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Curiosidades da Copa: um passeio pelas 21 aberturas da competição

Na França/38, por exemplo, houve oito pelejas na mesma data da inauguração. E agora, no Catar/2022, a cerimônia solene apenas acontecerá no terceiro dos combates da data de início das disputas.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti


A Copa FIFA
A Copa FIFA

No dia 21 de Novembro, data oficial da inauguração da 22ª edição da Copa do Mundo, a FIFA, entidade que organiza o Ludopédio no planeta, romperá uma tradição de 56 anos, implantada na competição da Inglaterra/66. Ao invés de uma peleja única, com a clássica cerimônia de abertura, haverá quatro porfias e a celebração, pior, só acontecerá na terceira. Pela ordem se debaterão Senegal X Neerlândia (a ex-Holanda) e Inglaterra X Irã, até que a seleção hospedeira, do Catar, no palco principal da jornada, desafie o Equador. A inauguração também não ostentará a campeã do evento anterior, no caso a França. No duelo derradeiro do dia 21 se confrontarão os times dos Estados Unidos e de Gales.

O Al Bayt, estádio do primeiro jogo do hospedeiro
O Al Bayt, estádio do primeiro jogo do hospedeiro

Ironicamente, não se completou de modo airoso aquela primeira experiência de transformar a pugna inicial numa comemoração solene. Então, no seu templo venerável de Wembley, e na presença da rainha Elizabeth II, a equipe anfitriã recebeu a do Uruguai e impactou a monarca pela violência dos seus súditos em campo, mais agressivos até que os famigerados rivais sul-americanos. Antes, desde o Uruguai/30 até o Chile/62, ocorreram começos aleatórios e sem preocupação com o protocolo. Por exemplo, na Itália/34 e na Suécia/58 aconteceu o absurdo de oito prélios na mesma data e em oito cidades diversas.

O Lusail Iconic, estádio da decisão
O Lusail Iconic, estádio da decisão

Em 66 e no México/70, porém, coube à hospedeira atuar na pugna de abertura. Daí, da Alemanha/74 ao evento de 2002, na Coréia do Sul e no Japão, levou a primazia o detentor da taça. Depois, novamente, da Alemanha/2006 à Rússia/2018, sempre a seleção hospedeira teve o nobre privilégio de capitanear o sarau. O detalhe crucial: na era de partida única, da Inglaterra até a Rússia, nunca, jamais, uma equipe que participou do cerimonial de inauguração abiscoitou o título. O resumo das 21 versões já realizadas:

Uruguai/30
Uruguai/30

URUGUAI/30 (13 Nações)

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Repleta de defecções, por causa da distância, a primeira Copa concentrou todos os seus palcos em Montevidéu, a capital. Na primeira pugna, em 13 de Julho, no campo de Pocitos, diante de bem mirrados 998 pagantes, por 4 X 1 a França bateu o México. E houve um prélio na mesma data, no Parque Central, ao menos com mais pessoas nas arquibancadas, 10.000 espectadores. Os EUA ignoraram a Bélgica, 3 X 0. Apesar do triunfo, a França não seguiu na competição. Os norte-americanos levaram o bronze, e sem entrar em campo. O incipiente regulamento da Copa de 30 ainda não previa a disputa do terceiro lugar. Uma final integralmente sul-americana, com o resultado de Uruguai 4 X 2 Argentina,

Itália/34
Itália/34

ITALIA/34 (16 Nações)

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Absurdo, oito prélios simultâneos em 27 de Maio. Mas, ao menos, a Itália concentrou as atrações da platéia de Roma, no Estádio Partido Fascista, 7 X 1 sobre os norte-americanos, 44.800 pessoas. E foi acampeã ao suplantar a Tchecoslováquia, na prorrogação, por 2 X 1.

Brasil X Polônia, um dos oito jogos da inauguração de 1938
Brasil X Polônia, um dos oito jogos da inauguração de 1938

FRANÇA/38 (15 Nações)

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Finalmente uma Copa na pátria de Jules Rimet, o grande inspirador do evento. A FIFA, aliás, já havia crescido, e razoavelmente. Passara das 47 afiliadas de 1930 para as 58 das vésperas de II Guerra, cujo espectro interferiu na designação dos adversários da partida de abertura, em 4 de Junho. Temerosa de uma futura represália militarista, a FIFA concedeu prioridade à Alemanha, que meramente obteve um empate medíocre de 1 X 1, com a Suíça, no já existente Parc des Princes de Paris, 30.000 espectadores. A Copa de 38 transcorreu inteira através de mata-matas e as regras daquele tempo não pressupunham prorrogação e penais. Aconteceu um outro prélio, no dia 9, e a Suíça sobreviveu com certo sossego, 4 X 2, plateia igual, no mesmo estádio. A Italia levantou o bi ao derrotar a Hungria por 4 X 2.

