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Wesley faz o Corinthians renascer. Joia de 19 anos tinha perdido espaço, confiança e motivação com Mano Menezes. Betis queria levá-lo

Jogador mais habilidoso do Corinthians era desprezado por Mano. Estava desvalorizado na reserva. Representantes do Betis tentavam contratá-lo. António Oliveira fez um trabalho especial para recuperar sua audácia para jogar futebol. Seu dois lindos gols desmoronaram o Fluminense. 3 a 0 para o Corinthians

Cosme Rímoli|Cosme RímoliOpens in new window

Wesley deixou Felipe Melo no chão, antes de marcar um gol antológico

Até o dia 5 de fevereiro, a vida de Wesley no Corinthians era muito difícil.

Mano Menezes não acreditava que estava pronto para jogar.

O técnico, que vive a pior fase de sua carreira, não tinha confiança no jovem atacante.

Coibia seus dribles em velocidade.

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Da mesma maneira absurda que ironizava Raniele e perguntava se Yuri Alberto era ‘burro’, o treinador negava uma sequência de jogos para Wesley.

De nada adiantava treinar muito bem, a ponto de ser elogiado pelos companheiros.

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Mano queria um jogador que não fosse tão ofensivo e que marcasse mais o adversário.

E que tivesse mais força física.

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A postura contrariava a direção corintiana.

E aproximava o jovem atacante do Betis, que tenta contratá-lo desde 2023.

Na reserva, sem minutagem como titular, evidente que estava desvalorizado.

Mesmo com o ex-presidente Duílio Monteiro Alves renovando antecipadamente seu contrato até 2027.

Só para aumentar a multa rescisória para 100 milhões de euros, cerca de R$ 546 milhões.

A quantia é irreal para forçar os clubes do Exterior a aumentarem suas propostas.

Mas a reserva servia como repelente aos grandes clubes, principalmente da Europa.

Com a saída de Mano, António Oliveira percebeu o jovem talentoso que tem nas mãos.

E fez exatamente o contrário de seu antecessor.

Wesley sempre foi uma das estrelas da base do Corinthians

Teve várias conversas estimulando Wesley, garantindo que terá grande sucesso no futebol.

António também falou com os companheiros de ataque e pediu que não reclamassem quando o garoto tentasse um drible, perdesse um gol.

E o futebol de Wesley, que era uma das estrelas da base, passou a crescer muito.

Mas o cobrou forte.

Porque ele não gostava de voltar para marcar, para fechar os espaço, diminuía a intensidade do Corinthians na recomposição.

Em vez de desistir dele, como Mano fazia, o treinador português ensinou o que ele tinha de fazer.

O resultado está vindo a cada partida.

O ápice, por enquanto, foi hoje, em Itaquera.

O garoto não tomou conhecimento de Guga, que entrou no lugar de Samuel Xavier.

E desmantelou o Fluminense campeão da Libertadores, do ex-treinador da Seleção Brasileira, Fernando Diniz.

“Já dei uma aula sobre Wesley, falei da importância dele crescer do ponto de vista técnico e tático, que temos responsabilidade para ajudá-lo, e sobretudo o fora de campo. Nós nesta situação temos a capacidade de ser um pai dele, e um pai dá amor, mas também cobra. Ele é igual aos outros, tem sido cobrado. Ele veio falar comigo: “você disse que eu era folgado”, eu disse que sim, isso é sempre dentro do limite. Vai crescer muito, é um bom menino, foi importante, mas temos uma equipe que o suportou (apoiou)”, disse António.

O pai do atacante foi jogador, Wladimir, atuou em pequenos clubes portugueses e belgas.

E o preparou desde criança para ser profissional.

O Corinthians estava sem marcar um gol em quatro jogos.

Muito pressionado.

Cássio se tornou reserva.

Raul Gustavo, que foi expulso infantilmente, empurrando um bandeira na partida contra o Argentino Juniors, pela Sul-Americana, perdeu o lugar no time.

As organizadas se encontraram com o presidente Augusto Melo.

A pressão estava enorme no Corinthians.

Wesley não se deixou intimidar. Pelo contrário. Encarou os jogadores do Fluminense

O jogo de hoje trouxe alívio, acima de tudo.

Wesley foi o grande responsável pela fundamental vitória, com seus dois belos gols.

Ele estava há nove partidas sem marcar.

“Só quem está aqui dentro sabe como estava difícil esses dias. Estou feliz pelos gols, é claro, e também pelo nosso bom início de partida. Mas o importante não é quem faz o gol, mas o resultado. A gente aqui no Corinthians tem uma combinação, independentemente de quem vai fazer o gol, o que importa é o time vencer.

“Quero dedicar essa vitória ao Raul Gustavo e ao Cássio, Raul é meu irmão. Fiquei muito chateado. As pessoas falaram como se ele fosse uma pessoa briguenta, mas sou amigo dele, sei que ele tem bom coração. Já o Cássio, ele é nossa fortaleza. Sem ele, as coisas não dariam certo. Quando a gente ganha as pessoas esquecem dele, mas quando a gente perde a culpa é dele.”

Comprar Wesley não será assim tão fácil para o Betis...







Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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