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Vexame do São Paulo na estreia de Diego Aguirre

O time jogou muito mal e perdeu para o limitado São Caetano nas quartas de final do Paulista. Terminou vaiado pela própria torcida

Cosme Rímoli|Cosme Rímoli

Diego Aguirre sentiu na pele a apatia, a preguiça, a lentidão do São Paulo
Diego Aguirre sentiu na pele a apatia, a preguiça, a lentidão do São Paulo Diego Aguirre sentiu na pele a apatia, a preguiça, a lentidão do São Paulo

Dorival Júnior deve ter se sentido vingado.

Na estreia de Diego Aguirre como treinador do São Paulo, o time voltou a mostrar apatia, lentidão, desinteresse e falhas inaceitáveis. Na derrota para o São Caetano, por 1 a 0, na primeira partida das quartas de final do Campeonato Paulista, ficou cristalino.

O elenco foi muito mal formado. Com atletas com nomes fortes, mas que não combinam. São pesados, sem agilidade, previsíveis, fáceis de marcar.

Nenê, Diego Souza, Petros e Jucilei ocupam posições fundamentais e que deixam o ritmo do São Paulo preguiçoso, sem vibração. As laterais também são problemáticas. Militão é um zagueiro adaptado na direita. E Júnior Tavares na esquerda. Ambos têm sérios problemas. Militão para atacar. E Tavares para defender.

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Tite também viu o que todos paulistas sabem. A sua maior injustiça para os jogos contra Rússia e Alemanha outra vez jogou mal. Contra os fracos jogadores do São Caetano, tomou bola no meio das pernas, errou tempo de bola no cabeceio, falhou na cobertura de Júnior Tavares. Rodrigo Caio foi outra vez um dos piores em campo.

O mais talentoso jogador do São Paulo, Cueva, também se deixou envolver pela preguiça. O peruano é também o atleta que mais se entrega quando as coisas não estão dando certo. É uma questão de falta de personalidade crônica. 

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Jean, que veio como a reencarnação de Rogério Ceni, se mostra um goleiro inexperiente, tenso, sem preparo psicológico para já ser o goleiro do São Paulo. Ele exala insegurança. Complica bolas fáceis. 

Quem sabia muito bem de todos esses detalhes era o treinador do São Caetano. Pintado foi assistente e técnico interino em 2016 e 2017. E mesmo com um elenco limitado, o que ele fez. Tratou de compactuar a equipe. Apostou no 4-5-1. Quis e conseguiu preencher as intermediárias. E atacar muito pelas laterais, principalmente a esquerda, ponto fraco do time de Aguirre.

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O treinador uruguaio cometeu um erro importante nesta partida. É certo que Marcos Guilherme jogou as últimas 37 partidas. Mas ele é o único jogador agudo com velocidade e poder de definição no elenco. Aguirre o deixou no banco para que Diego Souza atuasse onde quer e não rende, como pívô. Diego é lento demais para essa posição. É muito melhor como meia. Os treinadores do São Paulo querem agradar o jogador e o time perde em criatividade no meio de campo. A questão é absurda.

Sim, estava 29 graus em São Caetano. Mas o São Paulo atuava de maneira preguiçosa demais, como se não valesse a classificação para a semifinal do Campeonato Paulista, seu principal objetivo em 2018. Algo inaceitável. No Atlético Mineiro e no Internacional esta característica de Aguirre já provocou muitos problemas. A de falta de combatividade dos times que forma. Não é porque os uruguaios são conhecidos por sua garra, que o treinador faria jogadores lentos e acomodados passarem a ser vibrantes.

Aguirre falou, cobrou, pediu. Mas os jogadores não reagiram. A situação é ruim
Aguirre falou, cobrou, pediu. Mas os jogadores não reagiram. A situação é ruim Aguirre falou, cobrou, pediu. Mas os jogadores não reagiram. A situação é ruim

No primeiro tempo, o São Caetano teve mais coragem. E Pintado adiantou a marcação. E criou inúmeros problemas para o São Paulo. Se tivesse atletas mais talentosos, seu time já estaria na frente no placar.

Veio o segundo tempo e o logo aos sete minutos, veio a justiça. Alex Reinaldo cruzou. Jean saiu mal demais. Deu um tapinha fraquíssimo na bola. Ela sobrou para Chiquinho, com o gol aberto. 1 a 0, São Caetano.

O gol fez mal ao time de Pintado. O treinador se precipitou e mandou suas linhas voltarem demais. Convidou o São Paulo para jogar no seu campo. E deu vida ao adversário. Mas mesmo assim, faltou coordenação, triangulações pelas laterais. Sem criatividade no meio de campo, sobravam chuveirinhos, bolas levantadas para a área, de qualquer maneira, que só facilitaram o trabalho da zaga do ABC.

A vitória do São Caetano mais do que justa.

Assim como as vaias dos torcedores após o vexame.

Lamentável a estreia de Diego Aguirre.

"Foi uma tarde triste.

O time começou mal e tecnicamente não esboçou reação."

Esse foi o amargo resumo de Raí sobre o jogo.

No Morumbi, na terça, o empate é do São Caetano...

Chiquinho não perdoou falha infantil de Jean. Marcou o gol mais fácil da carreira
Chiquinho não perdoou falha infantil de Jean. Marcou o gol mais fácil da carreira Chiquinho não perdoou falha infantil de Jean. Marcou o gol mais fácil da carreira

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