Brasil/50, antes do primeiro jogo no Maracanã
Brasil/50, antes do primeiro jogo no Maracanã

BRASIL/50 (14 Nações)

Natural que o dono da casa estivesse presente no cotejo que oficialmente inaugurou, no Rio de Janeiro, o maior estádio do universo naquela época, o Maracanã, dia 24 de Junho, placar de 4 X 0 sobre o México, presentes 81.700 espectadores. Ineditamente num país de dimensões bem alentadas, a competição se distribuiu por quatro grupos e por seis cidades – além do Rio, o Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Coritiba e Porto Alegre. E, muito ao contrário do que se imagina, não teve uma final, no estilo clássico da expressão. Na realidade, com a Espanha, a Suécia e o Uruguai, o Brasil integrou uma chave decisiva. Poderia, até mesmo, se limitar a um empate no fatídico dia 16 de Julho, quando 174.000 pagantes viram o “Maracanazo”, um triunfo da “Celeste” sobre o dono da casa, 2 X 1.

Suíça/54, discurso solene de Jules Rimet, no Stade Zurich
Suíça/54, discurso solene de Jules Rimet, no Stade Zurich

SUÍÇA/54 (16 Nações)

Quatro duelos numa mesma data, 16 de Junho. Nenhum com a anfitriã. No La Pontaise de Lausanne, 25.000 presentes, Iugoslávia 1 X 1 França. Em Genebra, Les Charmilles, 17.500, Brasil 5 X 0 México. No Stade Zurich, 25.000, Áustria 1 X 0 Escócia. No Wanksdorf de Berna, ao menos, 20.500, atuou o Uruguai, detentor da taça, 2 X 0 na Tchecoslováquia. Na final de Berna, 63.800 pessoas, a Alemanha Ocidental, separada da Oriental como conseqüência da divisão da potência nazista derrotada na II Guerra, sobrepujaria a Hungria por 3 X 2.

Suécia/58
Suécia/58

SUÉCIA/58 (16 Nações)

De novo, como na Itália/34, oito partidas no mesmo 8 de Junho. Na principal, a solene, com a presença do seu monarca, o simpaticíssimo Rei Gustavo Adolfo VI, em Solna, um subúrbio de Estocolmo, 48.000 pessoas, Suécia 3 X 0 México. Ainda ocorreram desafios de todas as outras seleções. Em Udevalla, por 3 X 0, o Brasil sobrepujou a Áustria. Terminaria campeão o pespegar 5 X 2 na hospedeira, dia 29, em Solna, 49.800 presentes.

Chile/62, jogo do Brasil em Viña del Mar
Chile/62, jogo do Brasil em Viña del Mar

CHILE/62 (16 Nações)

Quatro partidas em 30 de Maio, inclusive com o Chile anfitrião e com o Brasil detentor. No Nacional de Santiago, a solene, com um público de 65.000 espectadores, Chile 3 X 1 Suíça. E, no Sausalito de Viña del Mar, público de 11.000, Brasil 2 X 0 México. O Brasil conquistaria um bi autêntico em Santiago, sem o lesionado Pelé, placar de 3 X 1 sobre a Tchecoslovária.

Inglaterra/66, a presença da Rainha Elizabeth II
Inglaterra/66, a presença da Rainha Elizabeth II

INGLATERRA/66 (16 Nações)

Além da rainha Elizabeth e do seu consorte, o príncipe Philip, 87.000 testemunharam a pancadaria comandada pelo volante Nobby Stiles, apelidado de “Butcher”, ou “Carniceiro”. Para mais parecer ameaçador, ele retirava da boca a prótese dentária dos incisivos. Foi a abertura mais feia de todas, e na Copa mais abrutalhada da sua História. Obviamente, com a Inglaterra campeã, numa polêmica prorrogação, 4 X 2 sobre a Alemanha Ocidental.

México/70, uma cerimônia de fato no Estádio Azteca
México/70, uma cerimônia de fato no Estádio Azteca

MÉXICO/70 (16 Nações)

Altitude de 2.250m, ar rarefeito, sol a pino, um absurdo de confronto programado para as 12h00. No Azteca da capital, 107.000 espectadores ruidosíssimos, a nervosa equipe da União Soviética se arrastou no gramado e, de todo modo, arrancou um empate, 0 X 0, aos ineficientes hospedeiros. O Brasil, que chegou ao altiplano dois meses antes daquele 31 de Maio, pôde se aclimatar adequadamente e abocanhou de vez a Jules Rimet, 4 x 1 sobre a Itália. O México não ultrapassou as quartas: sucumbiu à Itália, ironia, precisamente 1 X 4.

