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Gol Delas

Ausência de Marta pode ser a melhor estratégia para o Brasil chegar à final olímpica

Camisa 10 vai cumprir o segundo jogo de suspensão nesta terça-feira (6), contra a Espanha, após ter sido expulsa, mas isso não necessariamente é uma dor de cabeça para o treinador brasileiro

Gol Delas|Camila JuliottiOpens in new window

Marta foi expulsa em jogo contra a Espanha ainda na fase de grupos e ficou de fora de partidas decisivas Rafael Ribeiro/CBF - 05.08.2024

O Brasil surpreendeu contra a França e fez uma de suas melhores partidas não só da Olimpíada de Paris 2024, como dos últimos anos. A seleção brasileira comandada por Arthur Elias se impôs, foi competitiva, e até soube sofrer em determinados momentos do jogo, segurando as donas da casa e favoritas — a exemplo da goleira Lorena, que defendeu o pênalti de Sakina Karchaoui. Foi a segunda vez, inclusive, que ela salvou o Brasil nestes Jogos Olímpicos, fazendo jus a merecida convocação após ter ficado de fora da Copa do Mundo de 2023 por uma grave lesão.

Depois desta vitória histórica, as atenções já estão voltadas para o confronto contra a Espanha, às 16h desta terça-feira (6). Na semifinal de hoje, a seleção brasileira não vai poder contar com Marta mais uma vez, pois ela vai cumprir suspensão pelo segundo jogo após ter sido expulsa por entrada dura sobre Olga Carmona ainda na fase de grupos.

Apesar da importância da camisa 10 do Brasil, uma referência quando o assunto é futebol feminino mundial, o time montado por Arthur Elias sem Marta em campo funcionou muito bem. Aos 38 anos, a jogadora — eleita seis vezes a melhor do mundo — já não tem mais tanta velocidade, nem tempo de recuperação, em especial, para ajudar na marcação. As atletas acabam jogando em função de Marta, o que, de certa forma, deixa naturalmente o ritmo de jogo mais lento.

No jogo contra a França, sem Marta, Gabi Portilho foi acionada várias vezes, com mais liberdade à frente, incomodando e dando trabalho para a zaga francesa — ela teve boas oportunidades, além do gol.


A Espanha, adversária do Brasil na semifinal, fez um jogo ruim e abaixo tecnicamente contra a Colômbia, e perdia de 2 a 0 até a metade do segundo tempo. Como estratégia, já que a seleção espanhola vem de um desgaste físico maior por conta da prorrogação e dos pênaltis, Arthur Elias pode apostar no mesmo time que enfrentou a França, e, sim, sem Marta.

A CBF e o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) não conseguiram a liberação para ela jogar, mas isso não necessariamente é uma dor de cabeça para o treinador brasileiro. Com mais velocidade e ritmo, o Brasil pode surpreender e superar as atuais campeãs do mundo, sem a sua melhor jogadora.




Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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