Tite monta o time de estreia na Copa. Sem ousadia. Sem Vinicius Júnior. Com o burocrático Fred
Tite tratou de fechar o treino. Queria manter a dúvida se jogará contra a Sérvia com um time muito ofensivo, com Vinícius Júnior no time. Mas optou por Fred como titular
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
Doha, Catar
A história se repete.
Tite define o time de estreia da Copa do Mundo em um treino fechado.
Só que, desta vez, todos os indícios mostram para a previsibilidade.
Não será como em 2018, quando definiu, no último treino que Thiago Silva formaria dupla com Miranda, tirando Marquinhos do time.
Informação que o blog deu, com exclusividade, subindo as montanhas de Teresópolis, em 2018.
Se no CT inespugnável da Juventus, em Turim, na Itália, não foi possível para nenhum repórter acompanhar o treinamento para o confronto de estreia, diante da Sérvia, daqui seis dias, aqui no Catar, no Lusail Stadium, vazou a informação que Richarlison treinou entre os titulares.
E que Vinicius Junior, não.
Tite não é desses treinadores bipolares, que treinam com um time e jogam com outro.
Se Richarlison jogou e Vinicius Junior, não, a escalação está resolvida.
Alisson, Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Lucas Paquetá; Neymar; Raphinha e Richarlison.
O treinador brasileiro não apostou na ofensividade, jogando com Paquetá como segundo volante. E Vinicius Júnior, no ataque, com Raphinha e Richarlison.
Ou seja, o tradicional 4-3-1-2.
Tite segue apostando na segurança de um meio-campo mais fechado. E com laterais que avançam bem menos do que se tornou tradição na Seleção Brasileira. Pelo potencial reduzido no ataque de Danilo e de Alex Sandro.
E também para que Raphinha, Richarlison e, principalmente Neymar, tenham os lados do campo para atacar.
É uma equipe poderosa do meio para a frente.
Só que há problemas na zaga.
Thiago Silva, aos 38 anos, não tem mais a velocidade na recomposição. Nos contragolpes adversários.
Casemiro tem a missão de ficar bem mais atento à marcação à frente da defesa do que faz no Real Madrid, por exemplo.
Fred também precisará de uma participação maior do que mostrou ultimamente contra os adversários bem mais fracos que a Sérvia, que o Brasil enfrentou.
A movimentação do time também precisava ser aprimorado.
Por conta dos adversários fracos, da falta de intercâmbio, enfrentamento com seleções europeias, principalmente.
Foram equipes do Velho Continente que eliminaram o Brasil nas últimas quatro Copas. França, Holanda, Alemanha e Bélgica.
O Brasil deixa Turim com 11 graus e chegará aqui em Doha, com 29 graus.
Também parte da estranha preparação de Tite...
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