São Paulo, Brasil
É guerra.
A direção do Flamengo tem no Flamengo seu grande adversário no país e na América do Sul.
O bicampeonato da Libertadores do time paulista incomoda, principalmente a final do torneio no ano passado, em Montevidéu, em novembro de 2021. A derrota trouxe efeitos colaterais pesados até hoje. O primeiro foi a demissão de Renato Gaúcho. O segundo, o trauma e a trava na contratação de Andreas Pereira, que falhou no gol decisivo de Deyverson.
A mando do presidente Rodolfo Landim, o Flamengo desferiu hoje um ataque tão certeiro quanto inesperado.
A direção rubro-negra conseguiu junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva a autorização para não vender ingressos para a torcida do Palmeiras, quarta-feira, quando os clubes se enfrentarão pelo Brasileiro.
O Flamengo alega reciprocidade.
Em 2019, a Polícia Militar pediu para que não houvessem torcedores flamenguistas em uma partida contra o Palmeiras em São Paulo.
Em 2020 e 2021 não houve o troco do Flamengo por conta da pandemia.
Mas a direção rubro-negra, principalmente Landim, não esqueceu.
As organizadas dos dois clubes são inimigas, com inúmeros incidentes de conflitos físicos, brigas, entre elas.
Não será surpresa se o Palmeiras dar a tréplica.
E exigir torcida únida no dia 21 de agosto, no segundo turno, no Allianz Parque.
Em 2019, foi a Polícia Militar de São Paulo que impediu a torcida do Flamengo, porque o clube havia acabado de vencer a Libertadores e o Brasileiro. Havia a chance de os torcedores rubro-negros provocarem os palmeirenses provocando brigas no estádio e nos arredores.
A torcida única é adotada em São Paulo desde 2016. Foi quando logo após Palmeiras e Corinthians houve vários confrontos entre as organizadas dos dois clubes. Inclusive com uma pessoa morta. O Ministério Público pediu e a Federação Paulista acatou a torcida única. Só a do mandante. A medida vale para jogos entre Palmeiras, São Paulo, Santos e Corinthians.
Mas pelo jeito, o Flamengo também.
Quando enfrentar o Palmeiras...