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Silvio Lancellotti - Blogs

Como entrarão, em 2021/2022, as principais agremiações da Itália

Uma sintese das reformulações por que passaram a Internazionale, o Milan, a Atalanta, a Juventus, o Napoli, a Lazio e a Roma, nessa ordem as sete primeiras classificadas no Campeonato de 2020/2021

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Manuel Locatelli
Manuel Locatelli

Oficialmente inaugurado em 1º de Julho, o Mercado de Verão do Calcio, o espaço de tempo em que os clubes da Itália podem reformular os seus elencos, fechará as suas janelas em 31 de Agosto. De todo modo, o Campeonato da Série A da Bota, na edição de número 120, temporada de 2021/22, começará antes, agora, já neste sábado, o dia 21. E, dentre as 20 agremiações que participarão do certame, ao menos as sete mais fortes, aquelas sete que, efetivamente, batalharão pelo “Scudetto”, hoje na posse da Internazionale de Milão, completaram as suas aquisições e, também, as suas cessões. Houve mais modificações significativas em cúpulas do que em times. E dificilmente ocorrerá impacto equivalente à despedida do artilheiro Romelu Lukaku, da Inter, ou da contratação do excelente Manuel Locatelli, o médio-volante da “Azzurra” ganhadora da Eurocopa, ex-Sassuolo, pela Juventus de Turim. Eis as sete, de acordo com as respectivas classificações na tabela de 2020/21.

Romelu Lukaku
Romelu Lukaku

INTERNAZIONALE

Milão, campeã com 91 pontos em 114 possíveis

Indubitavelmente a equipe que mais sofreu no Mercado de Verão. Estranhamente satisfeita com o título, seu 19º, o primeiro desde 2010, a sua diretoria, comandada pelo chinês Steven Zhang, optou por economizar. Sequer se empenhou em segurar o seu precioso treinador Antonio Conte, substituído por Simone Inzaghi, ex-Lazio, apenas uma conquista crucial no seu currículo, a Copa Itália de 2019. Trocou a potência de Lukaku, 47 gols em 72 jogos de 2019 a 2021, transferido ao Chelsea, pela fragilidade física de Edin Dzeko, ex-Roma, 35 de idade. E permitiu a ida, ao PSG, do apoiador Achraf Hakimi, uma perda mal compensada pela chegada de Hakan Çalhanoglu, turco-alemão do Milan. Suas esperanças se limitarão ao eficiente lateral neerlandês Denzel Dumfries. Sonhar com o bi? Uma vera incógnita.


Olivier Giroud
Olivier Giroud

MILAN

Milão, vice com 79 pontos


Apesar de todos os seus ásperos atritos com Ivan Gazidis, o atrabiliário representante da Elliot EMC, a investidora norte-americana que manda no clube, o treinador Stefano Pioli atendeu aos insistentes apelos de Paolo Maldini e de Franco Baresi, os ex-craques que lá têm as suas posições de razoável importância, e permaneceu no cargo. Porém, além da contratação do atacante francês Olivier Giroud, ex-Chelsea, quase 35 de idade, o rubro-negro em nada se revigorou. Ao contrário, mal sabe o quanto poderá contar com Zlatan Ibrahimovic, aos quase 40 e convalescente de mais uma cirurgia. Ou, quem ocupará o vazio que deixou o arqueiro Gigi Donnarumma, transferido ao PSG com o “parâmetro zero”, sem um tostão no caixa do Milan. Por enquanto, o melhorzinho de seus reservas, e o provável titular, Anton Ciprian Tatarusanu, um romeno de 35, já provou ser um perigo ambulante.

Gian Piero Gasperini
Gian Piero Gasperini

ATALANTA


Bérgamo, terceiro lugar, 78 pontos

Ironia feliz: embora a sua cidade seja acusada de raiz da eclosão da pandemia da Covid-19 na Itália e, talvez, até na Europa, a “nerazzurra” foi, de longe, a agremiação que melhor protegeu os seus atletas no decorrer da crise. E, ainda mais, sob a primorosa administração de Antonio Percassi, um seu ex-craque que, depois de dependurar as chuteiras, ficou milionário graças a uma empresa da área dos cosméticos, se mantém equilibrada, nos gramados, já faz meia década. Gian Piero Gasperini permanece como seu treinador desde 2016. E, no troca-troca do Mercado, além de só perder o arqueiro Gigi Gollini, emprestado ao Tottenham, fortaleceu o seu segmento mais complicado, a retaguarda, graças à chegada do beque argentino Germán Alejo Pezzella, do Parma. Em 2020/21 a Atalanta teve o melhor ataque da Bota, 90 tentos. Sua defesa, todavia, sofreu o absurdo de 47 em 38 pelejas.