Alemanha Ocidental/74
Alemanha Ocidental/74

ALEMANHA OCIDENTAL/74 (16 Nações)

Uma Copa com um formato bizarro. Uma segunda fase de grupos ao invés dos clássicos mata-matas. O Brasil inaugurou a competição no Waldtsadion de Frankfurt, 62.000 pessoas e um empate horroroso de 0 X 0 com a Iugoslávia. Alemanha Ocidental campeã, 2 X 1 sobre a Holanda que ainda não era Neerlândia. Brasil no quarto lugar. Pela primeira e única vez na História da Copa, a Alemanha Oriental também se qualificou. Por ironia, o sorteio a designou precisamente ao Grupo da sua mana Ocidental, a quem inclusive bateu por 1 X 0. Aos trambolhões, conseguiu passar à fase seguinte mas acabou eliminada do evento.

Argentina/78, João Havelange, presidente da FIFA, entre a Junta Militar
Argentina/78, João Havelange, presidente da FIFA, entre a Junta Militar

ARGENTINA/78 (16 Nações)

Idêntico formato ao da Alemanha/74. Em 1º de Junho, no Monumental de Buenos Aires, 67.000 pessoas, a detentora do título estacionou frente a Polônia, 0 X 0. As duas seleções empacariam na segunda fase de grupos. Numa competição polêmica, por causa das críticas quase generalizadas à virulência da repressiva Ditadura Militar nas suas plagas, a Argentina levou a taça na prorrogação, a terceira da História, 3 X 1 contra a Holanda/Neerlândia.

Espanha/82
Espanha/82

ESPANHA/82 (24 Nações)

Um formato ainda mais insólito, uma primeira etapa de seis grupos de quatro seleções, que daí se transformavam em quatro chaves de três. Na abertura, no Camp Nou de Barcelona, 102.000 pagantes, inesperadamente a Bélgica carimbou as faixas da Argentina, 1 X 0, em 13 de Junho. Como a dona da casa, a então campeã ficou no caminho e não foi às semis. Idem, o Brasil. Embora desacreditada, a Itália levou o troféu, 3 X 1 contra a Alemanha Ocidental.

México 86, de novo o Azteca
México 86, de novo o Azteca

MÉXICO/86 (24 Nações)

Felizmente a FIFA acabou com a insólita segunda fase de grupos. E infelizmente, para que 24 equipes se tornassem as 16 dos mata-matas das oitavas de final, idealizou uma risível excrescência: as quatro melhores terceiras das seis chaves permaneceriam na competição. A abertura, tenebrosa, de certa maneira simbolizou toda a bizarrice da escolha. Em 31 de Maio, no Estádio Azteca, 100.000 presentes, Itália 1 X 1 Bulgária. Salvaram-se ambas. Nas oitavas, de todo modo, com resultados iguais de 2 X 0, perderam da França e do México e se despediram. Na grande decisão, a Argentina bateria a Alemanha Ocidental por 3 X 2.

Itália/90, o Meazza, antes de Argentina 0 X 1 Camarões
Itália/90, o Meazza, antes de Argentina 0 X 1 Camarões

ITÁLIA/90 (24 Nações)

Mesmo com uma derrota surpreendente, para Camarões, na peleja de abertura, 0 X 1 no Giuseppe Meazza, Milão, 73.800 pessoas, a Argentina se recuperou e prosseguiu, ainda que cambaleante e dizimada por contusões, até a final, no Olímpico de Roma, quando sofreu uma vingança impiedosa da Alemanha Ocidental, 1 X 0, com a clara ajuda da arbitragem. O Brasil? Quase inexistiu. Caiu nas oitavas, ridiculamente despachado pela Argentina, 0 X 1.

EUA/94, o Soldier Field de Chicago
EUA/94, o Soldier Field de Chicago

ESTADOS UNIDOS/94 (24 Nações)

Em outra pugna patética de tão ruim, no Soldier Field de Chicago, 63.100 espectadores, a Alemanha já reunificada padeceu para fazer 1 X 0 na precária Bolívia, prejudicada pela exclusão de Etcheverry, que acabara de entrar. Na primeira decisão por penais da História, no Rose Bowl de Pasadena, região de Los Angeles, depois de um combate igualmente árido e tenebroso como o da inauguração, 0 X 0 nos 90’ regulamentares e nos 30 da prorrogação, a seleção do o Brasil suplantou uma Itália fisicamente arrasada pela calorama, 4 X 3.

