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Silvio Lancellotti - Blogs

Bayern, Liverpool, Real Madrid e Roma passam às semis da CL

Depois dos italianos e dos britânicos, classificados na terça, os jogos da quarta levaram às vagas os alemães, na sonolência, e os espanhóis, na polêmica

Silvio Lancellotti|Sílvio Lancellotti

A torcida do Real: o Tubarão Branco, mesmo
A torcida do Real: o Tubarão Branco, mesmo

Terminou neste dia 11 de Março, com os dois derradeiros jogos de volta, a fase das quartas-de-final da Champions League de 2017/18, edição de número 63. Graças aos seus sucessos como visitantes, uma semana atrás, o Bayern de Munique (2 X 1) e o Real Madrid (3 X 0), agora como os mandantes, se apresentaram em seus próprios campos na óbvia condição de favoritos contra o Sevilla e a Juventus de Turim. O Real necessitou de um penal polêmico, nos acréscimos, três minutos além dos noventa, para se safar, 1 X 3. O Bayern meramente se resguardou, atrás, e despachou o adversário, 0 X 0.

Cristiano Ronaldo: um pênalti muito polêmico
Cristiano Ronaldo: um pênalti muito polêmico

Desde 27 de Junho, com 79 agremiações de 54 países da Europa, na atual competição aconteceram três etapas de desafios pré-eliminatórios, uma fase de playoffs, uma de oito grupos de quatro times, as oitavas e as oito pelejas das quartas, num total de 214 jogos e 617 tentos, a média de 2,88, e num global de 9,05 milhões de pessoas, média de 42.295. Na sexta 13, com o Liverpool e a Roma, que se qualificaram antes, o Bayern e o Real participarão, na sede da UEFA, Nyon, Suíça, do sorteio dos mata-matas das semis.

Mandzukic, de cabeça, Juventus 1 X 0
Mandzukic, de cabeça, Juventus 1 X 0

REAL MADRID/ESP 1 X 3 JUVENTUS/ITA

Santiago Bernabéu, 81.044 espectadores


Tentos: CR7 X Mandzukic/2 e Matuidi

Verdade que os “Merengues” sobrepujaram a “Senhora” do Piemonte na decisão da CL de 2016/17, placar de 4 X 1. Aquele, porém, foi um duelo único, e em uma cidade neutra, Cardiff, no País de Gales. Em mata-matas a Juve não tombava desde 1987, marcador de 1 X 0 em Turim e de 0 X 1 em Madrid, quando o Real se desvencilhou, nos penais, por 3 X 1. Daí, até o Bernabéu deste dia 11, havia ganho quatro séries seguidas. Um bom presságio para os esperançosos de um milagre na volta, na Espanha? Muito difícil, praticamente impossível. Em 126 partidas com o placar de 0 X 3 a seu favor na ida, em viagem, o dono da casa no retorno prevaleceu em absolutamente todas.


Mandzukic, de cabeça, 2 X 0
Mandzukic, de cabeça, 2 X 0

Impressionante: exatamente como nos dois desafios da terça, um gol saiu logo no princípio da pugna, e um gol de quem mais fantasiava tal situação, a Juve. Aos 2’, nas costas de Marcelo, Khedira tocou a Douglas Costa que levantou na cabeça do livre e solto Mandzukic, 1 X 0. E até mesmo antes de o Real se assentar, Higuaín teve duas chances excelentes de dobrar: o arqueiro De Gea salvou. Logicamente, pouco a pouco os “Merengues” retomaram o fôlego que tinha sumido com o susto. O jogo se tornou eletrizante, pontadas agudas de ambos os lados, apesar da marcação cerrada sobre Cristiano Ronaldo, na sua peleja de número 150 na CL. Mas caberia à “Senhora”, aos 37’, realizar os 2 X 0 numa cópia perfeita do primeiro gol, o cruzamento da direita, agora por Liechtsteiner, às costas de Marcelo, e a testada de Mandzukic.

Matuidi, 3 X 0
Matuidi, 3 X 0

Quem poderia imaginar? Não Zinedine Zidane, o atônito treinador do Real. Que surpreendeu ao substituir, depois do intervalo, Casemiro e Gareth Bale por dois jovens, os seus amuletos de plantão, Lucas Vazquez e Asensio. A Juve, no entanto, continuou a prevalecer. Enquanto os “Merengues” se esfalfavam, estabanados, os conscientes alvinegros tocavam a pelota no aguardo de um momento justo para o seu bote. Que surgiu, inacreditável, aos 61’, um chute enviesado de Douglas Costa, o melhor dos 22, que Taylor Navas mal espalmou na barriga de Matuidi. O francês abocanhou a sobra e empurrou à meta vazia. Os 3 X 0 conduziam a uma prorrogação. Massimiliano Allegri, o treinador da “Senhora”, pediu paciência ao seu elenco. E, intimamente, rezou ao seu santo padroeiro. O mesmo que ajudou Gigi Buffon em duas defesas primordiais.


Cristiano Ronaldo, 1 X 3 e a vaga nas semis
Cristiano Ronaldo, 1 X 3 e a vaga nas semis

Infelizmente, caberia a um personagem que não deveria aparecer, que deveria permanecer discreto, um inglês, o árbitro Michael Oliver, arruinar a tarde da Juve. E com a cumplicidade do zagueiro Benatia, imprudente ao tentar um corte de pelota por trás de Vazquez. Oliver decretou o penal e, supostamente por reclamações volumosas, ainda expulsou Buffon. O CR7 registrou o seu décimo gol em sete partidas contra a “Senhora”. Ah, injustiçada “Senhora”.

