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Tite e Thiago Silva tomam conta emocionalmente do Brasil. Enfrentam os cortes de Jesus e Alex Telles. Seleção dispensa psicólogos

O treinador e o capitão da seleção já participaram de reunião sobre a saída dos dois jogadores, contundidos. O time promete ficar ainda mais unido depois da saída forçada da dupla

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Tite e Thiago Silva tomam a frente quando a seleção enfrenta problemas emocionais. Como os cortes de hoje
Tite e Thiago Silva tomam a frente quando a seleção enfrenta problemas emocionais. Como os cortes de hoje Tite e Thiago Silva tomam a frente quando a seleção enfrenta problemas emocionais. Como os cortes de hoje

Doha, Brasil

Tite e um colegiado de jogadores, formado por Thiago Silva, Daniel Alves e Casemiro. Com o auxílio dos ex-jogadores Cesar Sampaio e Taffarel.

Esses são os encarregados de enfrentar psicologicamente os problemas que a seleção brasileira enfrenta no Catar. 

E eles se acumulam. 

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Hoje foram os cortes de Gabriel Jesus e Alex Telles. Antes, as contusões de Neymar, Danilo e Alex Sandro.

Mas Tite decidiu que o grupo tem força suficiente para se reequilibrar emocionalmente sozinho.

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Foi assim também em 2018, na Rússia, quando nenhum psicólogo teve acesso à delegação.

Em 2014, Felipão permitiu que Regina Brandão traçasse o perfil dos atletas e tivesse conversas individuais, depois da crise de choro de Thiago Silva.

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Tite falou muito sobre o tema, principalmente na Rússia. Ele alegava que a competição era curta para um psicólogo se aprofundar sobre a personalidade dos jogadores, conhecê-los profundamente.

E fez o que os atletas desejavam.

Principalmente os principais, a começar por Neymar.

Ele acredita que já são suficientes a postura firme do treinador e a personalidade do atleta.

A direção da CBF deixa a questão sob inteira responsabilidade de Tite.

O coordenador Juninho Paulista quer que o treinador responda como o grupo reagirá melhor na concentração.

E, em 2018 e 2022, a resposta foi a mesma.

Toda a ansiedade dos jogos, a felicidade das vitórias, a frustração das derrotas, a expectativa de ser hexacampeão mundial, as dúvidas com as contusões.

Tudo é conversado individualmente com Tite, Cesar Sampaio, Taffarel. Ou com Thiago Silva, Daniel Alves e Casemiro, em reuniões depois das refeições.

Por ironia, foi o Brasil o time que primeiro teve psicólogos na história do futebol moderno.

Em 1958, João Carvalhares foi levado pelo chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho. E tinha a incumbência de administrar o lado emocional dos atletas. Paulo tinha muita preocupação com a traumática derrota de 1950.

Aplicando testes, Carvalhares foi quem avisou que havia um garoto diferenciado, pronto para assumir sua responsabilidade no time. Pelé.

Algumas seleções, como a da Alemanha, utilizam psicólogos. Eles não significam vitórias. Se não, os germânicos não teriam se despedido do Mundial ainda na primeira fase. Mas eles os utilizam há mais de 15 anos, em todas as categorias. E eles são especializados em esporte de elite.

"Demora muito tempo para os jogadores e a comissão técnica abrirem o coração para um psicólogo", repete Tite nas entrevistas sobre o fato.

E assume que é ele, sua comissão técnica e os jogadores mais velhos que enfrentam problemas sérios, como o de hoje, os cortes de Gabriel Jesus e Alex Telles. Assim como a possível saída deles da delegação aqui em Doha, para seus clubes, o Arsenal e o Sevilla.

Os cortes uniram ainda mais a delegação.

Com direito à reunião logo pelo fim da manhã, quando houve a definição dos cortes.

E a notícia vazou para os jornalistas brasileiros.

Antes mesmo de a CBF divulgar oficialmente.

Como os jogadores fizeram em 2014, como fizeram com Neymar, os jogadores garantem que vão disputar a Copa também por Gabriel Jesus e Alex Telles cortados.

Assim o time reage emocionalmente ao difícil sábado 3 de dezembro...

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