São Paulo, Brasil
"Ele é um jogador de armação e de conclusão importante que vai retomando seu melhor nível, ficou de sete a oito meses parado.
"(...) As informações que temos é sobre a utilização dele [no Aston Villa].
"E uma perspectiva que possa ter a retomada de seu desempenho no mais alto nível."
Essa foi a desculpa de Tite para a surpreendente convocação de Philippe Coutinho.
Em janeiro deste ano. O meia já estava mal no Aston Villa. Criticado insistentemente pela imprensa inglesa.
A convocação era para partidas da fáceis Eliminatórias Sul-Americanas, contra o Equador e Paraguai.
Desde então, o futebol do meia de 30 anos só piorou.
A 'retomada' jamais veio.
Ele foi apontado como um dos motivos para a demisão do treinador Steve Gerrard. Os jornalistas não entendiam a insistência no meia brasileiro, que está jogando cada vez pior.
Suas estatísticas são assustadoras.
Fez 13 partidas desde que a temporada europeia começou, no meio do ano.
Não marcou um gol sequer. E não deu nenhuma assistência.
Situação mais do que constrangedora.
Lógico que se tornou reserva.
O Aston Villa é apenas o 16º colocado na Premier League, a um ponto da zona do rebaixamento.
Há muito questionado na Europa.
Ele foi emprestado pelo Barcelona no início do ano, depois de um início de temporada assustador. Só conseguiu ser titular cinco vezes, saiu do banco 11 vezes e marcou só dois gols.
Ou seja, há um ano seu futebol é fraquíssimo.
A situação do jogador, desde a Copa da Rússia, é mais do que preocupante.
Em janeiro daquele ano, o Barcelona teve a coragem de pagar 135 milhões de euros, atuais R$ 703 milhões, para contratá-lo do Liverpool.
O jogador decepcionou e em janeiro de 2019 foi emprestado ao Bayern de Munique, como passe fixado em 90 milhões de euros, cerca de R$ 469 milhões.
Também não rendeu.
Voltou à Espanha.
E sofreu uma lesão gravíssima.
Seu menisco externo do joelho esquerdo foi rompido no dia 30 de dezembro de 2020.
Levou sete meses para voltar a jogar.
Nunca mais conseguiu render como antes.
Foi emprestado pelo Barcelona ao Aston Villa.
E acabou comprado por 20 milhões de euros, cerca de R$ 104 milhões, por insistência de Gerrard.
O resultado foi desastroso.
Além de valer R$ 599 milhões a menos, ele segue jogando cada vez pior.
Tanto que a obsessão de Gerrard, que foi companheiro de Coutinho no Liverpool, serviu como uma desculpa para a demissão do treinador.
Everton Ribeiro ao contrário.
No Flamengo segue se impondo como um dos melhores articuladores do futebol sul-americano. Seu desempenho em 2022 é excelente. Grande responsável pelas conquistas da Copa do Brasil e da Libertadores.
Não há comparação no desempenho atual dos dois.
O jornal Sport da Espanha apostou hoje que Coutinho será desprezado. E não irá para a Copa do Mundo do Catar. Sua vaga será ocupada por Everton Ribeiro.
A situação parece mais do que coerente.
Só mesmo o comprometimento de Tite com os jogadores que o firmaram na Seleção, em 2016, pode explicar a possível convocação de Coutinho para a Copa.
Seu momento não poderia ser pior.
A convocação para a Copa do Catar será daqui seis dias.
Tite terá de encarar a realidade.
Muita coisa mudou para Philippe Coutinho em seis anos.
Levá-lo para o Catar e deixar Everton Ribeiro será um disparate.
Por mais que o treinador da Seleção não se empolgue pelo futebol brasileiro.
Tite já mostrou muita incoerência, chamando atletas em péssimas fases, apesar de haver jurado que só convocaria jogadores nos seus melhores momentos.
Daniel Alves já foi protegido excessivamente pelo técnico.
O lateral de 39 anos está sem clube e só treinando sozinho.
Philippe Coutinho, não.
Está atuando.
Mas muito mal, tanto que é mero reserva do Aston Villa.
"Coutinho precisa de carinho, de conversa, precisa ser mimado.
"Sua personalidade é um pouco frágil", resumiu o treinador da Seleção, em fevereiro de 2020.
É esperar o quanto resta de coerência a Tite...
Saiba quem perdeu espaço na seleção brasileira e pode ficar fora da Copa do Mundo
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