Massimiliano Allegri
Massimiliano Allegri

JUVENTUS

Turim, quarto lugar, 78 pontos

Depois de um admirável, insólito eneacampeonato, nove “Scudetto” consecutivos, apenas na rodada derradeira da temporada de 2020/21 uma conjunção de resultados lhe propiciou a vaga, agora, na Champions League/2021/22. Apática, ou auto-suficiente em demasia, até o desastroso final da gestão de Fabio Paràtici como Diretor Técnico e de Maurizio Sarri como treinador, a sua diretoria, leia-se Andrea “Fiat” Agnelli, apostou que a “Velha Senhora” se reacenderia com Andrea Pirlo no comando. Apostou mal, queimou Pirlo, mas se regenerou ao providenciar a volta de Max Allegri, o seu líder indebatível de 2014 a 2019.

Cristiano Ronaldo, o patrocinador de bolsas de estudo na Itália
Cristiano Ronaldo, o patrocinador de bolsas de estudo na Itália

Muito melhor, a Juve se reforçou onde mais necessitava, a armação, através da contratação de Manuel Locatelli. Também ótima a feliz importação do garoto Kaio Jorge, 19 anos, grande revelação do Santos. Isso, sem falar na manutenção do CR7, Cristiano Ronaldo, a quem um pífio jornaleco de fofocas da Espanha já dizia “acertadíssimo” com o Real Madrid. No seu Instagram, o CR7 desmentiu com um gesto de “psiu!”. E Georgina, a sua mulher, com uma gargalhada, “jajajajajaja...” Mais. O astro português ainda publicou duas fotos emblemáticas. Numa, o jantar em família com o maravilhoso perfil de Turim através do janelão de sua sala. Noutra, ele como patrocinador de 24 bolsas de estudo na e-Campus Università da Itália. Sem dizer que, caso abandone a Bota, se obrigará a devolver os milhões de Euro que os benefícios de uma Lei Fiscal o ajudam a poupar caso lá resida até 2026.

Luciano Spalletti
Luciano Spalletti

NAPOLI

Nápoles, quinto lugar, 77 pontos

Mais uma reformulação perpetrada pelo dono-presidente-quase-imperador Aurelio De Laurentiis em meia década. Foram-se Maurizio Sarri, Carlo Ancelotti, Rino Gattuso. Agora desembarca, na Terra da Pizza, um outro treinador ávido por polêmicas, Luciano Spalletti, inativo desde que a Internazionale o demitiu em Maio de 2019. Spalletti, no entanto, não conseguiu nenhum reforço capaz de, talvez, fazer cóceguinhas no Vesúvio. Ao menos, pôde se livrar do volante francês Tiemoué Bakayoko, mais famoso por seus penteados exóticos do que pela criação de jogadas. Briga boa , o ADeL inflamável X o pavio curto de Spalletti.

Maurizio Sarri
Maurizio Sarri

LAZIO

Roma, sexto lugar, 68 pontos

Promete tensões, quem sabe até confusões, a temporada de 2021/22 para a equipe azul-celeste da Capital da Bota. Antes mesmo de obter a confirmação de Maurizio Sarri como seu treinador, o presidente Claudio Lotito colocou no elenco 19 novos atletas, nenhum deles digno de levar os seus “tifosi” à mínima vibração. Ao contrário, irritou a torcida ao deixar que se fossem, por fim de contrato, sem compensação, dois ídolos, o bósnio Senad Lulic, capitão do time, 266 partidas e 28 tentos, e Marco Pàrolo, o vice, 193 pelejas e 27 gols. Uma outra vez a Lazio dependerá de Ciro Immobile, 20 das suas 61 “reti” em 2020/21.

José Mourinho
José Mourinho

ROMA

Roma, sétimo lugar, 62 pontos

Apenas no saldo de tentos, 10 X 8, a esquadra auri-rubra arrancou do Sassuolo a única vaga da Bota na novíssima Liga Conferência, objeto do meu comentário, cá no R7, no texto da recente terça-feira, 17 de Agosto. Na quinta, dia 19, disputará a peleja de ida de qualificação à fase de grupos com o Trabzanspor da Turquia. Estreia oficial de José Mourinho como seu treinador, depois de dois anos no Tottenham. Atualmente propriedade de Dan Friedkin, um norte-americano, mega-distribuidor dos veículos da marca Toyota, dinheiro não lhe falta. Foram escassas as suas contratações, porém. Destaque para Steven Nzonzi, um volante franco-congolês de 1m96, e para um conterrâneo de Mourinho, o arqueiro Rui Patrício.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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