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Equipe do Brasil desafia Eagles após franquia se autointitular campeã mundial

Times de ligas norte-americanas têm como tradição se autodenominarem desta forma, apesar de críticas

Jarda por Jarda|Lucas FerreiraOpens in new window

Jalen Hurts (centro) com trofeu de vencedor do Super Bowl Reprodução Site/NFL/Cooper Neill

O Recife Mariners, uma das equipes mais tradicionais do futebol americano nacional e atual campeã do Brasil Bowl, desafiou, na última terça-feira (11), o vencedor do Super Bowl 59, o Philadelphia Eagles. E o motivo para o confronto é um velho assunto: o direito de se autodenominar campeão mundial.

Dois dias após vencer a final da NFL, os Eagles utilizaram o X (antigo Twitter) para comemorar o triunfo: “Bom dia aos Campeões do Mundo”. Os Mariners, por sua vez, não deixaram a publicação passar e branco e desafiaram a equipe da Filadélfia.

“Como atuais vencedores do Brasil Bowl, nós desafiamos os Eagles pelo título de Campeão Mundial. Um jogo, sob regras internacionais, a ser disputado em Recife (PE), no Brasil. Se eles não aceitarem, nós seremos proclamados Campeões do Mundo de Futebol Americano.”

O ex-jogador e ídolo do futebol pernambucano Carlinhos Bala também entrou na brincadeira e chamou os Eagles para o confronto mano a mano.


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Longa polêmica

Os Eagles não resolveram do dia para noite que são campeões mundias. Na verdade, esta é a forma que as ligas de basquete (NBA) e beisebol (MLB), além do futebol americano, chamam as equipes vencedoras de cada temporada, embora em nenhum momento tenham enfrentado, de fato, um time de outra liga para serem considerados campeões do mundo.

No futebol, por exemplo, para um time ter este título, ele precisa enfrentar vencedores de outras competições, normalmente campeonatos continentais, em um torneio organizado e chancelado pela Fifa.


No basquete internacional, a Fiba (Federação Internacional de Basquete), inclusive, organiza um torneio de clubes com campeões continentais, mas a NBA não manda o time vencedor da liga para a disputa e sim uma equipe do campeonato de desenvolvimento da própria NBA, chamado de NBA G League.

Obviamente, com exceção dos próprios norte-americanos, o restante do mundo não aceita há muito tempo essa nomenclatura para os campeões das ligas locais norte-americanas, mas foi preciso que um esportista estadunidense usasse sua projeção global para que o assunto voltasse aos holofotes.


O atual campeão olímpico dos 100m, Noah Lyles, disse em 2023, após vencer as provas de 100m e 200m no Campeonato Mundial de Atletismo, que ele, sim, poderia se declarar campeão mundial, pois enfrentou competidores de diferentes lugares do mundo.

“Campeão mundial do quê? Dos Estados Unidos? Não me levem a mal. Eu amo os Estados Unidos, mas isto [NBA] não é o mundo. Nós [Campeonato Mundial de Atletismo] somos o mundo. Temos quase todos os países aqui lutando.”

Obviamente, a fala de Lyles irritou astros da NBA como Draymond Green e Kevin Durant e, no final, nada mudou. As ligas norte-americanas continuam chamando seus vencedores de campeões mundiais e, certamente, os Eagles não vão aceitar enfrentar os Mariners.

Mas e que tal a gente chamar os Mariners de campeões do mundo de 2025?

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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