Timão perde para o fraco Flu. Sem um bom técnico, luta para não cair
2 a 1 para os cariocas. O veterano Nenê marcou os dois gols do Flu. A equipe paulista segue perdida sem Tiago Nunes. Sem força ofensiva e marcando mal
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Não adiantou a saída de Tiago Nunes.
O Corinthians segue com futebol deprimente.
Mesmo diante do enfraquecido Fluminense, no Maracanã, e Dyego Coelho como treinador interino, o time seguiu sem a menor força ofensiva.
E perdeu mais um jogo no Brasileiro.
2 a 1, gols do veteraníssimo Nenê, 39 anos, para o time carioca.
E Mateus Vital descontou aos 49 minutos do segundo tempo.
Foi a quarta derrota em nove partidas.
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O clube conseguiu apenas nove pontos em 27 possíveis.
Está em 14º lugar.
E sem nenhuma perspectiva de melhora.
Se não contratar um treinador competente, diferenciado, brigará para não ser rebaixado.
Até porque o presidente corintiano, Andrés Sanchez, já avisou que não há dinheiro para contratações até o final do ano.
A única saída é buscar um treinador diferenciado.
Porque, com o inexperiente Coelho, o time seguiu sem força ofensiva, sem iniciativa, aceitando o domínio adversário.
E muito inseguro na marcação.
O time jogou mal demais, outra vez.
O Fluminense dominou toda a partida.
Há três alas no clube.
Companheiros mais velhos de Andrés querem Felipão.
Os parceiros de Duílio, candidato à presidência, indicado pela situação, querem Sylvinho.
E, diante da proximidade da eleição, em 28 de novembro, há aqueles que sustentam a permanência do interino Coelho.
Odair Helmann não pensou duas vezes. E tratou de colocar o Fluminense para pressionar o Corinthians desde o início da partida.
O inexperiente Coelho escancarou como o Corinthians jogaria, ao colocar três volantes: Gabriel, Éderson e Cantillo.
Optou por escalar o time como se fosse pequeno, enfrentando um grande.
Deu toda a iniciativa do jogo para o Fluminense.
Resultado, nos primeiros 17 minutos, os cariocas tiveram 80% de posse de bola!
E marcaram 1 a 0, aos sete minutos, com Nenê, que chutou duas vezes dentro da área, foi travado na primeira, ao concluir cruzamento de Calegari, e ele mesmo pegou o rebote e chutou para as redes de Cássio.
O Fluminense tem um elenco irregular, limitado.
Mas seguiu mandando no jogo.
Jô seguia mais isolado que o personagem de Tom Hanks no filme Náufrago. Não havia meias para procurar o atacante e nem jogadas de linha de fundo.
Parecia que a única estratégia de Coelho para marcar gols era deixar Otero cobrar todas as faltas.
Não havia sequer um contragolpe articulado.
O Corinthians não sabia o que queria do jogo.
O Fluminense seguiu impondo seu ritmo ofensivo, ganhando confiança, com a falta de rumo do adversário.
Não adiantou a manobra desesperada de Coelho.
Trocou o volante Ederson pelo atacante Everaldo.
Mas ele entrou em campo apenas para marcar Calegari, algo inexplicável.
O Fluminense seguiu sem correr riscos no jogo.
Até que, aos 40 minutos do segundo tempo, Luiz Henrique chutou, a bola explodiu no peito e no braço do zagueiro Bruno Méndez.
Nenê bateu com talento, deslocando Cássio.
2 a 0 Fluminense.
E, graças à falta de concentração do time carioca, o Corinthians descontou.
Otero descobriu Gil atrás da zaga.
Ele ajeitou para Mateus Vital marcar, 2 a 1, aos 49 minutos.
O Corinthians não merecia nem este gol.
Enquanto o Fluminense respira na oitava colocação, o clube de Andrés Sanchez se aproxima perigosamente da zona de rebaixamento.
Sem dinheiro para contratações, para reforçar o fraco elenco, precisa de um técnico diferenciado.
Urgente...
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