Dérbi levanta disputa entre goleiros por vaga na próxima Copa do Mundo

O Timão recebe o Verdão na Neo Química Arena neste domingo, as 18h30, pela 22ª Rodada do Brasileirão, com transmissão da RECORD para todo o Brasil.

O dérbi promete muito mais rivalidade do que já se espera da partida, devido à final do Paulistão e confronto pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Ambos vencidos pelo Corinthians, gerando, inclusive, crise e protestos no Palmeiras.

Nas metas dos rivais, teremos dois excelentes goleiros disputando, não apenas o clássico, mas a possibilidade de jogarem a próxima Copa do Mundo, tanto Weverton (convocado para última Copa), como Hugo Souza somam convocações recentes para seleção, com o goleiro corintiano em grande vantagem, pela idade e melhor fase.

Pensando nisso, vamos relembrar quais foram os goleiros de Corinthians e Palmeiras que jogaram Copas do Mundo. Quem teve mais goleiros convocados? Quantos foram titulares?

Nossa viagem começa na primeira Copa conquistada pelo Brasil, na Suécia, em 1958 o goleiro era Gilmar dos Santos Neves. Mas a lista é grande, recheada de ídolo, acompanhe:

Gilmar (1958)

Considerado, por quem viu ele em ação, um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro, foi ídolo do Corinthians, titular e destaque do Brasil na primeira conquista da Seleção, antes de fazer história com o Santos da era de ouro.

Ado (1970)

Catarinense de nascimento, o arqueiro foi jogador do Timão no período da fila, sendo dono da meta entre 1969 e 1974.

Leão (1970, 1974, 1978, 1986)

Um dos maiores goleiros da história do Brasil, foi também ídolo palmeirense (apesar de já ter jogado no Timão, numa conturbada passagem na década de 1980). Em 1970 foi reserva, mas em 74 e 78 foi o incontestável dono da meta brasileira, em 1986, depois de rodar por diversos times, ao voltar ao Verdão, voltou também para seleção, mas “comeu banco” para o corintiano Carlos.

Carlos (1986)

Foi o maior goleiro da história da Ponte Preta, no período que Campinas era a capital do futebol no Brasil, chegou ao Corinthians em 1983, onde até 1987 virou ídolo do Timão, passou pelo Palmeiras também, mas sem o mesmo sucesso.

Marcos (2002)

Um dos maiores ídolos da história do Palmeiras, foi um goleiro marcante do final dos anos 1990 e início dos anos 2000. Na Copa do Mundo foi titularíssimo devido à confiança do Felipão (com quem conquistou a Libertadores de 1999 pelo Verdão). No mundial foi junto com Rivaldo e Ronaldo um dos principais responsáveis pelo Penta! Com destaque para os jogos contra a Bélgica, nas oitavas e contra a Alemanha na final.

Dida (2002)

Reserva de Marcos. Dida vinha de conquistas importantes pelo Corinthians, como o Mundial de 2000 e o Campeonato Brasileiro de 1999, com perfil frio e capacidade incrível de pegar pênaltis, o goleiro se tornou um ídolo improvável de um time que sempre teve heróis viscerais. Foi a única Copa dele como goleiro do Timão, no mesmo ano iria para o Milan da Itália.

Cássio (2018)

Um dos maiores ídolos da história do Timão, Cássio se tornou uma lenda da meta alvinegra, muitos acreditam que o goleiro (atualmente no Cruzeiro) deveria ter sido o titular do Brasil em 2014, mas nem para Copa foi… Em 2018, já não estava no auge físico e técnico, porém foi o terceiro goleiro na competição.

Weverton (2022)

Titular absoluto do Palmeiras e primordial nos inúmeros títulos do Verdão na última década foi irrefutável a convocação para última Copa do Mundo, o goleiro tem imenso prestígio com a torcida alviverde, superando até mesmo derrotas, como na última Copa do Mundo de Clubes. Tenta ainda uma segunda oportunidade já no final da carreira.

Quem leva vantagem?

O Palmeiras teve um goleiro na seleção brasileira em seis Copas do Mundo, em três delas os titulares absolutos da meta foram palestrinos: Leão, em 1974/78 e Marcos em 2002. Em duas oportunidades o Brasil foi campeão com um goleiro palmeirense no elenco (1970 — com Leão no banco e 2002, com Marcão sendo destaque).

Já o Corinthians teve um goleiro em cinco Copas do Mundo representando a Seleção Brasileira, sendo titulares em duas oportunidades: Gilmar, em 1958 e Carlos em 1986. Curiosamente, em três das cinco conquistas brasileiras tínhamos goleiros do Timão entre os jogadores convocados (1958, com o inesquecível Gilmar, 1970, com Ado no banco e 2002, com o gigante Dida entre os suplentes).

Ou seja, tal qual no clássico, o confronto entre goleiros é equilibrado. Se o gol não sair neste domingo, lembre-se da tradição de ambos os times de sempre ostentarem “goleiros de seleção”.

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