-
Lewis Hamilton é um dos maiores pilotos de Fórmula 1 de todos os tempos. Hexacampeão mundial, o inglês caminha a passos largos para se tornar o maior vencedor da categoria, já que está apenas um atrás de Michael Schumacher
Carlos Jasso/Reuters
-
Porém, o talento de Hamilton não está apenas dentro das pistas. O piloto, a cada dia que passa, mostra que sabe tudo o que representa para a sociedade, e tem sido uma das vozes mais ativas em assuntos como sustentabilidade, diversidade e racismo
Estadão Conteúdo/Marcelo Chello
-
O último exemplo foi a crítica aberta que aos colegas de automobilismo em relação aos protestos por conta da morte de George Floyd, no último dia 25. O inglês se mostrou inconformado de nenhum deles ter se manifestado sobre o caso. Após a cobrança, pilotos e até mesmo equipes mostraram apoio
Reprodução/Instagram @lewishamilton
-
Em março, quando a pandemia de coronavírus começou a se espalhar pelo mundo, Hamilton também foi duro com a Fórmula 1, categoria que demorou bastante para cancelar suas atividades, com os pilotos chegando a viajar para a Austrália, onde aconteceria a primeira corrida
Reprodução/Instagram @lewishamilton
-
“Estou muito, muito surpreso por estarmos aqui. É ótimo termos corridas, mas, para mim, é chocante estarmos todos sentados nesta sala e que haja tantos fãs na pista. Parece que o restante do mundo está reagindo, provavelmente um pouco tarde. A NBA foi suspensa, mas a F1 continua trabalhando. O dinheiro é rei, mas, sinceramente, não sei. Não tenho muito mais a acrescentar”
Reprodução Instagram @lewishamilton
-
No final de 2019, Hamilton fez um post enigmático em suas redes sociais, se mostrando reflexivo com a atual situação mundial e afirmou ter vontade de “desistir de tudo“: ”Por que se preocupar quando o mundo está tão bagunçado e as pessoas parecem não se importar? Vou tirar um tempo para reunir meus pensamentos. Obrigado a vocês que se importam com o mundo'
Reprodução Twitter
-
Entretanto, após tantos boatos e muito suspense, ele apareceu dias depois com um discurso mais otimista: “Só queria enviar uma mensagem de positividade para vocês. Espero que suas semanas tenham sido ótimas, e desejo a todos um grande fim de semana. Agradeço as vibes positivas que vocês enviaram. Eu não desisti, ainda estou aqui lutando”
Matthew Childs/Reuters
-
O piloto da Mercedes já há alguns anos mostra uma preocupação grande com sustentabilidade: “Eu quero neutralizar minhas emissões de carbono no fim do ano. Não permito que ninguém no escritório compre coisas de plástico, por exemplo. Eu vendi meu avião alguns anos atrás. Agora tenho um carro elétrico e vendi alguns dos meus outros veículos”
Reprodução/Instagram
-
Ele também transformou a sua alimentação, passando a ser vegano: “Nos ensinaram que comer produtos animais era bom para nós, mas mentiram para nós por centenas de anos. Muitas pessoas, mesmo amigos próximos, ignoram o que está acontecendo diariamente”
Reprodução/Instagram @lewishamilton
-
Alguns meses atrás, a Floresta Amazônica foi alvo de diversas queimadas. Mais uma vez Hamilton se mostrou preocupado com a situação: “É devastador ver nosso mundo sofrer. A Floresta Amazônica está queimando em uma taxa recorde e houve 80% mais incêndios neste ano se comparado com o passado. Os cientistas se referem à Amazônia como os pulmões da Terra, já que produz 20% de todo nosso oxigênio. Mais do que um campo de futebol tem sido destruído a cada minuto todos os dias, o mundo precisa se unir e ajudar. Se ainda não o fez, poste sobre isso, é vital. Nações Unidas, se há algo que eu possa fazer, estou pronto para fazer o que for”
Marcelo Chello/Estadão Conteúdo - 13.11.2019
-
Outro ponto levantado por ele é a falta de diversidade dentro da Fórmula 1, categoria que prioriza os mais ricos: “A verdade é que foi incrivelmente difícil entrar nessa indústria. Gostaria de dizer que as coisas mudaram, mas acho que a situação está pior do que nunca. O automobilismo é muito caro, classes de trabalhadores e com menos dinheiro são excluídas desde baixo”
Reprodução/Instagram @lewishamilton
-
Pensando em todas essas desigualdades, Lewis já deixou claro que espera, um dia, conseguir mudar o cenário dentro da categoria: “Sempre me pergunto: ‘o que eu posso fazer? Como posso ajudar?’ Ajudar um único indivíduo não parece o suficiente para mim. Eu quero me envolver com a FIA, com a F1 e tentar mudar o jeito que é para os mais jovens”
Werther Santana/Estadão Conteúdo