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Torcida ‘barrada’ e jogadoras ao relento: futebol feminino cresce sem respeito

Apoio e investimento na modalidade têm aumentado, porém, ainda há falta de estrutura mínima para que os jogos aconteçam

Gol Delas|Camila JuliottiOpens in new window

Fila na entrada do Allianz Parque (Divulgação)

A evolução e o alcance do futebol feminino já não são mais novidades. O esporte vem, cada vez mais, atraindo torcedores, mídia, patrocino… Não por acaso, são vários os recordes de público registrados em estádios de todo o mundo, além de grandes clubes investindo no elenco feminino.

Ao mesmo tempo em que o crescimento é notório, o jogo de quem parece “torcer contra” ainda existe. Prova disso é a forma que muitos eventos de futebol feminino são organizados, e a falta de estrutura mínima para que eles aconteçam.

Foi o exemplo deste domingo (28), na Fazendinha, quando o Corinthians, grande potência do futebol feminino brasileiro, goleou o Fluminense por 5 a 0. A partida estava marcada para começar às 11h e poucos minutos antes do apito inicial, o estádio estava vazio, enquanto os torcedores formavam longas filas do lado de fora, com os portões fechados.

Segundo os relatos de quem estava por lá, a princípio, a entrada não havia sido autorizada, pois não havia policiamento. Depois, os torcedores foram informados de que a empresa responsável pelos ingressos ainda não havia chegado ao local — a torcida só conseguiu entrar no estádio faltando 15 minutos para o início do jogo.

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Em uma situação parecida, na semifinal do Brasileirão Feminino 2022, disputada entre Palmeiras e Corinthians no Allianz Parque, o acesso das mais de 11 mil pessoas ao estádio foi autorizado apenas pelo setor de visitantes, onde o espaço é bem menor e existem só quatro catracas. Foi o suficiente para haver tumulto, confusão, inclusive protestos de quem só queria assistir ao jogo em uma tarde de sábado.

Jogadoras tomaram chuva, pois banco de reservas era muito pequeno (Reprodução/SporTV)

Os dois casos estão longe de ser isolados. No último Gre-Nal feminino, no início deste mês, as jogadoras reservas dos dois times tiveram de sentar em cadeiras de plástico improvisadas e ficar debaixo de chuva, pois o banco de suplentes não tinha espaço suficiente para todas as atletas. Com mando do Internacional, a partida foi realizada no Sesc, em Porto Alegre.

As ações de divulgação e visibilidade ao futebol feminino — modalidade que já é uma realidade — são importantes para impulsionar cada vez mais o esporte. Mas o apoio e o investimento ao futebol feminino têm de evoluir junto com o respeito.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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