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Gol Delas

‘Percebemos o interesse do público sobre a história do futebol feminino’, diz curadora sobre novo Museu do Futebol

Exposição é resultado de nove anos de pesquisa, com o apoio de pesquisadores parceiros e de atletas e ex-atletas pioneiras

Gol Delas|Camila JuliottiOpens in new window

Acervo do futebol feminino está em equilíbrio com o que o museu oferece sobre a modalidade masculina Marcela Guimarães/Museu do Futebol

O Museu do Futebol, que reabriu as portas nesta sexta-feira (12), trouxe como grande novidade a renovação dos conteúdos dedicados ao futebol feminino. O crescimento da modalidade nos últimos anos fez com que o Museu ampliasse e atualizasse o material exposto por lá desde 2015.

“Antes dessa renovação, os conteúdos de futebol feminino estavam muito presentes na sala das origens do futebol, e uma parte dessas imagens ainda eram do início do futebol em outros países, não necessariamente no Brasil, com destaque para a história da proibição [do futebol para mulheres]. Agora, a gente tem a presença de mulheres no futebol em todas as salas”, explica a curadora Marilia Bonas.

“A gente incorporou as copas femininas, que é algo que não tinha, e tem toda uma lateral dedicada à história de resistência das mulheres no futebol no período da proibição, com mais de 40 imagens inéditas e quatro audiovisuais especialmente produzidos para a exposição do museu”, completa.

Marilia também afirma que a relação do museu com o futebol feminino existe desde antes de 2015, quando foram expostas as primeiras pesquisas iconográficas da modalidade. “Teve um reconhecimento do público e o Museu do Futebol fez a primeira grande exposição temporária sobre o tema (Contra Ataque), que foi um sucesso arrasador. Então, a gente percebeu a importância e o interesse do público em saber mais sobre a história do futebol feminino.”


Para a reabertura, o museu se aprofundou em pesquisas feitas ao longo de nove anos, além de contar com o apoio de pesquisadores parceiros e de atletas e ex-atletas pioneiras. “Tudo isso pra gente poder dar conta da representatividade e importância dessa história e desse legado”, acrescentou Marilia.

“Acho que foi uma premissa da renovação que as mulheres, não só o futebol de mulheres, mas também as profissionais do futebol, como jornalistas, árbitras, tivessem presentes na exposição inteira, em um equilíbrio de representatividade de gênero”, finalizou.


Neste sábado (13) e domingo (14), a entrada no Museu do Futebol é gratuita. A partir de segunda-feira (15), os ingressos começam a ser cobrados e custam R$ 24, com meia-entrada.





Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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