A Juventus a somente 24 horas do seu oitavo "scudetto" consecutivo

No seu praticamente lotado Allianz de Turim, 40.938 espectadores em um estádio que comporta exatos 41.507, a Juventus de Turim cumpriu a sua obrigação e superou o visitante Milan por 2 X 1, uma façanha basicamente econômica que, no entanto, lhe propiciou subir ao patamar dos 84 pontos na tabela de classificação do Campeonato Italiano de 2018/19.

Agora são 21 pontos à frente do vice, o Napoli. No caso de, neste domingo, dia 7 de Abril, o “Burro” da Terra da Pizza perder do Genoa, a “Zebra” poderá celebrar a conquista do seu 35º “scudetto”, o oitavo consecutivo, e com oito rodadas de antecedência - aí sim, uma proeza de antologia mesmo, um recorde na História. Na Europa, apenas o PSG da França, na temporada de 2015/16, levantou uma taça com tão formidável primazia.

Restarão mais 7 “giornate” no certame, ou 21 pontos em 21 disponíveis até o desfecho do torneio. Ocorre, porém, que o primeiro dos critérios de desempate é o confronto direto, e a “Velha Senhora” do Piemonte venceu os seus dois jogos contra o Nápoli, 3 X 1 em casa e 2 X 1 em viagem.

A Juve, aliás, convenhamos, já pode considerar este título devidamente “in tasca”, no seu bolso, ainda que o “Burro” vire um impiedoso galopador.

Quanto ao Milan, precisa demonstrar um difícil teorema. Na quarta colocação, empacou nos 52 pontos, 4 atrás da rivalérrima Inter e só 1 à frente da Atalanta de Bérgamo, que se digladiam, no San Siro, esta “domenica”.

Caso torça pela vizinha “Biscione”, a “Serpente”, o clube "rossonero" amargará um sucesso da maior inimiga. Ou, caso torça pela “Dea”, a “Deusa”, poderá se afastar da chance de uma vaga na próxima Champions League.

A Juve e o Milan se desafiam desde o dia 28 de Abril de 1901, quando o “Diavolo” sobrepujou a “Signora” por 3 X 2, em Turim. No total, aquele deste sábado foi o seu cotejo de número 287, a “Zebra” com uma superioridade estatística razoável, 107 vitórias a 94, nos gols a folga de 417 a 404.

Bem ao contrário do que havia anunciado na sexta-feira, Massimiliano Allegri, o treinador da Juve, não poupou o atacante Mandzukic para a peleja da CL contra o Ajax da Holanda, na próxima quarta, dia 10. Dos seus titulares de “obbligo”, apenas Cristiano Ronaldo ficou de resguardo nas tribunas.

O garoto Moise Kean permaneceu no banco. E, para o seu azar, logo aos 26’ o “mister” teve que trocar Emre Can por Sami Khedira, recém-recuperado de um susto taquicrárdico. Pior, desandou a cair uma garoinha impertinente.

Muito pior para Allegri & Cia., aos 39’ o seu zagueiro Bonucci falhou numa dividida e perdeu a pelota para Bakayoko, que empurrou até o polonês Piatek, 1 X 0 Milan. Três situações superpostas de ironia. O zagueiro provinha de uma estada infeliz no “Diavolo”. Faltava ao Milan o brasileiro Paquetá, o principal municiador do polonês. E o “Diavolo” dominava totalmente a “Senhora”.

Então, aos 59’, num entrevero de argentinos, Mustacchio derrubou Dybala na área do “Diavolo”. Bobamente, pois a “Joya” não se dirigia no rumo da meta de José Reina. O mesmo Dybala bateu, 1 X 1. Depois, aos 67’, enfim Kean pôde pisar o gramado, no posto da “Joya”. A presença do garoto reacendeu os ânimos da Juve e, do lado oposto, criou uma tensão incômoda no Milan.

Um amuleto, mesmo, o descendente de marfinenses. Aos 83’ um outro recém-entrado, Miralem Pjanic, lhe enfiou uma pelota, digamos, amanteigada, e Kean arrematou, junto à marca do pênalti, rasteirinho, no canto direito de Reina, 2 X 1. Restam 24 horas para que a “Senhora” do Piemonte saiba se poderá festejar o octocampeonato neste domingo ou se precisará esperar pelo espumante na rodada 32, sábado, 13 de Abril, em Ferrara, contra a “piccolina” Spal.

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