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Cosme Rímoli - Blogs

Vitória do Brasil diante do racismo contra Vinicius Júnior. Valeu por Joelinton. Mas jogo contra Guiné nada acrescentou para o futuro

A CBF não queria um confronto. E sim um protesto contra o racismo que atormenta Vinicius Júnior. Foi o que conseguiu. Na vitória por 4 a 1, diante da Guiné; valeu apenas por Joelinton. Jogo fácil demais

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Vinicius Júnior comemora seu gol contra o racismo. Jogo importante como protesto. Tecnicamente, não
Vinicius Júnior comemora seu gol contra o racismo. Jogo importante como protesto. Tecnicamente, não

São Paulo, Brasil

Aos 42 minutos do segundo tempo, Vinicius Júnior correu para a bola.

Ele é um péssimo cobrador.

Mas tinha de bater o pênalti.


Afinal, o confronto foi armado pela CBF para protestar contra o racismo que o próprio atacante do Real Madrid sofreu.

Bateu, marcou e celebrou batendo no coração.


A CBF voltou à velha estratégia de amistosos contra adversários frágeis e inúteis, na prática.

O Brasil precisava ganhar uma partida, depois do fracasso na Copa do Mundo do Catar e da derrota diante de Marrocos.


Enquanto implora para que Carlo Ancelotti se comprometa a treinar a Seleção a partir de julho de 2024, o Brasil jogou hoje na Espanha contra o fraquíssimo time da Guiné, 79ª colocada no ranking da Fifa.

Venceu por 4 a 1, gols de Joelinton, Rodrygo, Militão e Vinicius Júnior.

A situação toda é surreral. Não há a menor certeza se Ancelotti, ou outro treinador que levará o Brasil para a Copa, apostará nos jogadores que estavam em campo. Ou mesmo se adotará a formação tática.

Ainda mais sem Neymar, contundido.

Ou seja: foi um treino que pode ter pouquíssima utilidade para quem assumir.

O confronto teve uma função social, de protestar contra o racismo.

A Seleção atuou de uniforme negro.

Brasil e Guiné protestam contra o racismo. Um recado para o mundo. E, principalmente, para a Espanha
Brasil e Guiné protestam contra o racismo. Um recado para o mundo. E, principalmente, para a Espanha

Tudo para apoiar Vinicius Júnior, perseguido por racistas na própria Espanha.

Ramon montou seu time, o Brasil, sem medo, no 4-3-3. 

Uma prova da falta de crédito da Seleção Brasileira estava nos inúmeros espaços vagos no estádio do Español, em Barcelona.

E também por parte da Guiné, que, mesmo muito mais limitada, não ficou trancada na defesa. Não. Aceitou o confronto e teve coragem de atacar em bloco, sem medo.

Mas os africanos tinham uma grande falha, que era a bola aérea defensiva.

Foi assim que, aos 26 minutos, Richarlison cabeceou livre, Koné fez grande defesa. A bola sobrou livre para o versátil Joelinton. Além de jogar muito bem na sua estreia, marcou o primeiro gol da partida.

O gol provocou uma pequena pane psicológica em Guiné. O time parou em linha e acabou tomando o segundo gol, um minuto depois. Bastou Rodrygo se livrar do seu marcador e estufar as redes de Koné.

2 a 0, partida definida.

Joelinton estreou e marcou o primeiro gol do Brasil. Volante do Newcastle mostrou versatilidade e força
Joelinton estreou e marcou o primeiro gol do Brasil. Volante do Newcastle mostrou versatilidade e força

Do jogo, quem melhor se aproveitou foi Joelinton, que mostrou futebol de marcação e ótimo toque de bola. Pode ser um grande companheiro para Casemiro no meio-campo.

Ayrton Lucas, outro estreante, foi mais contido.

Os velhos problemas: a lateral direita. Danilo atuou, mas não conseguiu produzir. Ele joga como terceiro zagueiro na Juventus. Richarlison mostrou o motivo de estar sendo tão criticado na Inglaterra. Outra vez mostrou afobação, erros primários de finalização, falta de presença na área.

Lucas Paquetá também está longe de ser o armador capaz de quebrar linhas defensivas adversárias.

Marquinhos e Militão seguem ainda sendo vencidos em meros cruzamentos.

Lições que ficam para Ancelotti ou quem assumir a Seleção.

Depois dos dois gols brasileiros, houve o relaxamento natural. Que foi cobrado com um gol de cabeça de Guirassy, aproveitando péssimo posicionamento de Marquinhos. 2 a 1, aos 35 minutos.

Ramon segurava Danilo e Ayrton Lucas, para evitar novo vexame.

E, no segundo tempo, Guiné nem pôde se animar. Logo no primeiro minuto, Paquetá cruzou e Militão cabeceou para o fundo das redes. 3 a 1, Brasil.

Vinicius Júnior sorrindo. Será a imagem que passará para o mundo. Chega de racismo
Vinicius Júnior sorrindo. Será a imagem que passará para o mundo. Chega de racismo

A partida seguiu morosa até que, aos 41 minutos, Sylla derrubou Malcom. 

Casemiro, os torcedores e fãs do mundo todo queriam o óbvio.

Vinicius Júnior cobrando.

Ele bateu.

E marcou o importante gol contra o racismo.

O amistoso da Seleção contra Guiné cumpriu seu roteiro previsível.

Perfeito na marca contra os preconceituosos.

Mas falho, perto de inútil, para a preparação para a Copa de 26...

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