Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Cosme Rímoli - Blogs

Vitória e Bahia envergonharam o futebol deste país

Um vexame indecente em Salvador. Gesto obsceno. Nove expulsões. W.O. E jogadores prestando queixas em delegacias

Cosme Rímoli|Cosme Rímoli

"Imaginação sua. Eu não falei nada com André Lima em momento nenhum. Eu estava falando para o pessoal se acalmar. Com os sinais, você faz o que quer. Eu faço o que desejo fazer. Não fiz nenhuma comunicação com meu banco. Estava orientando para evitar confusão na parte de baixo e de cima do vestiário. Eu não tenho que te explicar nada."

Mário Silva, supervisor do Vitória.

"Nós estávamos falando sobre a pressão que a diretoria do Bahia, o Diego Cerri, deu no árbitro no intervalo. Isso ninguém viu. Quando o Jaílson saiu para o intervalo, ele foi pressionado. Não consigo dizer se foi pênalti porque estava distante. A partir do momento em que há uma briga generalizada, e ele expulsa menos jogadores do Vitória, isso está errado. Quem causou a briga não foi o Vitória.

"O atleta do Bahia foi vibrar na frente na torcida do Vitória. Faz o gol de pênalti e foi vibra na torcida do Vitória. Por que não foi comemorar com a torcida do Bahia?"


Vagner Mancini, técnico do Vitória.

Leia também

Estas foram as respostas dos responsáveis, dos comandantes do futebol do Vitória. Os dois negaram que deram qualquer orientação para seus jogadores forçarem as expulsões e deixarem o time com apenas seis jogadores. E impedir o prosseguimento do clássico contra o Bahia, que estava empatado em 1 a 1. Mas que tinha o tricolor com um atleta a mais, depois de uma briga generalizada que custou sete expulsões. Quatro jogadores entre reservas e titulares do Bahia, Vinícius, Edson, Becão e Lucas Fonseca. E três do Vitória, Rhayner, Kanu e Denilson. 


Com nove contra oito, o Bahia mandava no jogo. Até que Uillian Correia também foi expulso, por falta em Zé Rafael. E Bruno Bispo 'resolveu sozinho', sem orientações de Mário Silva ou Vagner Mancini, provocar, chutar a bola quando o Bahia iria cobrar uma falta e também foi expulso por Jailson Macêdo Freitas. 

A expulsão foi comemorada como um gol pela torcida do Vitória. O time rubro negro ficou com apenas seis jogadores e a partida não pôde prosseguir. Acabou aos 34 minutos do segundo tempo. 


Uma vergonha.

E pensar que os dois clubes batizaram o jogo de hoje, no Barradão, como o 'clássico da paz'. Inacreditável. A partida transcorria normalmente. Disputada, com o Vitória um pouco melhor. Mancini fazia seu time marcar sob pressão a saída de bola do time de Guto Ferreira.

Saiu na frente no placar, com Denílson marcando, aos 33 minutos do primeiro tempo.

Na segunda, etapa, o empate. E o vexame.

Aos três minutos, Uillian Correia desviou um escanteio com a mão. Pênalti.

Vinícius cobrou e marcou.

E proporcionou um espetáculo deprimente.

Ele correu em direção da torcida do Vitória.

E 'dançou', fez gestos obscenos.

Simulou copular com a torcida rival.

O gesto estúpido logo provocou reação. 

O goleiro Fernando Miguel partiu para cima do meia. Queria tirar a limpo o insano gesto. Outros jogadores se envolveram na confusão. Houve trocas de empurrões, socos. Briga generalizada.

Jailson Macêdo Freitas fez o que deveria ter feito. Expulsou quem viu brigando ou foi avisado pelos bandeiras e quarto árbitro. Foram sete os expulsos. Vinícius, Edson, Becão e Lucas Fonseca, pelo Bahia, Rhayner, Kanu e Denilson, pelo Vitória.

O jogo até recomeçou.

Mas não havia o menor clima para prosseguir.

O Bahia tinha um jogador a mais.

Guto Ferreira fez seu time atacar.

Estava na iminência de vencer o jogo.

Quando, por uma inspiração nada divina, os atletas do Vitória começaram a forçar expulsões. Não, Mário Silva e Vagner Mancin, não pediram os cartões vermelhos para evitar a derrota em campo. Não, imaginação sua, leitor.

Uillian Correia e Bruno Bispo forçaram as expulsões porque quiseram. São dois jogadores tão importantes que não precisam da licença dos dirigentes e do treinador. Quando querem acabar com um clássico, acabam, mesmo. Que exemplo de comportamento, de coragem, de liderança. Não precisam dar satisfação para ninguém. Então, tá.

O clássico acabou aos 34 minutos do segundo tempo.

Foram nove expulsões.

O regulamento do futebol é claro.

Quando uma equipe busca ficar apenas com seis atletas é considerada derrotada por 3 a 0.

Vence por W.O.

E qualquer pessoa com o mínimo de neurônios viu a baixaria que o Vitória provocou.

A indecência começou com Vinícius do Bahia.

Mas os jogadores do rival caíram na armadilha, foram além.

Tanto que o vice do Bahia, Vitor Ferraz, deu uma ordem aos seus atletas.

Todos que brigaram irão prestar queixas na polícia.

Vão afirmar, por ordem do dirigente, que foram agredidos.

E querem punição, até prisão, aos jogadores do Vitória.

O vexame parece não ter limites.

Porém cabe aos nobres tribunais esportivos brasileiros fazerem justiça.

O Vitória perdeu o jogo.

Mas Vinícius merece uma suspensão, a mais pesada possível.

Não tem cabimento neste país dominado pela violência, o gesto que cometeu.

Fingir copular a torcida do time rival.

Este absurdo acabou com o clássico.

Envergonhou o futebol brasileiro neste domingo.

E que a Justiça Comum não desvie o foco do que houve em campo.

A sucessão dos vexames no Barradão foi grande demais...

Nove expulsões. E vitória por W.O. para o Bahia. Vexame
Nove expulsões. E vitória por W.O. para o Bahia. Vexame
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.