhes tinham propiciado 13 vitórias em 16 partidas, os companheiros do “quarterback” Drew Brees, de 15 de Janeiro de 1979, precisamente o mesmo passador do Superbowl de 2010, o do seu único título, viraram para 20 X 14. E os Saints ainda mostraram a sorte dos campeões, nos estertores do tempo regulamentar, quando os Eagles desperdiçaram a ótima possibilidade de, no mínimo, um empate e uma prorrogação.
Os Rams, em quem os especuladores apostam como os melhores dos quatro sobreviventes, padeceram bastante até que suplantassem os Dallas Cowboys por 30 X 22. O seu “quarterback”, Jared Goff, ostenta apenas um mero ano de experiência mais do que Mahones, o caçula dos astros deste domingo: nasceu em 14 de Outubro de 1994. De todo modo, já provou ser eficiente ao ponto de mixar as suas jogadas de uma forma a atordoar os adversários.
Dispõe, aliás, de um excelente repertório de opções. Por exemplo, corredores magnetizantes como C. J. Anderson e Todd Gurley . Pelo chão, diante dos Cowboys, os Rams amealharam a maravilha de 273 jardas, um novo recorde em toda a sua história de presenças em Playoff e em seus já 82 anos de Futebol Americano. Impressiona a maneira com que os Rams escudam Goff e escoltam as investidas de Anderson e Gurley através das linhas rivais.
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