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Bayern e Liverpool, os primeiros que vão às quartas da Champions

Os "Bávaros", com três gols de Lewandowski antes dos 22' de partida, destroçaram o RB Salzburg. Os "Reds" perderam da Inter, 0 X 1, mas se locupletaram dos 2 X 0 registrados na ida, em Milão.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

O Lewy, nos 7 X 1 do Bayern, três gols em menos de 23 minutos
O Lewy, nos 7 X 1 do Bayern, três gols em menos de 23 minutos O Lewy, nos 7 X 1 do Bayern, três gols em menos de 23 minutos

Em Junho de 2021 a UEFA, a entidade que administra o Futebol no Velho Continente, aboliu uma regra datada de 1995 e, nos mata-matas, em caso de uma igualdade em pontos e de mesma diferença de gols, já não contam mais em dobro aqueles anotados no campo do rival. Todos os impasses, ao se encerrarem as pelejas de retorno, agora se solucionam com uma prorrogação e, se necessário, com a loteria dramática dos penais. Não houve tal necessidade, porém, nesta terça-feira, dia 8 de Março, quando ocorreu a rodada de retorno para quatro agremiações classificadas às oitavas de final da Champions League, ou ChL, a Liga dos Campeões da Europa. Os resultados dos combates de ida do Bayern da Alemanha e do Liverpool da Inglaterra já pareciam suficientes para lhes assegurar a promoção.

Eis as sínteses dos cotejos da terça:

O Bayern, devastador
O Bayern, devastador O Bayern, devastador

BAYERN (Ale) 7 X 1 RB SALZBURG (Aus)

Munique, Allianz Arena, 70.000 lugares

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Público: 25.000

Árbitro: Clément Turpin (Fra)

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Gols: Lewandowski/3/2pen, Gnabry, Mueller/2, Sané X Kjaergaard

Na ida: 1 X 1

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No agregado: Bayern 8 X 2

Foi só nos acréscimos da peleja de Salzburgo que Coman fez 1 X 1 e propiciou aos “Bávaros” a manutenção de sua invencibilidade de 22 contendas longe de seus domínios. E estragou a bela exibição de um ex, Karim Adeyemi, 20 de idade, revelado em Munique e transferido à Áustria no começo de 2016, quando o então treinador Pep Guardiola se desinteressou por promovê-lo aos profissionais. Assim que re-desembarcou, Adeyemi afirmou o seu desejo de vingança. Difícil. Em sete jogos e 560 minutos de ChL, ele não tinha feito um gol sequer.

Lewandowski, predominante
Lewandowski, predominante Lewandowski, predominante

Evidentemente, Mattias Jaissle, treinador do RB, colocou o seu elenco inteirinho na retranca. E Julian Nagelsmann, no Bayern, todo o seu time na pressão. E funcionou, logo aos 12’. Duas vezes, num mesmo lance, Woeber cometeu penal em Lewandowski, que converteu, 1 X 0. Bem pior, aos 19, de novo Woeber chargeou Lewy* dentro da área. Penal, cobrança-carbono, 2 X 0. Daí, e antes que o tempo inicial atingisse a metade, aos 22’, o Lewy assinaria a sua tripleta. Passe longo de Mueller, bola dividida entre ele e o arqueiro Khoen, carambolada na canela do artilheiro, a pelota a se chocar num poste e o Lewy a empurrá-la, sem complicações, de barriga, à meta vazia. Placar de 3 X 0 e sobrava uma hora de jogo.

*Por quê eu escrevo Lewy, ao invés do Lewa comum à mídia escrita ou televisionada cá do Brasil? Simplesmente porque Robert Lewandowski assim me pediu, por razões dele, pessoais. numa entrevista que me concedeu. E eu respeito prazerosamente a sua solicitação.

Bayern, mais uma festa na Allianz Arena de Munique
Bayern, mais uma festa na Allianz Arena de Munique Bayern, mais uma festa na Allianz Arena de Munique

Nunca, antes, em toda a História da UEFA, alguém havia produzido três tentos em menos de 23’. E o Bayern faria mais. Aos 31, Camara entregou uma pelota dominada no meio do campo. Sané tomou posse e lançou Gnabry, pelo flanco direito. A invasão veloz da área e os 4 X 0. Fim do sonho dos “Roten Bullen”, os “Touros Vermelhos”. Que, ainda, lastimariam o aumento da sua humilhação. Menos mal que, aos 70’, Maurits Kjaergaard, 18 de idade, fez o chamado gol-de-honra dos visitantes. Que se despediriam da Champions com 1 X 7 nos costados. Karim Adeyemi? Mal pegou na bola e acabou substituído aos 62’ do prélio.

Lautaro, da Inter, um fiozinho de esperança
Lautaro, da Inter, um fiozinho de esperança Lautaro, da Inter, um fiozinho de esperança

LIVERPOOL (Ing) 0 X 1 INTER (Ita)

Liverpool, Anfield Road, 53.394 lugares

Público: 51.747

Árbitro: Antonio Mateu Lahoz (Esp)

Gol: Lautaro Martínez

Na ida: Liverpool 2 X 0

No agregado: Liverpool 2 X 1

Um passado nada alvissareiro recepcionou a “Biscione”, a mitológica serpente de Milão, na sua vista à Terra dos Beatles. A Inter apenas obtivera quatro triunfos em suas 16 viagens anteriores às plagas da Inglaterra. Pior: não vencia por lá desde 2010, não virava um placar de 0 X 2 desde 1965, quando superou o Liverpool por 3 X 0, mas em Milão, numa semi, a caminho do seu bi na UEFA. E do outro lado havia os números dos “Reds”, 34 sucessos em todas, todas as ocasiões nas quais ganhara, fora, o primeiro dos seus mata-matas.

