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Cosme Rímoli - Blogs

Vaias, palavrões. E Luxemburgo repassa a frustração aos jogadores

A estreia de Luxemburgo no Vasco foi constrangedora. O time carioca foi dominado pelo catarinense, mesmo jogando em casa. 1 a 1 foi triste

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

A decepcionante estreia de Luxemburgo no Vasco. 1 a 1 com o fraco Avaí
A decepcionante estreia de Luxemburgo no Vasco. 1 a 1 com o fraco Avaí

São Paulo, Brasil

"No futebol tem de ser malandro. Malandro no bom sentido. Tem de furar a bola. Não é proibido fazer a falta. A falta existe dentro do jogo. Ela existe. É algo que você pode usar no fim do jogo. Ela existe.

Existe uma coisa que as pessoas se iludem muito. Semanas livres. Acham que com isso você ganha vantagem. Uma coisa é ritmo de treino. Outra coisa é ritmo de jogo. Jogando quarta e domingo, você tem ritmo de jogo. Jogando só fim de semana, tem ritmo de treino."

Um ano e oito meses desempregado não bastaram. 


Vanderlei Luxemburgo segue conjugando verbo de maneira muito particular.

"Eu ganho."


"Nós empatamos".

"Vocês perdem."


Depois de não querer assumir o Vasco na difícil partida contra o Santos, no Pacaembu, por ter de participar da festa de lançamento de uma cachaça de sua destilara, Luxemburgo voltou a exercer sua função de técnico valendo três pontos, hoje, em São Januário.

E sua estreia foi uma tremenda decepção.

Mais de 13 mil foram empolgados para São Januário. Acreditavam que encontrariam o revolucionário treinador, capaz de conquistar cinco vezes o Brasileiro.

Só que se esqueceram que o último título foi há 15 anos.

O Luxemburgo de hoje é previsível, estagnado, ultrapassado pelo tempo.

Os desesperados vascaínos que o aplaudiram como um enviado dos céus, antes de o jogo começar, o vaiaram no intervalo. E o xingaram, assim como seu time todo, após o vergonhoso empate com o Avaí, em 1 a 1.

Os catarineses foram o tempo todo melhor. Tiveram sete oportinidades reais de gols. Os vascaínos, apenas três.

Constrangedor foi a maneira com que o time foi montado. Equipe esparça, distante, precipitada, com seus jogadores correndo de forma dispersa, sem sentido.

No duelo de veteranos, Geninho, com 70, foi melhor do que Luxemburgo, de 67 anos.

Mesmo atuando fora de casa e com atletas ainda mais fracos do que o limitado elenco vascaíno, o Avaí se impôs trocando passes e pressionando a saída de bola carioca.

Sidão fez ótimas defesas. E por causa dele, e não de Luxemburgo, o Vasco não perdeu.

Ricardo Graça marcou para o Vasco, aos 36 minutos do segundo tempo. E aos 49 minutos, Daniel Amorim evitou a injustiça.

O resultado revoltou os vascaínos, que seguem na lanterna, na última colocação do Brasileiro.

Luxemburgo não conseguiu mudar a postura insegura, perdida do Vasco.

E ele teve uma semana inteira para trabalhar com o elenco.

A ameaça do rebaixamento é séria, mesmo com o Brasileiro apenas tenha chegado à sua quinta rodada.

Luxemburgo sempre trabalha com planejamento, metas, pontos.

E a partida de hoje era a mais fácil até a parada para a Copa América.

Mas deixou dois pontos importantíssimos.

E ainda deu um para um rival na luta para fugir da Segunda Divisão.

O time terá pela frente Fortaleza e Botafogo fora e Internacional e Ceará em casa, antes dos 40 dias de paralisação do Brasileiro para a Copa América.

O início de Luxemburgo foi uma enorme decepção.

Mas segue com velho costume.

Se o resultado frustra, a culpa é do time.

Dos jogadores.

Se sua equipe vence, o mérito é seu.

Os atletas vascaínos vão perceber...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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