França/98
França/98

FRANÇA/98 (32 Nações)

Afortunadamente, a FIFA desistiu da excrescência das 24 seleções e da obrigatoriedade da promoção das melhores terceiras. Com 32 equipes em oito grupos se pôde montar naturalmente o emparceiramento da fase subsequente. Na abertura em St.-Denis, Paris: diante de 75.000 pagantes, o Brasil suplantou a Escócia, 2 X 1. Na decisão, todavia, como consequência do cruel episódio que envolveu Ronaldo, uma crise de pânico e uma súbita convulsão apenas seis horas antes do combate, desabou diante da anfitriã, 0 X 3.

Copa de 2002, a abertura da Coréia do Sul
Copa de 2002, a abertura da Coréia do Sul

CORÉIA DO SUL & JAPÃO/2002 (32 Nações)

Em 31 de Maio, no Seul World Cup Stadium da Coréia, 62.600 pessoas, provavelmente a pugna de abertura de resultado mais chocante da História da Copa. Senegal 1 X 0 França, a favorita a um bi autêntico. A final ocorreu no Japão, placar de Brasil 2 X 0 Alemanha.

Alemanha/2006
Alemanha/2006

ALEMANHA/2006 (32 Nações)

E de repente a FIFA modificou duas normas básicas. Um país ganhador não mais se qualificaria, automaticamente, para a competição subsequente. E também não mais garantia o privilégio de realizar a abertura, primazia cedida à seleção hospedeira. Em 9 de Junho, na Allianz Arena de Munique, a equipe tedesca chegou a se assustar com a boa performance da Costa Rica, uma livre-atiradora, mas ganhou de 4 X 2 para a alegria dos seus 66.000 torcedores. Ironia, em 4 de Julho, no WM Stadium de Dortumund, numa das semis, a desacreditada Itália conseguiu empurrar a Alemanha até a prorrogação. Aos 119 e aos 120’ perpetrou o placar de 2 X 0 e chegou à decisão. Então, bateu a França nos penais por 5 X 3. Sobrou, para as antologias, a tola cabeçada do gaulês Zizou Zidane no peito de Marco Materrazzi, com o inevitável cartão vermelho que desfalcou “Les Bleus”.

África do Sul/2010
África do Sul/2010

ÁFRICA DO SUL/2010 (32 Nações)

Ainda que diante de ruidosíssimos 84.500 espectadores, armados de uma corneta chatérrima, a "Vuvuzela", o Soccer City de Johannesburgo abrigou um jogo bem sonolento entre a anfitriã e o México, 0 X 0. Na fase de grupos, a seleção da casa ficou atrás do Uruguai e do time azteca e não se classificou. Nas quartas, o México perdeu da Argentina, por 1 X 3. Um título inédito da Espanha, derrotada pela Suíça na estreia, 0 X 1, mas ainda assim qualificada, em seu grupo H, à frente do Chile, da seleção helvética e de Honduras. Daí, nos mata-matas subsequentes, alinhavou quatro sucessos pelo mínimo placar de 1 X 0. E na final, contra a Holanda/Neerlândia, só anotou aos 11’ da prorrogação. Pobre “Laranja Mecânica”, três vezes numa decisão e, nas três meramente, amargamente, a vice-campeã.

Brasil/2014
Brasil/2014

BRASIL/2014 (32 Nações)

Orientado por Luiz Felipe Scolari, seu treinador no título de 2002, o Brasil começou a sua segunda versão da Copa na novíssima Arena Corinthians, vitória sobre a Croácia, em 12 de Junho, 3 X 1, um público de 62.163 torcedores, a então lotação integral da casa do alvinegro paulista. Em 8 de Julho, porém, sofreria a pior goleada da História do Futebol, no Mineirão, Alemanha 7 X 1. A Alemanha que levaria a taça contra a Argentina, 1 X 0, na prorrogação.

Rússia/2018
Rússia/2018

RÚSSIA/2018 (32 Nações)

Uma performance evidentemente ilusória estimulou os torcedores da Rússia a crerem no inviável. Placar de 5 X 0 na Arábia Saudita, no dia 14 de Junho, no Luzhniki de Moscou, perante 78.011 espectadores. Mas, depois dessa alegria particular na abertura, a Rússia ainda perderia, no seu grupo, do Uruguai, 0 X 3. Precisaria dos penais para sobrepujar a Espanha nas oitavas e então desabaria, nas quartas, diante da Croácia, também na rude loteria das 11 jardas. A Croácia que não teria técnica e físico para lutar contra a França na final, 15 de Julho, outra vez no Luzhniki e outra vez 78.011 presentes, placar de 2 X 4.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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