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Silvio Lancellotti - Blogs

Agora, a Juve e o Milan brigam pela "coccarda" do Calcio na Velha Bota

O símbolo que o ganhador da Copa pode bordar na camisa e que a  "Senhora" tenta ganhar, no tetra, depois de praticamente garantir o "scudetto" do Hepta

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Copa 2017: Sergio Matarella, o presidente da Itália, entrega a taça à Juventus
Copa 2017: Sergio Matarella, o presidente da Itália, entrega a taça à Juventus

No decorrer deste Século, o XXI, se tornou descomunal a vantagem estatística da Juventus de Turim sobre todos os seus adversários no Calcio, o Futebol da Velha Bota. Já com o título praticamente assegurado no campeonato da Série A, nesta quarta-feira, 10 de Maio, a “Signora” do Piemonte disputará com o Milan da sua vizinha de Norte, a Lombardia, também o troféu da Copa Itália, a segunda principal competição em importância da nação.

A "coccarda: um símbolo nacional
A "coccarda: um símbolo nacional

Ao conquistar o título do campeonato, o clube triunfante pode bordar nos seus fardamentos o scudetto tradicional. E a Juventus, talvez até mesmo no próximo domingo, dia 13, receberá o seu de número 34. Ineditamente, aliás, na história do Calcio, o sétimo consecutivo. No caso da Copa, a “Signora” provém de um tri inédito. E por isso expõe, nas suas camisas, um outro símbolo, o círculo da coccarda, decoração nacional, elegantemente plissada, de origem militar, datada da última década dos 1700.

A atual camisa da Juve: com o "scudetto" e com a coccarda"
A atual camisa da Juve: com o "scudetto" e com a coccarda"

Pelo certame da Série A, confirmado o seu distintivo 34, a “Bianconera” acumulará quase o dobro do que têm os seus maiores rivais, o Milan e a Internazionale de Milão, 18 cada qual. Pela Copa já soma 12, contra 9 da Roma, 7 da Inter, 6 da Fiorentina e da Lazio. O “Diavolo”, seu adversário de agora, tem 5. E, no que depender do seu momento na temporada, ou da sua própria performance na corrida pela coccarda, necessitará de muita força e de muita vibração para superar um infortúnio eventual.

Milan 2003: a última conquista da Copa Itália
Milan 2003: a última conquista da Copa Itália

Depois de 36 rodadas de campeonato, com 91 pontos, a Juve abriu o absurdo de 31 à frente do Milan. Em ambos os turnos a “Signora” fulgurou: 2 X 0 como visitante (os dois de Higuaín) e 3 X 1 em sua casa (Dybala, Cuadrado e Khedira versus Bonucci). Também foi bastante superior o seu desempenho na Copa, até aqui: suplantou Genoa (2 X 0), Torino (2 X 0) e Atalanta (1 X 0 em Bérgamo e 1 X 0 em Turim). Ou, nenhum gol concedido. O Milan, no entanto, somente se safou com tranquilidade do prélio de estreia, 3 X 0 no Verona. Depois, bateu a Inter apenas na prorrogação, 1 X 0. Nas semis, duas vezes se igualou à Lazio, 0 X 0, para daí sobreviver nos penais, 5 X 4.


O Vado campeão da Copa em 1922
O Vado campeão da Copa em 1922

Datada de 1922, na sua edição inicial a Copa ficou com o Vado, clube de uma cidadezinha da Ligúria, imediações de Gênova, menos de 8.000 habitantes. Curiosamente, na atualidade o Vado participa do que seria um certame da Série F. Organizada intermitentemente até 1958, a Copa depois se caracterizou por hospedar agremiações de quatro das divisões da Itália. As 42 da denominada Lega Calcio (20 da Série A e 22 da B), mais 27 da Lega Pro (a Série C, que se divide, geograficamente, em três turmas), e 9 da Série D. Sempre em confrontos únicos, no campo do time de melhor ranking, primeiro se digladiam os 36 de C e D. Os 18 remanescentes se debatem com os 22 da B. Restam 20, que brigam com os 12 de pior ranking na A. Sobram 16, que batalham entre si e resultam nos 8 que desafiarão os outros 8 da A. Apenas nas semis ocorrem contendas de ida e volta. Desde de 2007/08 a decisão acontece num só prélio em Roma, na presença do Presidente da República, a quem cabe, cerimonialmente, a entrega do troféu.

A festa da Juve que superou o Milan em 2016
A festa da Juve que superou o Milan em 2016

Em decisões da Copa, a “Bianconera” e o “Rossonero” já se defrontaram em quatro temporadas. Em 1942, sucesso da “Signora”, 1 X 1 em Milão e, então, 4 X 1 em Turim. Em 1973, num jogo, o empate, 1 X 1, com a prevalência do Milan nos penais, 5 X 2. Em 1990, Juventus, 0 X 0 em Turim e 1 X 0 em Milão. Enfim, em 2016, a Juve, 1 X 0. Tradução: a “Squadra Bianconera” invicta no tempo regulamentar dos duelos diretos pelo título na história da Copa Itália. O Milan só obteve a sua glória num bingo de onze jardas.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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