Para ter o bicampeão da Supercopa do Brasil no Maracanã, Federação Carioca adiou o clássico
Alexandre Vidal/FlamengoSão Paulo, Brasil
Carioca: 2019 e 2020.
Copa Libertadores : 2019.
Recopa Sul-Americana: 2020.
Brasileiro: 2019 e 2020.
Supercopa do Brasil: 2020 e 2021.
Na contabilidade da administração Rodolfo Landim, são oito títulos desde que ele assumiu, em 2019.
Desprezando, lógico a Taça Guanabara de 2020 e a Taça Rio de 2019, na verdade, 'conquistas' de turno do Carioca, que a esperta Federação Carioca faz festa e entrega até troféu. Mas não se trata de 'campeonato'.
Vasco da Gama e Botafogo rebaixados, na Segunda Divisão do Brasileiro.
O Fluminense venceu o último título em 2012, o Carioca.
Braço direito por anos do megaempresário Eike Baptista, Landim segue comandando o clube como se fosse uma empresa. Aprendeu os meandros do futebol , sendo vice-presidente de planejamento de Eduardo Bandeira de Mello.
Ele sabia que Bandeira de Mello fez o pior trabalho, enfrentou as eternas dívidas que travavam o Flamengo. O clube passou a sistematicamente a pagar o que devia.
Em 2013, foram R$ 136 milhões, 2014, R$ 141 milhões, em 2015, R$ 149 milhões, em 2016, R$ 200 milhões, em 2017, R$ 143 milhões. E 2018, 107 milhões.
Bandeira de Mello conseguiu pagar, em números arredondados e publicados nos balanços do clube, R$ 740 milhões.
Mas cometeu a péssima escolha de não montar times fortes. E só venceu dois Cariocas e uma Copa do Brasil.
O presidente do Vasco, Jorge Salgado, inconformado com as 24 horas que o Flamengo ganhou
Rafael Ribeiro/VascoRodolfo Landim, não. Pagou em 2019, R$ 117 milhões.
Em 2020, R$ 67 milhões.
No balanço de 2020, a triste realidade.
O clube deve R$ 681 milhões.
O que impede, por enquanto, o sonho maior de um estádio para chamar de seu.
Ainda mais em plena pandemia, quando seus jogos não têm torcedores, o mercado arrefeceu, com os clubes no mundo gastando menos. As tevês pagam menos.
Pelas contas da diretoria, o Flamengo deixou de arrecadar R$ 110 milhões pela pandemia, em 2020, e R$ 90 milhões só entraram nas contas do clube em 2021, como dinheiro de transmissão e premiações.
O melhor elenco do país custa cerca de R$ 23 milhões mensais, entre salários e direito de imagem. É uma quantia muito elevada.
Diante dessa realidade, não será surpresa se o clube negociar jogadores na abertura da janela do meio do ano. Titulares do time de Rogério Ceni. O treinador, ao contrário do que aconteceu quando trabalhou no São Paulo, e foi 'traído' pelo ex-presidente, o inseguro Leco, desta vez sabe. Se houver propostas compensadoras, qualquer jogador poderá sair.
Dentro da objetividade, da firmeza de Landim, do presidente que mais defende a continuidade do futebol, em pleno auge da Covid-19, o dirigente foi direto com a Federação Carioca de Futebol.
Direto, ele mandou o recado ao presidente Rubens Lopes.
Se Lopes quer seguir a postura de valorização do Carioca, melhor seria ter em campo o time titular do Flamengo, o que acabou de vencer o bicampeonato da Supercopa do Brasil, domingo, contra o Palmeiras.
E isso só aconteceria no clássico contra o Vasco, em uma situação.
Se o jogo passasse de amanhã para quinta-feira.
Desse mais 24 horas para o elenco que conquistou o título no domingo e festejou na segunda-feira, descansar para enfrentar o grande rival.
Se não fosse assim, o Flamengo seria obrigado a colocar reservas e garotos. O que diminuiria a relevância do clássico.
Lopes cedeu.
A direção do Vasco ficou revoltadíssima.
Deixou claro o óbvio: que seu arquinimigo foi favorecido.
O desespero é grande em São Januário.
Porque uma derrota para o Flamengo eliminará o clube da disputa da Taça Guanabara.
Rebaixado no Brasileiro, está em oitavo lugar, com três partidas por fazer.
São apenas duas vitórias, quatro empates e duas derrotas.
Mesmo iniciando o torneio com garotos e reservas, o Flamengo tem seis vitórias, um empate e uma derrota.
Se vencer o Vasco, chega assume a liderança do torneio.
O clube cruz-maltino não vence o Flamengo desde 2016, são 17 partidas entre os dois.
A ordem de Landim ao departamento de futebol é ser firme.
Conquistar a Taça Guanabara e a Taça Rio.
Ganhar o tricampeonato carioca sem final.
Acumular mais um título.
Para guardar forças para o Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro.
Mais lucrativos.
Simples, assim.
Landim quer o nono título.
Seguir correndo atrás do Mundial.
Mas impor o domínio no seu estado.
Conquistar o tricampeonato do Rio de Janeiro.
Lutar para não ser como em 2019 e 2020.
Quando houve duas finais contra o Fluminense.
Desgastantes, tensas.
Para a atual diretoria, desnecessárias.
Por isso, nada de dar oportunidades aos rivais.
E usar toda força política que ter o melhor elenco e o mais vencedor do país proporcina.
Apesar de todo protesto da diretoria vascaína.
Flamengo e Vasco quinta-feira, no Maracanã, 19 horas.
Com o time bicampeão da Supercopa do Brasil.
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