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Escorregões, barulho e espetáculo grandioso: como foi a passagem da NFL pelo Brasil

Dentro de campo, Eagles e Pakcers protagonizaram uma grande partida, mas foram os detalhes que tornaram o evento inesquecível

Jarda por Jarda|Lucas FerreiraOpens in new window


Hino nacional do Brasil foi um dos grandes momentos da noite Reprodução Site/Philadelphia Eagles/Hunter Martin

Meses de espera tiveram fim na última sexta-feira (6), quando Jake Elliott deu o chute inicial para a partida entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, na arena do Corinthians, em São Paulo. Ali começava a primeira partida da NFL no Brasil, mas muita coisa acontecia fora do foco das câmeras da transmissão.

Às 17h, mais de quatro horas antes da bola voar, milhares de fãs já se reuniam no entorno do estádio em Itaquera. A ansiedade por aquele momento, que por anos parecia tão distante, era vista no olhar daqueles que chegaram com antecedência e também entre aqueles que entraram em cima da hora — o trânsito de uma sexta-feira à noite em São Paulo beira o impossível.

Dentro da arena era possível sentir e ver a NFL em cada lugar: banners com jogadores, adesivos com os nomes de Eagles e Packers, ativações para todos os lados. O clima era de uma grande final, mesmo a partida sendo apenas o primeiro jogo da temporada para as duas equipes.

A energia dos corredores da arena não mudou ao chegar na arquibancada. Por lá, os brasileiros — e gringos infiltrados aos montes — gritavam a cada aceno dos atletas das franquias. “Go, Pack, go”, “Fly, Eagles, fly”, “Timão, ê ô” e “Ei, juiz, vai tomar no...” foram alguns dos cantos entoados pela torcida (sem mencionar os xingamentos aos Eagles pelos comentários antes da partida).


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E por falar em torcida, esta foi um espetáculo à parte. Poucas vezes vi o hino nacional ser cantado com tamanha força como naquele dia, algo que, inclusive, foi destacado pelo running back dos Eagles Saquon Barkley: “Fiquei arrepiado”. E foi de arrepiar mesmo.

Outro momento fantástico foi quando o DJ da arena tocou Evidências, de Chitãozinho & Xororó. Mesmo após diminuir a música nos altos falantes do estádio, a torcida continuou cantando a plenos pulmões, em um dos grandes momentos da partida.


Torcedor brasileiro ganhou bola de jogador dos Packers Reprodução Site/Green Bay Packers/Emma Pravecek

Se em campo os jogadores escorregavam repetidas vezes por conta do gramado, do lado de fora as cheerleaders dos Eagles ficaram de pé e se esforçaram para ganhar o carinho do público brasileiro. As dançarinas deixaram nos Estados Unidos a música pop local e embarcaram com força no funk carioca.

E já que o assunto é música, o tão esperado show do intervalo da Anitta foi difícil de compreender no estádio. Da tribuna de imprensa, era impossível entender uma palavra cantada sequer, em um espetáculo feito para quem estava em casa e não no estádio.


Obviamente, nem tudo foi perfeito: filas enormes nos bares, bebidas quentes e lanches que demoravam até uma hora para ficar pronto. Mas era algo a se esperar em um evento organizado pela primeira vez.

O placar de 34 a 29 em um jogo emocionante do início ao fim foi o prato principal da noite, sem dúvidas. Entretanto, foi o ambiente e o carinho do público brasileiro que podem fazer a NFL voltar um dia ao país.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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