O elenco do Sevilla, antes do 0 X 0
O elenco do Sevilla, antes do 0 X 0

BAYERN/ALE 0 X 0 SEVILLA/ESP

Allianz Arena, Munique, 70.024 espectadores

Pela primeira vez, desde 1958, classificado às quartas da principal competição do Futebol no continente, o elenco da Andaluzia, irreconhecível na pugna em seus domínios, além do fracasso doméstico também sacrificou um outro privilégio: a perda de uma invencibilidade de 11 pelejas diante de tedescos, 7 vitórias e 4 empates. Conseguiria se recuperar em plena Terra da Cerveja? Complicadíssimo. No passado da CL, em 91 partidas que terminaram com a derrota do mandante por 1 X 2, apenas em 5 ocasiões os subjugados dentro de casa se resgataram como visitantes. Vincenzo Montella, treinador dos “Nervionenses”, optou pela estratégia do tudo-ou-nada. Claro, Jupp Heynckes, o seu rival na orientação dos bávaros, optou pela rapidez no contra-ataque. Não funcionou. Mas o Bayern, sonolento, se classificou.

Os jogos da terça:

Dzeko, um dos heróis da Roma
Dzeko, um dos heróis da Roma

ROMA/ITA 3 X 0 BARCELONA/ESP

Stadio Olìmpico, 73.051 espectadores

Tentos: Dzeko, DeRossi/Pen, Manolas

Tarefa ingente, dos “Giallorossi”, a reversão dos 1 X 4 do Nou Camp. Além da quebra da invencibilidade de 13 jogos do Barça, em torneios diversos, contra clubes da Itália, a detonação de um terremoto mais do que inviável. No passado da CL, depois de 48 duelos que favoreceram o dono da casa, por 4 X 1, na ida, em apenas 8 o perdedor virou a sua sorte. A “Loba”, no entanto, entrou na batalha fulminantemente. Enquanto os “Blaugranas” guardavam a sua vantagem na marcação quase homem-a-homem, ao elenco de Eusébio Di Francesco restava esperar por um lance individual ou uma distração do adversário. Ambas as possibilidades se somaram aos 6’ quando De Rossi enfiou a Dzeko que, eterno oportunista, se livrou de dois carrapatos, Piquè e Semedo e, de canhota, fez 1 X 0 e inflamou o público do Olímpico

Isoladíssimo o astro Messi, 100 tentos em 124 aparições na CL, apagadérrimo Luisito Suárez, a Roma dominou as ações mas lhe faltaram mais habilidade na armação e um bom parceiro para o artilheiro bósnio na frente. Detalhe: até então, o Barça havia perdido só um combate nas suas últimas 48 aparições. E a “Loba” precisaria de mais dois tentos, sem conceder nenhum gol, para atingir as semis. Pois subiu a 2 X 0 quando Dzeko, aos 57’, entre trancos e barrancos, sofreu uma infração fatal da área dos ibéricos. De Rossi cobrou, o arqueiro Ter Stegen acertou o canto mas não atingiu a bola. Imediatamente a torcida da Roma fervilhou. Aliás, aos 82’, explodiu de vez. Recém-entrado o turco Cengiz Under alçou um escanteio e o imprevisto surgiu na testada do grego Manolas, 3 X 0. O Manolas que havia anotado contra no Camp Nou.

Roberto Firmino, um dos heróis do Liverpool
Roberto Firmino, um dos heróis do Liverpool

MANCHESTER CITY/ING 1 X 2 LIVERPOOL/ING

Etihad Stadium, 55.003 espectadores

Tentos: Gabriel Jesus X Salah, Firmino

Absolutamente todas as estatísticas privilegiavam o time de Klopp. No seu único encontro, em torneios da Europa, sucesso dos “Reds” sobre os “Blues”, 3 X 0, uma semana atrás. E, nos certames de Sua Majestade, em 178 porfias, o Liverpool ostentava 87 sucessos a 45. Nas 9 recentes o City só havia obtido 1 vitória e 2 empates. E muito pior, na antologia da CL, depois e 126 duelos que favoreceram o dono da casa, por 3 X 0, na rodada de ida. Em somente 7 ocorreu uma reviravolta. Claro, Pep Guardiola motivou o seu elenco a procurar um gol rapidamente. E funcionou antes dos 2’, lançamento de Fernandinho a Sterling, passe a Gabriel Jesus e um arremate no canto.

Evidentemente o time de Klopp se assustou e então cedeu espaço a uma pressão sufocante do City. Todavia, muito mal estruturado, sem a menor eficiência, os “Blues” se limitaram a um chorrilho de chuveirinhos inúteis. Além do gol de Jesus, em todo o primeiro tempo mais um outro chute estéril à meta de Karius e um gol mal anulado que redundou na expulsão de Guardiola. O City precisaria de mais três tentos, sem conceder nenhum gol, para avançar às semis. Precisaria. Pois uma tabela africana amplificou o problema para quatro, o egípcio Salah até o senegalês Mané que devolveu a Salah que daí registrou o seu oitavo gol em dez pugnas nesta edição da CL. Imediatamente a torcida do City murchou. Inclusive porque, aos 77’, um outro não-britânico, o brasileiro Firmino, saboreou uma falha coletiva da retaguarda do City e fez 2 X 1.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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