Vingança. Palmeiras fará tudo para evitar o tetra do Corinthians
TIme de Luxemburgo supera a Ponte, por 1 a 0. Final contra o Corinthians. Palmeiras quer fim de jejum de 12 anos sem vencer o Paulista. E vingança
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Chegou a hora da vingança.
Esse é o sentimento que domina o Palmeiras, depois de vencer a Ponte Preta, por 1 a 0, gol do menino Patrick de Paula, hoje, no Allianz Parque.
Pela frente na final do Paulista de 2020 estará o Corinthians.
O grande rival.
O sentimento de revanche é maior até do que a vontade de acabar com 12 anos sem conquistar o Campeonato Paulista.
A vontade é travar, de qualquer maneira, o tetra do arqui-inimigo.
Os jogos serão quarta-feira, no Itaquerão.
E sábado, a grande final, na arena palmeirense.
O que segue entalado na garganta do presidente Mauricio Galiotte é a decisão de 2018, quando o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza voltou atrás em um pênalti que havia marcado de Ralf em Dudu.
E, dois anos depois, a mesma decisão.
Com o Palmeiras decidindo de novo o título em casa.
Vanderlei Luxemburgo sabia muito bem o quanto Galiotte queria esta final de Paulista. E por isso tratou de montar uma equipe dinâmica, vibrante, contra a Ponte Preta.
Optou pela juventude e não pelo dinheiro.
Patrick de Paula e Gabriel Menino trataram de recuperar o melhor futebol de Ramires. E deram a intensidade, velocidade, volúpia que o meio de campo palmeirense precisava.
E eles carregaram Willian, outra vez tentando fazer o papel que era de Dudu. E Rony conseguia mostrar sua velocidade, alternando o setor direito e o esquerdo.
Isolado, seguiu Luiz Adriano. A bola não chegou no atacante mais agudo.
A Ponte Preta, que chegou a ser lanterna do Paulista, tratou de exercer seu papel de franca atiradora.
Tentou marcar forte.
Mas, principalmente no primeiro tempo, não conseguiu. O Palmeiras estava mais ousado, ambicioso.
E coube justamente ao garoto que 'nasceu' no Palmeiras, Patrick de Paula, mostrar a que veio. Além de marcar, jogador moderno, ele também tem liberdade para chegar ao ataque.
E foi assim, aos 45 minutos, quando ele aproveitou falha de Apodi, que rebateu a bola para a entrada da área.
O volante dominou a bola e bateu forte.
A bola, caprichosa, bateu em Wellington Carvalho, desviou e enganou o ótimo goleiro Ivan: 1 a 0, Palmeiras.
O garoto, que se destacou na Taça das Favelas no Rio de Janeiro, marcou seu primeiro gol como jogador profissional.
A Ponte Preta de Brigatti não tinha potencial técnico para assustar, de verdade, o Palmeiras.
Luxemburgo soube controlar o jogo, sem grandes sustos para o Palmeiras. A individualidade de seus atletas era muito superior à do time campineiro.
A versatilidade do meio de campo protegia a defesa e também criava situações de gol. O problema grave é a péssima fase de Rony, a precipitação de Willian e a falta de iniciativa de Luiz Adriano, aceitando a marcação.
O jogo foi muito corrido, porém com um time muito mais forte do que o outro.
Só nos últimos 15 minutos, tudo ficou parelho porque Luxemburgo mandou o Palmeiras recuar demais.
Foi quando a Ponte Preta chegou a pressionar.
Mas sem talento suficiente para empatar.
A chegada do Palmeiras até a final do Paulista foi tranquila.
Bem ao contrário do que será a decisão contra o Corinthians.
Galiotte exige essa vitória.
A vingança.
Para amenizar o ódio que sentiu em 2018.
Quando seu clube perdeu o "Paulistinha"...
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