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Cosme Rímoli - Blogs

Vasco tenta. Mas não conseguirá anular jogo contra o Inter

Vasco faz ofício exigindo a anulação da partida contra o Inter. Mas regulamento é claro. Quando VAR não funciona, decisão é do juiz

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Pela TV, Dourado (13) à frente quando Moisés bate na bola. Impedido
Pela TV, Dourado (13) à frente quando Moisés bate na bola. Impedido

São Paulo, Brasil

Eurico Miranda foi quatro vezes presidente do Vasco.

Comandou o futebol do clube por três décadas.

Cansou de conseguir vitórias nos bastidores.


Criou inúmeras polêmicas.

Tornou a imagem vascaína antipática, quando o assunto era questões extracampo.


Ele morreu em 2019.

Mas a aura de clube forte nos tribunais esportivos, na CBF, continua.


E o departamento jurídico do clube de São Januário compra a sua maior briga desde a morte de Eurico Miranda.

Promete anular o jogo contra o Internacional.

Alegando, na derrota por 2 a 0, que o VAR não funcionou no primeiro gol do time gaúcho, de Rodrigo Dourado, que parecia estar impedido, e que mudou todo o panorama da partida.

É verdade.

Vergonhoso.

Mancha o Brasileiro.

Mas o clube carioca não obterá a anulação.

Por um simples motivo.

Na implementação do árbitro de vídeo no Brasil está claro no manual distribuído aos juízes e bandeiras.

"Uma partida não é invalidada devido a defeito(s) na tecnologia do VAR (no que se refere à tecnologia da linha de gol (GLT); decisão errada envolvendo o VAR (dado que o VAR é um membro da arbitragem; a decisão de não revisar um incidente; a revisão de uma situação não revisável."

Ou seja, o Internacional está protegido pela lei.

Este é o ofício que o departamento jurídico do Vasco fez questão que fosse acoplado à súmula da partida de hoje.

"De acordo com as normas aplicáveis ao VAR e previstas nas Regras de Futebol 2020/21 da CBF, nos jogos em que o VAR é utilizado pela arbitragem, o 'VAR automaticamente deve “checar” as imagens gravadas das câmeras de TV, em todo possível ou real gol, pênalti ou decisão/incidente de cartão vermelho direto, ou em caso de identificação equivocada, utilizando diferentes ângulos de câmeras e velocidades de replay' (p. 151).

No entanto, não foi isso que se viu no jogo Vasco x Internacional, quando o Vasco foi claramente prejudicado - novamente, diga-se de passagem - pelo VAR. Dessa vez, sistema do VAR deixou de funcionar justamente no momento da checagem do gol do Internacional, cujo autor estava claramente em posição de impedimento, como demonstrando por diversos ângulos pelas câmeras de televisão.

Essa inadmissível falha do VAR feriu de morte a lisura da partida, tornando-a anulável. Por isso, requeremos a anulação da partida Vasco x Internacional ocorrida em 14/02/2020, com a consequente remarcação da partida em nova data e com um VAR em pleno funcionamento."

É vergonhoso?

É.

Imoral?

É. 

Ilegal?

Não.

A partida não será anulada.

O Vasco que se vire contra o Corinthians, em São Paulo, e diante do Goiás, no Rio de Janeiro, para tentar escapar da segunda divisão.

Não haverá outro jogo contra o Inter.

Apesar do VAR 'descalibrado'...

Messi paga R$ 2,5 bi de impostos! O que dá para comprar com tudo isso?

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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