O momento do petardo de Lautaro
O momento do petardo de Lautaro O momento do petardo de Lautaro

Simone Inzaghi, o treinador da “Biscione” não dispôs de Nicolò Barella, o seu excelente armador, suspenso. Azar, pois precisava perpetrar, depressa, um gol promissor. Do outro lado, Juergen Klopp pôde utilizar todos os titulares dos seus “Reds”. Que seguraram a Inter nos 45’ iniciais e, na etapa derradeira, amplificaram o seu ritmo no ataque. Aos 62’, todavia, a “Biscione” acendeu um pequenino fio de esperança. Da lateral esquerda, Alexis Sánchez passou a pelota a Lautaro Martínez, que fuzilou, do bico da área. Com muito efeito, a bola raspou o peito de De Dijk e daí voou ao ângulo oposto de Alisson Becker, a Inter 1 X 0.

O momento da estupidez de Alexis Sánchez
O momento da estupidez de Alexis Sánchez O momento da estupidez de Alexis Sánchez

Só que, imediatamente, incrivelmente, aos 63, Sanchez reprisou, em Fabinho, uma entrada maldosa, uma solada no tornozelo, igualzinha à desferida em Thiago Alcântara e que lhe propiciara um cartão amarelo aos 45’. O árbitro Lahoz não perdoou. Vermelho. E a “Biscione” com dez. Faria falta um homem na batalha pelos 2 X 0, talvez pela prorrogação e talvez pelos penais. Na sua área técnica, o Inzaghino se desalentou. E a sua esquadra se esfacelou, de serpente mitológica virou bagunça. De nada valeu, por exemplo, a presença estóica do volante Arturo Vidal, que substituiu Barella e se destacou como o melhor da pugna. Não servirá de consolo um pé-de-página lembrar que, de todo modo, obteve o seu primeiro sucesso, na Inglaterra, em praticamente doze anos. O Liverpool nem ligou...

Jogos do dia 9, quarta-feira:

REAL MADRID (Esp) X PSG (Fra)

Madrid, Santiago Bernabeu, 81.044 lugares

Árbitro: Danny Makkelie (Nee, ex-Hol)

Na ida: PSG 1 X 0

Manchester City, praticamente classificado
Manchester City, praticamente classificado Manchester City, praticamente classificado

MANCHESTER CITY (Ing) X SPORTING (Por)

Manchester, Etihad Stadium, 53.400 lugares

Árbitro: Halil Umut Meler (Tur)

Na ida: Manchester City 5 X 0

Jogos do dia 15, terça-feira:

AJAX (Hol) X BENFICA (Por)

Amsterdam, Johan Cruijff Arena, 55.000 lugares

Árbitro: não designado ainda

Na ida: 2 X 2

Manchester United, à espera de uma resposta do CR7
Manchester United, à espera de uma resposta do CR7 Manchester United, à espera de uma resposta do CR7

MANCHESTER UNITED (Ing) X ATLÉTICO MADRID

Manchester, Old Trafford, 74.170 lugares

Árbitro: nda

Na ida: 1 X 1

Jogos do dia 16, quarta-feira:

JUVENTUS (Ita) X VILLARREAL (Esp)

Turim, Allianz Stadium, 41.507 lugares

Árbitro: nda

Na ida: 1 X 1

Chelsea, agora, em busca de um mero empate
Chelsea, agora, em busca de um mero empate Chelsea, agora, em busca de um mero empate

LILLE (Fra) X CHELSEA (Ing)

Villeneuve-d’Asc, Stade Pierre-Mauroy, 50.186 lugares

Árbitro: nda

Na ida: Chelsea 2 X 0

Agora na 67ª edição desde sua instalação em 1955 como Champions Cup, na 30ª desde sua ampliação e sua troca de nome em 1993, esta Champions League começou, no dia 22 de Junho de 2021, com 80 agremiações de 54 das 55 federações da UEFA. Curiosa exceção, Liechtenstein, de sete equipes que participam, a convite, de certames da Suíça. Na atual formatação, a ChL preservou os 26 clubes de ranking superior e lançou os outros 54 em um moedor de eliminatórias, de modo que, em mata-matas, restassem apenas seis. Um sorteio dividiu os seis resistentes e os 26 privilegiados em oito chaves de quatro. Sobreviveram, e seguiram adiante, os campeões e os vices de cada Grupo. Um novo sorteio, em 11 de Dezembro, então determinou os emparceiramentos das oitavas que agora transcorrem.

O Stade de France, nova sede da decisão da Champions
O Stade de France, nova sede da decisão da Champions O Stade de France, nova sede da decisão da Champions

Na soma de todas as suas fases, desde as eliminatórias até os desafios desta terça, nesta ChL aconteceram 199 jogos e se anotaram 571 tentos, a média de 2,87. E mais ainda, num continente que, aos solavancos, escapa da impiedade da Covid-19, se revelou excelente a afluência de público. Da fase das chaves em diante, 3.401.903 espectadores em 106 jogos, média de 32.093. A UEFA marcou as quartas de final para 5/6 e 12/13 de Abril, as semis para 26/27 de Abril e 3/4 de Maio – e a decisão para um sábado, em 28 de Maio. Porém, não no Parc Des Princes, mas no Stade de France de Saint Denis, no subúrbio de Paris.

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