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Dia da Mulher: Brasileirão Feminino vai pagar R$ 1,5 milhão para campeã; título no masculino rende R$ 47 milhões

Enquanto há ações – questionáveis – para exaltar as atletas neste dia 8 de março, incentivos e discussão pela igualdade em premiação nos campeonatos são deixados de lado

Gol Delas|Camila Juliotti, do R7 e Camila Juliotti


Corinthians foi campeão do Brasileiro Feminino em 2023
Corinthians foi campeão do Brasileiro Feminino em 2023 Cris Mattos/CBF - 10.09.2023

Faltando uma semana para o início do Campeonato Brasileiro Feminino 2024, a novidade é que a competição deste ano terá uma premiação recorde. No entanto, o valor é irrisório na comparação com o torneio masculino. No fim de fevereiro, a CBF anunciou que a equipe campeã receberá R$ 1,5 milhão – R$ 300 mil a mais em relação à edição do ano passado.

Atual campeão brasileiro no masculino, o Palmeiras recebeu R$ 47 milhões pela última conquista nos pontos corridos. O valor destinado ao time comandando pelo português Abel Ferreira é quase 32 vezes maior que o prêmio pelo título do Brasileirão Feminino de 2024. 

Neste ano, cada um dos 16 clubes receberá R$ 300 mil pela participação na primeira fase do Brasileirão Feminino. Até o ano passado, a CBF pagava apenas R$ 30 mil para cada time nesta fase do torneio. A entidade que comanda o futebol brasileiro também aumentou a premiação pela vaga nas quartas de final de R$ 35 mil para R$ 100 mil. Já na semifinal, o bônus subiu de R$ 50 mil para R$ 100 mil.

No Dia Internacional da Mulher, nesta sexta-feira (8), muitos clubes usaram as redes sociais para parabenizar as jogadoras pela data, além de terem realizado campanhas – questionáveis – para exaltar atletas e colaboradoras. Enquanto isso, são pouquíssimos os clubes que incentivam e buscam discutir a igualdade em premiação nos campeonatos a homens e mulheres. Sem falar em oferecer estrutura e condições de trabalho semelhantes. Se serve como exemplo, o centro de treinamento do multicampeão Palmeiras tem uma estrutura de nível europeu para os atletas do time masculino, enquanto as palestrinas já chegaram até a treinar em academias de bairro.

Vale lembrar ainda que nesta semana o Ceará anunciou o fim do time profissional feminino, sem sequer comunicar as jogadoras, que receberam a notícia pela imprensa, alegando falta de recursos financeiros – o investimento na modalidade representa apenas 1% do orçamento do time cearense. Que as mulheres tenham reais motivos para comemorar. 

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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