Copa do Mundo no Brasil? Cinco motivos para o país ser escolhido como sede do mundial feminino
Decisão será anunciada pela Fifa nesta sexta-feira (17) e candidatura brasileira é favorita
O Brasil vive a expectativa de ser escolhido como sede da Copa do Mundo Feminina 2027. O anúncio será feito nesta sexta-feira (17) em Congresso da Fifa, na Tailândia. No total, 211 associações nacionais de futebol vão participar da votação que vai definir onde será realizado o próximo mundial feminino.
A candidatura brasileira foi divulgada em dezembro de 2023 e tem como slogan “Natural como o Futebol”. Segundo o material lançado pela CBF, o projeto foca na sustentabilidade ambiental, financeira e social. Marta, camisa 10 da seleção feminina e eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, foi uma das protagonistas de um vídeo institucional.
Para reforçar a proposta do Brasil, o Ministério do Esporte lançou a campanha “Tudo Pronto”, destacando que o país fez os investimentos necessários e tem totais condições de receber o campeonato mundial. Nas imagens da candidatura brasileira, inclusive, estão em destaques os estádios e a logística que já foram testados anteriormente.
Diante de duas desistências na candidatura, o Brasil ganhou mais força e, além disso, deixou ótima impressão durante a visita da Fifa ao país, devido à infraestrutura, à força do comércio nacional, e ao comprometimento com o mundial. Não por acaso, o projeto verde e amarelo recebeu nota mais alta do que os concorrentes na avaliação técnica.
Confira, a seguir, cinco motivos que colocam o Brasil como favorito para sediar, pela primeira vez, a Copa do Mundo Feminina 2027.
1 - Estádios prontos
O Brasil tem estádios em dez capitais com condições de receber os jogos, que já foram usados na Copa do Mundo Masculina em 2014. São eles: Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Mané Garrincha), Cuiabá (Arena Pantanal), Fortaleza (Arena Castelão), Manaus (Arena da Amazônia), Porto Alegre (Beira-Rio), Recife (Arena de Pernambuco), Rio de Janeiro (Maracanã), Salvador (Arena Fonte Nova) e São Paulo (Arena Corinthians). Esses locais foram indicados na candidatura brasileira, reforçando que o país não precisará fazer grandes obras, nem investir em infraestrutura.
2 - Representante sul-americano
O projeto brasileiro é o único sul-americano e, por conta disso, tem tido total apoio da Conmebol nessa disputa. Outro fator que joga a favor do nosso país é que a América do Sul nunca recebeu uma Copa do Mundo Feminina antes. Enquanto a Alemanha, candidata para 2027, já foi sede em 2011.
3 - Apenas um concorrente
A princípio, além do Brasil, eram três os projetos na briga para sediar o mundial feminino: África do Sul, Estados Unidos/México e Holanda/Alemanha/Bélgica. Em março e abril, respectivamente, porém, as confederações africana e norte-americana renunciaram a candidatura. Sendo assim, o Brasil disputa apenas com o trio europeu.
4 - Bem avaliado pela Fifa
No último dia 7, 10 dias antes da votação que vai confirmar onde será realizada a próxima Copa do Mundo Feminina, a Fifa divulgou o relatório com a avaliação dos candidatos. O Brasil recebeu uma pontuação mais alta do que Bélgica, Holanda e Alemanha (candidatura conjunta). Em uma escala de 1 a 5, o nosso país ficou com nota 4, contra 3,7 do consórcio europeu.
5 - Crescimento do futebol feminino
O futebol feminino vem se desenvolvendo e ganhando destaque nos últimos anos no Brasil, o que ressalta a força do país para sediar o principal campeonato da modalidade. Além do crescimento de grandes equipes, jogadoras brasileiras têm sido alvo de clubes estrangeiros, como, por exemplo, a recente saída da zagueira Tarciane do Corinthians para o Houston Dash, nos EUA. A transação se tornou a terceira maior da história do futebol feminino. Os números também são favoráveis ao Brasil. Na América do Sul, o recorde de público foi registrado por aqui, na final do Campeonato Brasileiro 2023 (Corinthians X Ferroviária), com mais de 42 mil pessoas na Neo Química Arena.
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