Kaio Jorge tenta ser artilheiro do Brasileirão com o Cruzeiro, feito só alcançado por Tostão
Há 55 anos, o Cruzeiro não tem o artilheiro na mais importante competição do futebol brasileiro

Neste domingo (21), o Cruzeiro recebe o Red Bull Bragantino, com transmissão da RECORD para todo o Brasil, a partir das 20h30. Esta pode ser mais uma oportunidade para o atacante Kaio Jorge, que luta para ser o artilheiro do Campeonato Brasileiro.
Um feito extremamente raro, quando falamos de um jogador cruzeirense. Só uma vez um cruzeirense foi o artilheiro do Brasileirão, o ano era 1970, o artilheiro? Tostão, o camisa 9 do Brasil na Copa do Mundo do mesmo ano.
Desde então, a Raposa nunca mais fez o artilheiro da competição, mesmo tendo sido campeã, ou fazendo campanhas de muito destaque, com craques e artilheiros memoráveis, incluindo até mesmo o fenômeno Ronaldo, o ”matador” Fábio Júnior, Fred e tantos outros…
Mas afinal, como e contra quem foram esses 12 gols que fizeram de Tostão o artilheiro máximo do campeonato nacional de futebol em 1970?
CAMPANHA NÃO TERMINOU COM TÍTULO
Naquele ano, o Cruzeiro terminou em 4° lugar, ficando atrás de Fluminense (campeão), Palmeiras (vice) e do arquirrival Atlético Mineiro, que inclusive seria o campeão do torneio subsequente (em 1971). Mas, vamos começar do início…
FÓRMULA DE DISPUTA
Em 1970, o Campeonato Brasileiro (era conhecido como Roberto Gomes Pedrosa) foi disputado por 17 equipes, essas eram divididas em dois grupos, um com 8 e outro com 9 clubes.
Nessa primeira fase, os times se enfrentaram em turno único, com dois classificados em cada chave.
Os quatro classificados se enfrentaram em quadrangular final, novamente em turno único, o time com mais pontos se sagrava campeão nacional.
OS GOLS DE TOSTÃO

Na estreia da competição, o craque marcou o gol da vitória contra o Botafogo, 1 a 0 no Mineirão, em 23/09/1970.
O segundo gol foi no Mineirão lotado, pela segunda rodada do torneio, contra o Santos de Pelé. A partida terminou empatada em 1 a 1, o tento santista foi de Nenê (não de Pelé). O jogo aconteceu em 27/09/1970.
Apenas em 18/10/1970, Tostão voltaria a marcar, desta vez no confronto contra o América RJ, vitória cruzeirense por 3 a 1, no estádio do Mineirão.
No clássico contra o Galo Mineiro, em 25/10/1970, foi de Tostão o gol de empate na partida que recebeu mais de 75 mil pagantes, num Mineirão abarrotado de torcedores.
Marcou um dos 3 gols do Cruzeiro, na vitória de 3 a 1 sobre o Flamengo, no Mineirão, em 8 de novembro de 1970.
Marcou duas vezes na acachapante goleada da Raposa contra a Ponte Preta por 6 a 0, num Mineirão quase vazio, em 21/11/1970.
Fez um dos gols na vitória contra o Santa Cruz, fora de casa, na Ilha do Retiro, por 2 a 1, o jogo aconteceu dia 29/11/1970.
Marcou os dois gols da vitória por 2 a 0 contra o São Paulo no Morumbi no dia 6 de dezembro de 1970, encerrando a primeira fase do time na competição.
Já pela fase final da competição, marcou novamente contra o Atlético Mineiro, na partida que tal qual a da primeira fase terminou 1 a 1, mais de 85 mil pagantes puderam ver o clássico, que ocorreu no dia 13 de dezembro de 1970.
O último gol do Tostão na competição foi contra o Palmeiras, na derrota por 4 a 2, que marcou também o final do campeonato. O jogo ocorreu no Pacaembu, em 20 de dezembro de 1970.
CEGO?

Tanto o título da Copa do Mundo de 1970, como titular absoluto, quanto a artilharia do Campeonato Brasileiro de 1970 foram uma resposta aos críticos, que pejorativamente chamavam o craque cruzeirense de “cego”, depois de um acidente que sofreu no ano anterior.
Em 1969, para ser mais exato, em 24 de setembro (menos de um ano antes da Copa), Tostão recebeu uma bolada no olho, numa partida contra o Corinthians, o acidente gerou um descolamento de retina no craque, que quase custou a visão e a carreira do jogador.
Pois a resposta foi dada na Copa do Mundo, o craque, convocado por Zagallo, fez parte de uma das seleções mais icônicas de todos os tempos, marcou dois gols e se eternizou na memória de todos os amantes do futebol arte!
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